segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dormir? Para quê?

Um assunto que sempre rende muitas discussões e trocas de informações é sobre o sono dos filhos. Eu sou uma expert nisso. Bom, na verdade, sou expert em técnicas para fazer uma criança dormir.
Como todos já devem saber, Pedrão, meu primeiro filho, simplesmente não dormia. Hoje, já com seis anos, ele dorme a noite inteira, mas sempre tenta ir dormir mais tarde. Ele diz que dormir é chato porque fica parado (???).
Quando ele nasceu, eu ainda trabalhava fora, e meu trabalho me consumia. Eu tinha hora para começar a trabalhar, mas só Deus sabia que horas eu iria parar. Para quem tem esse tipo de trabalho, uma noite bem dormida é essencial para se manter sã. Por isso, até hoje, todos os pitis que tive eu relaciono diretamente a essas noites mal dormida.
Já com Alice não. Desde de um mês já dormia a noite inteira. Fiquei até assustada e liguei para a pediatra:
_Dr., ela não acorda nem para mamar! Eu joguei leite na carinha dela e ela não se abala.
_E você está reclamando? Passou quatro anos reclamando do Pedro que não dormia, agora que sua filha dorme, relaxe e faça o mesmo!
Pois foi o que fiz. Que dizer, tentei. Foi então que descobri que depois que temos filhos, nós dormimos, mas nosso sono é tão leve que o simples fato de eles se mexerem em suas camas, nos acorda. Eu não passo uma noite sem acordar pelo menos umas duas vezes. Levanto e vou cobri-los, ou apenas dou uma olhada para ver se não tem pernilongo, essas besteirinhas. Então volto para a cama e durmo de novo. Quando estou muito cansada e dou aquelas apagadas - que a gente nem sonha -, quando acordo de manhã, acordo assustada. Pura neura.
Então esses dias um amigo meu - isso mesmo, amigO -, falou que estava desesperado pois seu filho de um ano não dorme direto. Acorda de duas em duas horas, chora, pede colo, e volta a dormir. O que fazer?
A resposta?
Sei lá. Já cheguei a conclusão que, na maioria das vezes, os meninos dão mais trabalho para dormir do que as meninas. Acho que por que são mais agitados. Então temos que imaginar o que faríamos no lugar deles. Ficaria com o sono leve, e quando acorda o que vê? O quarto escuro? - depois de assistir desenhos de monstros o dia inteiro, eu ficaria com medo. A mãe longe? O pai longe? Talvez um bichinho de pelúcia no berço ajude. Ou talvez, não. Talvez uma luzinha suave acesa durante a noite, ajude. Ou talvez, não.
Outro fato é que, quando a criança começa a andar, ela só quer andar. Então, na maioria, também dá mais trabalho para dormir. Elas não querem parar. Essa foi a única fase que a Alice me deu trabalho para dormir. Ela acordava no meio da noite e pedia chão.
Para finalizar, o conselho que acho que é mais válido para todas - e todos -, é que a criança que tem dificuldade para dormir, precisa de uma rotina militar uma hora antes da hora de dormir. Isso foi o que melhorou tudo aqui em casa. Fazíamos um ritual. Ás nove horas, escovávamos os dentes, colocávamos o boneco - o amigão do Pedro - para dormir, fazia xixi, e mamãe e papai cobria o filhão e dava beijos de boa noite. Entramos em uma paranoia tão grande, que até as frases que falávamos antes de dormir, eram as mesmas. Um exagero, mas acontecia.
Por isso eu digo que, para quem quer melhorar as horas que antecedem o sono do pequeno, rotina é a palavra. Funcionou aqui, e para um monte de amigas.
Bom, espero que ajude alguém isso.
Até mais.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Vintage - ta na moda e não mata ninguém.

Semana passada fiquei sabendo de um caso de um pai que esqueceu seu filho, de alguns meses, dentro do carro enquanto saia para conversar com amigos em um barzinho (me perdoem se a informação não estiver cem por cento correta, como elas não não passam no discovery kids, eu só fico sabendo das notícias fragmentadas). Claro que a criança não aguentou, e quando o pai se lembrou dela já era tarde demais. Ela não resistiu e acabou falecendo.
Com certeza a maioria de vocês devem estar falando que essa não é a primeira notícia desse tipo que vemos e nem será a ultima, mas para mim continua sendo algo absurdo e assustador. Como alguém pode esquecer uma criança - no caso seu próprio filho - dentro do carro e sair? É o tipo de coisa que não me entra na cabeça.
Então, para variar, fiquei analisando isso um pouco. Lógico que nada nesse mundo justifica uma falha dessa. Nada, nem ninguém me convenceria que há uma explicação lógica e racional para um erro desse, mas é algo que está se tornando tão comum, que pensei que deve ter uma explicação para que isso ocorra tão frequentemente. Em uma única palavra: estresse.
Hoje em dia vivemos sob uma pressão tão grande, no trabalho, no trânsito, na escola, na vida, que qualquer coisa que façamos fora de nossa rotina, nos desequilibra totalmente. As pessoas não tem tempo para mais nada, e vivem correndo de um lado para o outro, cumprindo prazos e metas absurdas, em uma alucinante guerra contra o relógio.
As mulheres montam cronogramas diários para dar conta de entregar projetos, atender clientes e buscar filhos na escola na hora certa. Os homens travam uma guerra para não perder cargos e bons salários e ainda chegarem inteiros - e com o caráter intacto - para brincar um pouco com seus filhos.
É tanta coisa durante apenas doze horas, que a mente não absorve nada além de trabalhos, problemas e estresse.
Então eu pergunto: onde as crianças se encaixam? Nessa vida louca e alucinante, como faremos para "lembrar" de nossos pequenos?
A coisa começa pequena: chegando tarde em casa e não vendo os filhos acordados. O próximo passo, alguém esquecerá o filho na escola. E depois disso, quem sabe esquecer um bebê que adormeceu e ficou quietinho no banco de trás do carro? Dessa maneira, acho fácil e simples isso acontecer. E depois que acontece, não terá mais volta.
Não queremos perder emprego, luxos para o dia a dia - na maioria das vezes corremos pelo ganho a mais, não pelo ganho essencial -, e então o que se perde é muito mais que dinheiro e trabalho. Perdemos nossa maior riqueza que são nossos filhos. E não estou falando somente em perdas como desse homem, que chegou ao ponto extremo da tragédia, falo também em perder a infância, os momentos mágicos que passam tão rápidos e que jamais irão voltar.
Meu sonho, é que o mundo pare um pouco de girar. Que todos tenhamos tempo para trabalhar, fazer o que gosta, mas também possamos curtir nossos pequenos sem cobranças e preocupações. Talvez voltarmos aqueles tempos onde de domingo nada abria, e na hora do almoço tudo estava fechado.
E pensar que, naquela época, eu achava tudo isso horrível. Proponho vivermos uma vida completamente Vintage. É legal, chique, tá na moda e, o que é melhor, nos dá vida longa e com muitos prazeres. Vamos aderir, galera!!
Até mais.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Para as mamys de primeira viagem.

Estou mega feliz. Alguns meses atrás descobri que uma grande amiga-sócia-comadre estava grávida. Semana passada foi uma cliente - que é quase mais que cliente, é amiga mesmo - também está grávida. Elas estão grávidas pela primeira vez  e queriam muito ter filhos. E sem contar as novas grávidas remanescentes (Luciana é uma delas).
Ao mesmo tempo que fico feliz pelas mais novas barrigudas do pedaço, eu fico super melancólica por saber que eu não vou mais passar por isso. Meu marido já operou e eu, na verdade, não cogitaria mais filhos nessa altura do campeonato, mas mesmo assim, dá saudade de ser barriguda. Poder ter sono e não sentir vergonha de dormir em qualquer lugar. Sentir aquele mau humor, aquela irritação que só uma grávida sabe sentir - e ninguém poder reclamar, claro. E o olhar superior que temos com aquele barrigão?Ah...isso é único. Como já foi dito aqui uma vez, as barrigudas andam com o rei na barriga - literalmente.
Sinto falta, também, daqueles chutes que o bebê dá bem na costela, sabe? A gente sente tanta dor, reclama tanto, mas amamos demais a sensação. Alguma vezes sinto saudades até dos enjoos. Daria tudo para não querer comer mais. Pelo menos por alguns dias - só para perder meus cinco quilos extras.
Pensando nisso, achei legal listar algumas coisas para essas barrigudas de primeira viagem. São dicas, comentários. Coisas que ninguém me falou e que, na segunda gravidez, eu ria por já saber o que iria acontecer. Aí vai:
- Barrigudas sentem sono. Muito sono. A gente acha que será impossível ficar com os olhos abertos por mais de oito minutos. Isso é normal.
_Barrigudas sentem preguiça. Não é uma preguiça normal. É uma preguiça que anestesia nossos músculos, e acabamos perdendo os movimentos básicos, o que faz com que não consigamos andar e nem falar direito. A gente balbucia.
_Barrigudas são bipolares. Na verdade esse sintoma ficará para o resto da vida materna. É triste, mas ainda assim, uma realidade.
-Barrigudas sentem fome, mas quem amamenta sente mais ainda. Não assustem, mas depois que o bebê nasce, a fome não vai embora.
_Depois que o bebê nasce, a gente acha que vai ficar sem cabelo. Umas dizem que começa assim que paramos de amamentar, outras enquanto ainda amamentam. A verdade é que cai tanto cabelo que chega a ser assustador. Mas é normal. Vocês não irão ficar careca.
_Carrinho de bebê bom, é carrinho compacto. Nada de comprar aquele carrinho espacial com porta mamadeiras, porta fraldas, porta bolsa e porta latinha de cerveja. Esse tipo de carrinho não vai sair de casa. O melhor são os mais compactos e de preferência do tipo "guarda chuva".
-Quando saímos da maternidade, saímos com um bebê no colo e a barriga de oito meses. Para as mães do segundo filho, a barriga fica mole igual gelatina - principalmente depois do segundo mês. É desesperador. Mas ela volta ao normal, fiquem tranquilas.
_O primeiro mês a gente se arrepende de ter tido filho. É um sentimento completamente ambíguo. Não precisa lutar contra ele, ele some naturalmente.
_Não se empolguem na compra de sapatinhos, normalmente eles nem entram no pé do bebê. É melhor gastar com sapatos para a mamãe mesmo.

Acho que é isso. Se alguma mamy quiser acrescentar mais alguma coisa, sintam-se a vontade.
Agora, para fechar a lista - e tenho certeza de que isso será uma opinião unânime -, a maternidade nos completa de uma forma absurda. Passamos perrengue, sofremos e nos desgastamos, mas somos amadas incondicionalmente, e nosso retorno é algo mágico, que só quem é mãe sabe como é.
Aproveitem.
Até mais.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Só para dar risada....agora que tudo passou.

Essa história é antiga e já era para ter virado post há muito tempo. Bom, nunca é tarde.
Pedrão tinha quatro anos, Alice nem um. Os cafés não era um evento tão corriqueiro e os amigos do Pedrão vinham com os pais aqui em casa. O maior frequentador da época era o Dudu. E junto, claro, sua mamy Dani. Todo mundo conhece a Dani - literalmente. Fala mansa, calma, tranquila e meio doida.
Beleza.
Era uma tarde qualquer, Pedrão e Dudu brincando com suas brincadeira saudáveis como lutas, guerras e muita correria. Eu e Dani, observando, tomando café, brincando com Alice - que na época ficava quietinha sentadinha no chão com seus brinquedos.
Até que Pedrão e Dudu se sentaram para comer - um milagre. Comeram calmamente. Então, sem um aviso prévio, os dois pulam de suas cadeiras e correm. Mas em direções contrárias. Um sai pela porta da cozinha, e outro pela porta da sala. Sendo que ambas acabam em meu quintal coberto. Tenho certeza de que todas as mamys franziram o cenho adivinhando o que aconteceu em seguida. Eles trombaram.
Imaginem comigo: duas crianças cheias de energia, que acabaram de comer e beber água, correndo com toda a força - para ganharem alguma competição imaginária - dando um encontrão. Isso mesmo. Foi tão forte, tão forte, que Pedrão, assim que sua testa encontrou a testa do Dudu, voou para trás, caindo de costas no chão. Dudu fez a mesma coisa. Só que atrás dele havia a quina da minha porta. Uma pequena porta de madeira maciça que possui uma quina afiada como faca. Ah! O Dudu era carequinha na época.
Lógico que abiu um corte mega fundo e o sangue escorria aos montes.
O pânico começou. Só que em mim, claro.
Eu peguei a Alice no colo - até hoje não sei porque - e comecei a acalmá-la. Ela começou a chorar. Peguei o Pedro no colo e comecei a acalmá-lo. Ele também começou a chorar. Corri para a Dani para acalmá-la. Ela....começou a ME acalmar.
_Bruna, calma...calma...pega um pouco de gelo para eu colocar na cabeça do Dudu.
Sai correndo e percebi que eu tinha três geladeira - em casa, na churrasqueira e na casa do meu sogro - e em nenhuma tinha gelo. Eu corria de um lado para o outro, com as duas crianças no colo, em pânico de ver o tanto de sangue que saia da cabeça do Dudu. Eu tinha que fazer alguma coisa. Fui até meu freezer, peguei uma peça da bacon congelado e taquei na cabeça do menino. O sangue estancou, e foi parando não só de escorrer, como a dor também foi melhorando e ele foi acalmando. O bacon funcionou.
Não contente, eu e Dani - agora já mais calmas - começamos a ficar preocupadas com aquele corte aberto e ele brincando e correndo - Dudu essas horas já estava impaciente para voltar para a corrida. Eu já queria levá-lo para o hospital e dar um milhão de pontos. Mas a Dani, já mais acostumada e muito mais calma que eu, viu que não seria necessário. Então tivemos a brilhante ideia de colocar um band-aid. Isso mesmo, minha gente, colocamos um band-aid em uma cabeça com um corte grande - e fundo - e cheia de cabelos.
Dudu brincou e não sangrou mais. O resultado foi: um galo tamanho médio na testa do Pedro, e tivemos que cortar o pouco de cabelo que o Dudu tinha para tirar o band-aid depois.
O importante é que o bacon funcionou. Mas, por via das dúvidas, eu sempre tenho gelo no meu freezer depois desse dia.
Até mais.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Escola é legal.

Já faz um tempo escutei uma mãe descendo o sarrafo em outra mãe que teve a infeliz ideia de comentar com ela que iria colocar seu filho de dois anos na escola para interagir com crianças. Ela dizia que falar isso era só uma forma da mãe esconder de si mesma o quanto não aguenta ficar mais com os filhos.
Bom, respeitando a lei de que cada um tem sua opinião, eu analisei sozinha a questão e cheguei a algumas conclusões particulares - claro.
Minhas experiências são as seguintes: Pedrão, quando nasceu, eu trabalha igual maluca. Então quem cuidava dele era minha mãe, pois achamos melhor do que colocá-lo tão cedo em uma escola - já que tínhamos a opção de mantê-lo em casa. Quando Pedrão estava para completar dois anos, eu parei de trabalhar, e continuei com ele em casa. Até que um dia, ele estava brincando na água do banho, percebi que ele brincava de lavar louça. Morri de dó. Por mais que eu passasse o dia brincando e criando um milhão de coisas com ele - e era exatamente isso -, nunca seria igual a brincar com crianças da mesma idade. Então, quando ele estava para completar três anos, o matriculei na escola.
A Alice, quando nasceu, eu já não estava mais trabalhando fora, e minha casa já estava em um ritmo em que quase todos os dias havia uma criança diferente aqui. Então achei que, por ter tanta criança convivendo com ela, a escola não faria falta. Mas as crianças que frequentam minha casa são meninos, e são mais velhos, ou seja, ninguém da bola para ela. E agora que ela já esta maiorzinha, eles vem aqui e ela fica doida querendo brincar, mas eles não querem brincar com ela.
E tem outra, quando a Alice vai comigo na escola do Pedrão, ela chora que quer ficar lá. Ela fica simplesmente alucinada ao ver aquele monte de crianças correndo, brincando e se divertindo.
Eu sei que isso não é base para muita coisa, pois ela realmente não entende que irá ficar lá sozinha, sem a mãe e tal. Mas dá para ver que ela sente a necessidade de ter amigos de sua idade por perto.
Eu acho que escola não só é muito importante, como é muito legal para as crianças. Adoro ter a oportunidade de poder ficar mais tempo perto dos meus filhos, e imaginei que isso supriria a necessidade de uma vida escolar antecipada. Mas percebo que hoje em dia, se as crianças não vão para a escola, dificilmente irão ter um circulo de amigos formado em outro lugar.
Eu não moro em condomínio, e minha rua é muito perigosa, ninguém sai para brincar ou até mesmo para conversar no portão. Se Pedrão não tivesse ido para a escola, hoje não teria esse monte de amiguinhos que completam nossas vidas. E eu, não teria esse monte de casais amigos com filhos da mesma idade que proporcionam momentos de descontração para mim e para meus filhos ao mesmo tempo. E, mais do que isso, não teríamos nossos cafés, e para finalizar, nem existiria esse blog.
Resumindo: foi bom para toda a família.
Por essas e outras que acho que a escola faz bem para as crianças, e as ajudam a interagir sim. Muito melhor se pudermos escolher a fase que achamos melhor para colocá-los lá, mas de qualquer forma, sempre irá fazer bem para eles. Se começarem no berçário, ou se começarem com seis anos, todas as mães serão unânimes em dizer que os filhos adoram ir para a escola.
Ano que vem, minha Lilica irá começar. E tenho certeza de que ela irá curtir muito e aproveitará cada momentinho lá dentro. Enquanto isso, eu, como mãe e dona de casa, também não tenho vergonha de dizer, que terei meus momentinhos de sossego e carregamento de bateria. Mais uma vez, será bom para toda a família.
Até mais.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dormir abraçadinho com filhos...ahh...que delícia...

_Mããeee....posso dormir na sua cama??
Qual mãe que nunca ouviu isso na vida? E qual mãe que nunca gostou de ter o seu pequeno dormindo agarradinho com ela?
Bom, eu sempre me imaginei com meus filhotes vindo na minha cama e ficando abraçadinhos com papai e mamãe.
É claro que a realidade é muuuuito diferente. Quando Pedrão nasceu, com todas as dificuldades que ele tinha para dormir, eu morria de medo de que ele não conseguisse sair da minha cama quando mais velho. E também, ele chegava na minha cama e ficava completamente aceso. Nada de sono.
A Alice já foi acostumada a dormir sozinha no berço. Eu a coloco lá, e ela dorme. Por isso, não consegue pegar no sono se está com a gente.
Mas, como ninguém é de ferro, nem mesmo as crianças, vira e mexe eles correm para a minha cama. Geralmente eu adoro, fico feliz por estarem querendo isso. Mas não demora para eu me arrepender em acatar o pedido.
Acompanhem comigo:
mais ou menos duas horas da manhã, Pedrão me chama. Vou até lá para ver o que é, e ele faz o pedido. Eu estou morrendo de sono, ainda meio sonhando, mas mesmo assim vem aquela alegriazinha e eu deixo que ele vá comigo. Nos deitamos. Eu me ajeito, afofo o travesseiro, e o abraço bem apertadinho.
Então ele sente uma coceira no pé. Solta uma mão e coça, coça, coça, então para. Me ajeito de novo.
Então ele sente uma coceira no bumbum. Solta de novo a mão e coça, coça, coça. Antes mesmo de voltar a me abraçar, ele já começa a coçar a cabeça. Coça, coça, coça. Meus olhos já não estão mais tão fechados quanto antes, mas ainda estou com muito sono. Resolvo me desfazer do abraço e fico só encostadinha nele. Me ajeito de novo, em outra posição e suspiro para relaxar de novo.
Entãooo, ele começa a murmurar acontecimentos do ultimo episódio do Ben 10 Ultimate. Mando ele ficar quietinho pois é hora de dormir. Ele reclama, mas, depois de se mexer por aproximadamente dez minutos até acha a posição correta, ele dorme. Demoro para relaxar, pois fiquei agitadinha com as coceiras e tudo mais. Quando, enfim, volto a ficar acomodada, um sonho começa a querer apontar em meu subconsciente, até que: PANF! Tomo uma mãozada na cabeça. Como estava quase passando para o sono pesado, o susto é muito maior do que era para ser. Me acalmo e tento de novo. Meu sonho recomeça e então: PUFT! O pé dele está meu pescoço. Teve dia que ele puxou meu cabelo. PUXOU MEU CABELO DORMINDO, MINHA GENTE! Não há sono que resista a isso.
O mais engraçado é que quando eu o vejo dormindo em sua caminha, ele está sempre quietinho, tranquilo e na mesma posição. O que será que acontece? Minha cama tem algum tipo de repelente de criança, no qual, meu colchão detecta a presença de pequenas pessoas então solta leves alfinetadas, fazendo com que a criança desista de seu sono tranquilo?
A verdade é que eu AMO dormir com meus filhos. Eu virada para a esquerda, e eles virados para a direita, e entre nós uma distância de pelo menos dez centímetros. Acho que a gente pode ficar abraçados durante o dia, o efeito emocional deve ser o mesmo, não é?
Até mais.


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tecnologia acima de tudo.

Já faz um tempo, fui buscar Pedrão na escola e encontrei a Dani (mãe do Dudu). Quando ela parou em seu carro, eu vi que ela tinha aqueles aparelhinhos de Dvd's portátil. Eu olhei e, toda empolgada, falei que achava legal aquilo, pois com o trânsito que pegamos na saída da escola, é uma boa distração para as crianças e tal. Então ela disse que não usava durante a semana, pois se ligasse a pequena TV, não havia mais conversa no carro.
Eu bufei e fui embora. Naquele momento para mim, a única coisa que me atraia eram alguns minutos de silêncio, e mais nada.
Foi então que nós trocamos de carro, e o rádio do carro novo deu um problema e ficou no conserto durante um mês  por causa da garantia.
A diferença das idas e vindas de carro que faço com as crianças foi gritante. Sem o rádio, a gente conversava, brincava e até cantava musicas trocando todas as letras. Por incrível que pareça, a falta do silêncio não me fez mal, pelo contrário, me deixou mais feliz.
Comecei a fazer a mesma coisa em casa. Antes, o primeiro que acordava, ligava a TV. E dificilmente ela seria desligada antes do horário de sair para ir a escola. Ou seja: eu limpando, lavando, correndo, e as crianças, cada uma de um lado do sofá, vidradas na TV. Restringi os horários de televisão, e as brincadeiras começaram a fluir melhor.
Confesso que não havia reparado que a situação estava desse jeito. Acho que isso foi acontecendo gradualmente aqui em casa, então , talvez, foi por isso que demorei para perceber que estávamos assim.
Hoje em dia achamos o máximo quando uma criança de dois anos domina quase completamente um aparelho celular, ou um mouse de computador. Mas não percebemos que isso os isola do mundo. Eles ficarão como nós, cada um em seu aparelho, curtindo suas próprias coisas sem ao menos olhar para os lados.
Penso assim, internet, celular, tablets, essas coisas, são muito legais. Ajudam o nosso dia a dia, de certa forma. Mas ao mesmo tempo nos afasta do mundo real, do contato humano. Não consigo achar que a tecnologia seja tão ruim, mas também começo a ver o quanto ela prejudica em alguns aspectos.
Mais uma vez devemos achar o equilíbrio. Mas será fácil achar o equilíbrio, sendo que nós mesmas somos "viciadas" nisso tudo?
Adotei o método de controle de tempo aqui em casa. Deixo jogar video game por um tempo, assistir TV em outro tempo, e por ai vai. Mas nada rigoroso demais, tento fazer tudo parecer natural. Enquanto estão assistindo alguma coisa que vejo que não é tããooo legal assim, os chamo para ver o passarinho esquisito lá fora. E funciona. Eles se distraem e não voltam para o sofá. No carro, só coloco musica, depois que vejo que os assuntos já se esgotaram, e que todos querem curtir um momento quietinho no seu canto.
Tenho que dar a mão a palmatória: a Dani tinha razão. Com tecnologia por perto, não há conversa.
Que tal ensinarmos nossos pequenos a mexer nisso tudo - se faz necessário, para o futuro deles mesmos -, mas também ensinarmos que brincar de pega-pega, ou jogar peteca, ou ler um livro, ou jogar um jogo apenas as vezes é até mais legal que um jogo de computador?
Sei lá. Acho que a gente vai acabar curtindo muito mais nossos filhos, e eles vão ter lembranças ótimas de sua infância.
Até mais.

sábado, 29 de setembro de 2012

Mimados...será mesmo???

_Nossa, aquela criança é mimadinha, não é? - uma fulana comenta com sua amiga.
_Ah, é sim - diz a amiga da fulana em tom de fofoca. - Também, né, é filho único.

Quem nunca ouviu, disse ou presenciou alguém fazendo esse tipo de comentário, que jogue a primeira chupeta.
Todo mundo sabe que filhos únicos são mimados, não é mesmo? ERRADO.
Claro que é apenas a minha opinião, mas ando observando essas crianças ditas mimadas e na maioria das vezes, elas não são filhas únicas.
Há uns dias atrás, em uma tarde de domingo ensolarado, resolvemos levar as crianças ao Parque da Cidade. Sabíamos que seria uma péssima ideia antes mesmo de ter a ideia em si. Mas não havia mais nada para se fazer e meus filhos estavam irritados de tanto ficar em casa.
O lugar estava abarrotado de crianças. Não tinha lugar nem para se sentar e brincar na areia. Foi então que chegou uma galerinha de crianças. Todas bem arrumadinhas, com aqueles sapatinhos cheio de frufus e as mães impecáveis. Uma das famílias, tinham três filhos. Um mais insuportável que o outro. Tentaram pegar uma pá de areia da Alice - justo da Alice - e ela, claro, não deixou. Pensem em uma criança se jogando no chão, se debatendo tanto que achei que ele estava tendo um tipo de ataque epilético, ou sei la. A Alice até foi lá e emprestou sua pazinha, impressionada com toda aquela cena.
E isso foi só o começo.
Conversando com as mães pimponas dessas crianças, descobri que TODAS elas tinham irmãos. E a maioria delas ficava longe dos filhos durante a semana, e queriam aproveitar todos os segundos junto com eles no fim de semana.
Agora vamos pensar o seguinte. Um casal resolve ter filho. Ficam tentando durante alguns meses - alguns até anos - e quando conseguem, a alegria é tão grande que parece não caber dentro deles. Nasce aquela criaturinha abençoada, que nos dá amor, atenção e nos enche de uma luz que nada no mundo substitui. Será que existe uma mãe que é capaz de não mimar seu filho?
Não estou defendendo isso. Não gosto de crianças mimadas também. Mas é tão difícil educar, que tem dias que eu tenho vontade de jogar tudo para o alto e só curtir meus pequenos. Sem restrições, sem broncas, sem chamadas de atenção. Fazer tudo o que eles querem e pronto.
Mas não posso.
Só acho que, de certa forma, é muita hipocrisia dizer que nós não mimamos nossos filhos. A gente faz de tudo para vê-los felizes. Por mais que a gente dê limites, e ensine que nem tudo na vida vem fácil, a gente também procura igual loucas um passeio legal no fim de semana para eles. Enche a casa de amiguinhos só para que eles tenham um dia diferente perto de quem eles gostam. Compra McDonald's duas vezes na semana para premiá-los por alguma atitude legal que tiveram.
O que quero dizer é que, eu acho, que antes de falarmos que uma criança é mimada, temos que saber qual sua realidade de verdade. Todo mundo já teve seu dia de mãe bobona, e nossos filhos também já tiveram - ou vão ter - o seu dia de criança mimada chata.
O importante é ensinarmos valores. Nada de rótulos. Nada de não ter limites. As crianças de hoje em dia, precisam saber que a união da família é importante, e não o dinheiro que a família ganha. Que os pais são pessoas honestas, justas e respeitam o próximo.
Eu acredito que se ensinarmos uma parte disso, qualquer crise de manha ou choro fora de hora, será completamente perdoável.
Até mais.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Só para desestressar.

Tive dias tão estressantes, mas tão estressantes, que quase perdi minha própria identidade. Passar nervoso quando se tem dois filhos mega carentes, não é para qualquer uma.
Por isso, quando uma amiga que há muito eu não via, me convidou para tomar um café na sua casa, eu não pensei duas vezes - geralmente não consigo pensar muito quando o assunto é café.
O encontro tinha tudo para ser ótimo. Três amigas, que se conheceram por meio da profissão, trabalharam praticamente juntas - dividindo escritório, clientes e problemas - se afastaram por ocorrências da vida, e resolvem se reencontrar. Agora, todas com filhos, estabilizadas profissionalmente ou apenas mães - como eu.
Achei que ia ser ótimo. Mas na verdade, foi muito mais que isso. Rimos, fofocamos, relembramos e nos matamos de rir novamente.
Mas é claro que, eu e minha filhota, não podíamos passar tão despercebidas assim. Nada é tranquilo o suficiente quando se trata de Bruna e suas crias.
Chegamos na casa da minha amiga foférrima Letícia, e a Lilica já ficou encantada com tudo. Tinha simplesmente uma sala inteira só de brinquedos de menina. Ela nunca tinha visto tanto brinquedo cor de rosa em um mesmo ambiente. Não preciso nem dizer o quanto ela gritou, pulou e se empolgou.
Enquanto ela estava desbravando o ambiente, eu estava tentando dar umas mordidas no Matheus, filhinho de três meses da minha amiga. Ele estava simpático - no colo da mãe -, me olhando daquele jeito especulador que toda criança tem. E eu estava adorando.
Foi então que começou.
Eu tive a brilhante ideia de pegá-lo no colo - ele parecia tão familiarizado comigo. Acabei com a paz do recinto. Matheus chorou tanto, mas tanto, que posso apostar que nem quando nasceu ele chorou daquele jeito. Na fracassada tentativa de fazer com que ele parasse, a mãe saiu em busca de sua chupeta. Eu balançava o menino, ele chorava, a mãe procurava a chupeta, ele chorava, ninguém achava a chupeta  e ele continuava chorando. Passei o bebê para mãe bem a tempo de escutar a minha filha chorando. Corri para ver o que estava acontecendo e ela simplesmente estava nadando em uma pequena poça de xixi.
Fechem os olhos e imaginem a cena: casa chique, cheirosa, bebê chorando aos berros e uma menininha abaladíssima porque fez um monte de xixi no piso de madeira da tia.
Legal, né?
Ainda bem que era a fofa da Letícia. Troquei a Lilica, secamos o chão, e então achamos a chupeta - que estava no bolso da mãe. Sem comentários.
Depois de passada a vergonha, curtimos um café delicioso recheado de fofocas e coisas legais. Ufa!
Nada como limpar xixi de nossos filhos na casa dos outros. Só assim para desestressar mesmo.
Até mais.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ownnnn!!!!

Faz tanto tempo que não escrevo no blog, que um único post seria insuficiente para contar tudo o que aconteceu durante esses dias. Muitas dúvidas, aflições, estresse, alegrias e superações. Resumindo: nada além do normal.
Mas com toda certeza, o acontecimento mais importante - e que rendeu muitos outros acontecimentos também - foi a Lilica não usar mais fraldas.
Eu já havia tentado três vezes e fui blaster infeliz. Achei até que havia criado um trauma nela, pois cada vez que ela chegava perto do vaso sanitário ela olhava para mim e dizia: Não! 
Só que, já fazia algum tempo, o momento da troca das fraldas estava demasiadamente estressante. Era uma guerra. Quer dizer, se tornou uma guerra pois acabaram todas as psicologias existentes para aquele momento. Não existia historinha, bonequinho, caretinha ou musiquinha que fizesse com que ela se distraísse e deixasse trocá-la. Foi então que eu dei um basta. Se for para passar nervoso, que seja tirando a fralda. 
Então veio a surpresa. Ela relutou no primeiro dia. Mas do segundo dia em diante ela já sabia a hora de pedir e corria para o banheiro fazer xixi. Legal, né?!
Então, só que no meio disso tudo tem Pedrão. O filho mais velho super carente. Não preciso nem dizer que depois de váárias semanas nos altos de comportamento dele, voltamos aos baixos em questão de um dia. Ele fazia de tudo para chamar a atenção e nada do que eu fizesse - além de ignorar os pedidos de xixis da Alice - melhorava a situação.
Nesse meio tempo ainda, o dentinho dele ficou mole e já estavam nascendo os dentes definitivos (outro momento importante ). Esses dentinhos de leite custaram a sair. Nós puxamos, balançamos e puxamos de novo. Eu estava quase amarrando um barbante e prendendo na maçaneta da porta. Até chegar o dia de ir ao dentista - que só consegui marcar depois de muito custo e duas semanas de espera - esses dentes ficaram lá. O tadinho abria a boca para rir e eu tinha a sensação de estar olhando para a boca de um tubarão.
Foi então que tudo aconteceu.
Chegamos na dentista. Coloquei a Lilica sentada em um banquinho e Pedrão deitado na cadeira tortura de dentista. Eu fiquei entre os dois para socorrer o que precisasse primeiro. Não teve jeito e para tirar o dente precisou passar pomadinha anestésica, e mesmo assim ele estava sentindo dor.
A dentista puxava um pouco e ele levantava o bumbum da cadeira. No terceiro puxão ele resmungou, e acabou chamando a atenção da Alice. Ela não teve dúvidas. Se levantou - ignorando os meus protestos e ameaças - foi até o irmão, pegou a mãozinha dele e falou: Tá doendo, Tato?, com carinha de amiga, Não dói, Tato.
Eles trocaram um olhar de cumplicidade - só dava para olhar mesmo, pois Pedrão estava com a boca aberta - e cada vez que ele gemia, ela dava um milhão de beijinhos em sua mão.
Não demorou para a dentista conseguir tirar os dentinhos e os dois sorrirem aliviados. Pedrão sem a boca de tubarão e a Lilica com sensação de dever cumprido. E eu e a dentista ficamos durante todo o tempo em nosso momento OWNNN!!, claro.
Depois disso, colocamos os dentinhos para a Fada do Dente, e até o ciúmes do Pedrão melhorou. Agora eu tenho um filho banguelinha e uma menina mocinha.
O que posso dizer a não ser: ownnnnn?!
Até mais. 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mães brasileiras.


BY BIA.

Outro dia eu estava lendo uma conceituada revista feminina, quando encontrei uma reportagem sobre mães francesas. Nele havia uma explicação para todos os meus problemas maternais.
O texto dizia, em resumo, o seguinte: que o filho da mãe francesa, fazia parte do seu projeto de vida, enquanto que o filho da mãe brasileira é o seu projeto de vida. Portanto, enquanto o filho das mães francesas comem adequadamente na mesa, utilizando os talheres adequados e comendo vegetais em grandes proporções, o filho da mãe brasileira corre pelo restaurante, recusando qualquer tipo de comida saudável. Tudo isso porque a mãe brasileira, abre mão de sua vida para priorizar a criança, enquanto as francesas não deixam de fazer nada por causa dos pequenos e com isso eles aprendem que devem obediência aos adultos.
Finalmente eu encontrara onde estava a “pedra do meu caminho!”. Eu havia transformado meu filho, no meu projeto de vida. Agora eu iria agir diferente e logo me tornaria uma exímia “mãe francesa” e por conseqüência, teria um “filho francês”.
Como a vida não é nada previsível... Na mesma semana o meu pequeno ficou doente. Foi um corre, corre: desmarcar manicure, esquecer o livro que estava lendo, transferir evento com as amigas( café das mamys). Corre para um médico, corre para outro, corre para o pronto socorro, briga com enfermeira que quer dar duas vezes o mesmo medicamento para o filho ( a mãe descobre a falha, não deixa seu pequeno tomar, a enfermeira, confere, a mãe estava certa). Aponta o dedo para o médico que não quer fazer um exame mais sofisticado para diagnosticar melhor seu pequeno. Foi-se embora a “mãe francesa” com toda a sua etiqueta; nem a mãe brasileira se encontra mais dentro de mim, surge, aflora a mãe “primata” que defende a sua prole, luta pela sobrevivência do seu clã. Com “unhas e dentes”, socorre o pequeno ser com todas as suas forças. Noites sem dormir, casa para limpar, louça pra lavar, “larga-se” tudo e volta-se ao projeto mais importante que se tem na minha vida: o filho. Tudo se transfere para amanhã, mas o “filho” é o hoje, é o “instante presente”.
Quando o pequeno melhora, volto a lembrar da “mãe francesa”, me lembro também de alguns estudiosos franceses que estiveram no Brasil, na época colonial, pintando e retratando a realidade brasileira. Sempre havia me perguntado porque vieram de tão longe para nosso país. Acho que agora sei.... eram filhos de mães francesas que vieram atrás de mães brasileiras, que são muito mais calientes, eram filhos carentes de “colo” e “amor”, afinal, se atualmente as mães francesas são assim.... Imaginem ha quinhentos anos atrás como eram...muito mais “frias” e “distantes”...
Sabemos que eles vão crescer... Sabemos que eles não serão para sempre nosso projeto de vida...Mas se eles estiverem bem e felizes... isso, de alguma forma, já preenche a nossa alma de mãe. Mesmo que estivermos lá... correndo, atrás do pequeno, com uma folha de alface nas mãos...E o pequeno, é claro, sem a mínima etiqueta francesa, embaixo da mesa, brincando de esconde-esconde.

sábado, 1 de setembro de 2012

10 MANEIRAS FÁCEIS PARA SE CRIAR UM DELINQUENTE.

Achei isso muito interessante....

1 - Comece na infância a dar a seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando ele crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que deseja.
2 - Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isto o fará considerar-se interessante.
3 - Nunca lhe dê orientação religiosa ou moral. Espere até que ele chegue aos 21 anos, e "decida por si mesmo".
4 - Apanhe tudo o que ele deixar jogado pela casa: livros, roupas, sapatos, etc. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade pelos seus atos.
5 - Discuta com frequência na presença dele. Assim, não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
6 - Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser. Nunca o deixe ganhar seu próprio dinheiro. Por que terá ele de passar pelas mesmas dificuldades por qual você passou?
7 - Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar, pode acarretar frustrações prejudiciais.
8 - Tome o partido dele contra vizinhos, professores, policiais. Afinal, todos tem má vontade para com seu filho.
9 - Quando ele se meter em alguma encrenca séria, de esta desculpa: "nunca consegui dominá-lo".
10 - Agindo assim, prepare-se para uma vida de desgosto. Será o seu merecido destino.
Autor desconhecido e inteligente.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Você tem medo de que????

Do que você tem medo?
Essa pergunta foi lançada para as mamys, por email e por acaso, depois da Tia Fá - mais conhecida como mãe do Samuca - confessar alguns medos que ela tem. Ela fez um desabafo que rendeu um milhão de emails em resposta, com mais um monte de desabafos também. Até que uma das mamys - que eu já nem lembro qual - comentou que nossos medos não podem ser transferidos para nossos filhos.
Pensando um pouco melhor nisso, percebi que a maioria de nossos medos foram passados pelas nossas mães, ou seja, iremos passar os nossos para nossos filhos.
Um exemplo meu: eu morria de medo de escuro. Pavor mesmo. Sempre dormi no quarto com minha mãe, e a gente sempre deixava uma luz acesa - ou de um abajur ou de outro cômodo perto. Só para vocês terem ideia do tamanho desse meu medo, uma vez a energia parou no meio da madrugada, eu estava dormindo, claro, mas meu subconsciente - acho que foi ele - me avisou e na mesma hora eu acordei suando sem conseguir enxergar um palmo à minha frente.
Então, eu casei. E meu marido não consegue dormir com nenhuma luz por perto. Nem aquelas luzes pequenas de televisão, que ficam o tempo todo acesas. Pensei: e agora?
Na primeira noite, fiquei dez minutos acordada agarrado no pescoço dele. Na segunda, nem lembrei que estava no escuro. Hoje em dia, me irrita saber que tem luz acesa em algum lugar perto de mim durante a noite. Enquanto minha mãe, até hoje, não gosta de dormir sem uma luz acesa.
Sabe o que é mais engraçado nisso tudo? Minha mãe nunca chegou para mim e disse: Escuro é ruim e eu tenho medo. Até hoje ela diz que não tem medo, apenas não gosta.
Pegaram a essência da coisa?
É simples. Medo é medo. Não se controla, não se engana e não se esconde. A gente sente, e mesmo que não verbalize, mostramos que estamos sentindo. E nossos filhos o captam melhor do que qualquer outra pessoa. Por mais que a gente não queira, eles percebem nossa insegurança e acabam ficando inseguros também, e isso, mais tarde, vira medo.
Depois desses emails, comecei a reparar e lembrar como eu lido com meus medos perto das crianças. Eu nunca tentei enganá-los. Juro mesmo. Uma vez, estávamos no Hopi Hari e Pedrão queria ir na roda gigante. Eu ando em qualquer brinquedo, MENOS na roda gigante. Tenho pavor daquilo. Então eu disse para ele, que eu tinha muito medo, mas se ele queria tanto ir eu o acompanharia. Eu fui, quase tive um AVC de tanto medo, e ele ficou o tempo todo segurando minha mão e me dando força. Fomos três vezes - mãe é mãe. No fim ele me disse: Parabéns, mamãe, conseguiu enfrentar seu medo. Fofo, eu sei, mas me deu até tique nervoso depois disso.
A única conclusão a que cheguei, foi que todas temos medo de alguma coisa. E isso é bom. Nos mantém prudente e cuidadosas, desde que seja na medida correta - nada que seja em exagero faz bem. Mas o que eu acho que devemos passar para nossos filhos - já que o medo é inevitável -, é que não devemos ter vergonha de sentirmos medo. Temos que falar sobre ele, e quem sabe até tentar enfrentá-lo, mas nunca, jamais menosprezá-lo. Isso irá mostrar para nossos pequenos que estamos sendo sinceras com eles e, acima de tudo, que iremos respeitar quando eles sentirem a mesma coisa.
Com medo ou sem, o importante é a relação de confiança que iremos criar com eles e que irá ficar cada vez mais forte. E isso, na minha opinião, ajuda a qualquer um enfrentar o medo e a insegurança que for.
Acho que é isso.
Até mais.

domingo, 19 de agosto de 2012

Atividades extra estressantes.

Uma das coisas mais difíceis em ter dois filhos - pelo menos para mim, claro - é conciliar tudo o que você quer fazer com o filho mais velho, tipo esportes, brincadeiras e aulas extras, com a boa vontade do filho menor. Bom, semana passada eu tive meu pequeno teste para saber se devo ou não continuar arrumando coisas para Pedrão fazer.
É assim: terça de manhã, Pedrão tem meia hora de fono; sexta de manhã, uma hora de Radkids - esporte. Pouco não é? Não para quem tem que ficar na espera com uma pequenina de dois anos chamada Alice.
Vamos começar pela terça-feira. Levantamos, nos alimentamos, arrumamos tudo e deixei que a Lilica escolhesse seu objeto de distração - vulgo, brinquedo - para ficar na sala de espera enquanto Pedrão está lá treinando seus Rs.
A sala de espera da clínica não é nada atrativa para crianças. Aliás, para qualquer mãe um pouco mais zelos, aquilo parece uma bomba atômica prestes a explodir. Escadas sem proteção, e um sofá bem em baixo do parapeito da mesma. Eu sempre me sento ali, para impedir que Alice tente "ver" quem está subindo. Mas nessa terça, tive que levantar para assinar uns papéis. Nem cheguei na mesa da recepcionista. Foi só me levantar, para a Alice dar um moshe no sofá e se deitar no parapeito como se estivesse presa a um paraquedas. A sala inteira pulou na direção dela. Uma das mulheres até me atropelou na tentativa de chegar antes. Não aconteceu nada com ela, claro, mas com meu coração...bom, esse envelheceu uns trinta anos só nesse dia.
E depois de dois dias de intensos momentos caseiros, chega a tão clamada sexta-feira. E vamos nós para o Radkids do Pedrão. Ele adora. Encontra José Henrique - seu amigão -, e faz todas os esportes de uma vez.
Enquanto ele está lá, pulando, se exercitando e se divertindo, estou eu, Juli - mãe do José Henriquei - e Lilica esperando os pimpões. Depois de quinze minutos, o pequeno espaço de espera é tedioso demais para ela. Ficamos em um sobe e desce sem fim em uma escada - acho que ela tem um quê com escadas - até ela achar a porta da rua e resolver que ficar parada no meio - literalmente - da rua é bem mais divertido que ficar na salinha chata de espera. Claro que ela nem chegou a tentar essa possibilidade, eu a tirei de lá sob protestos árduos: choros altos, bateção de pé e gritaria. Juli essas horas era somente mais uma lendo revistas tranquilamente na sala que um dia foi silenciosa.
Depois de alguns minutos - que pareceram horas para mim -, Alice para na portinha da sala do Radkids e fica lá, calma e serena, olhando o irmão e o amigo treinarem, tagarelando palavras consigo mesma. Me sentei para respirar um pouco. E quando olhei para Juli e pensei em trocar meia dúzia de palavras com a minha amiga, escutamos um barulhinho de água. Bom, é uma academia de natação, pensei comigo, deve ser água da piscina. Mas o raciocínio de mãe foi um pouco mais rápido. Percebi que só tinha o barulhinho de água. Mais nada. Sem voz da Alice de fundo. Quando pensei em olhar com mais atenção de onde vinha a água, Juli vira para mim e diz:
_Brunaa...a Alice ta apertando o botão da água!
Dei um pulo de quinze metros da cadeira e saltei em direção ao bebedouro - chiquééééérrimo - que tem ali, onde a santinha estava apertando o botão de sair água sem copo em baixo.
....
Sim, minha gente. Tudo isso é pouco para mim. Fui eu - somente eu - que quis que Pedrão fizesse atividades extras na parte da manhã. Agora eu tenho que aguentar.
Por isso, mães de mais de um filho, pensem bem - na verdade muuuuito - quando quiserem fazer coisinhas com seus filhotes mais velhos. A não ser que o lugar onde ele vá tenha brinquedoteca com monitor. Aí sim vai funcionar.
Até mais.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

É a mãe que mima a filha? Não, é o irmão mesmo.

Estou com um pequeno problema aqui em casa. Primeiramente, para vocês conseguirem entender, tenho que fazer um pequeno resumo sobre as personalidades dos meus filhos.
Pedrão: mega ativo, solidário, carinhoso, compreensivo e bonzinho - no sentido total da palavra.
Alice: ativa, independente, decidida, teimosa, carinhosa, meiga e turrona - no sentido literal da palavra.
Agora uma cena corriqueira das manhãs aqui em casa: Alice e Pedrão sentam-se no sofá para assistir um filme. Pedrão quer Era do Gelo - ele já desistiu dos filmes do Max Steel e Ben 10 -, mas Alice quer Galinha Pintadinha. Quem vence? Alice.
Os dois resolvem ir brincar no quintal. Pedrão quer andar de bike, mas Alice quer ir na balança - que é em um lugar onde só pode ir com um adulto. Quem vence? Alice.
Pedrão quer brincar na árvore - aquela que segura a balança que a Alice estava querendo ir -, mas Alice resolve que quer ir para a brinquedoteca. Quem vence? Alice, de novo.
Então vocês devem estar se perguntando, por que a MÃE não toma uma atitude e ensina essa menina a parar de ser mimada e conseguir tudo o que quer? A resposta é exatamente o meu grande problema. Quem cede a tudo é o próprio irmão. Mas ele não faz isso por que ele realmente quer aquilo que ela pediu, ele só cede por ficar com dó da pequena irmã.
Lindo, não é?
Bom, não fica assim tão lindo quando estou na casa de alguém, e a pequena Lilica resolve "escolher" o quer assistir, brincar ou fazer. Ela já se acostumou que todos cedem ao que ela quer. Pelo menos em casa, com seu irmão é assim.
Já tentei conversar com Pedrão, expliquei e expliquei novamente. Não adiantou. Então mudei de estratégia, e, quando isso acontecia, eu brigava com ela e com ele. Mas ele ficava tão chateado, tão tão tão chateado que eu não aguentava e o agradava. Mas ele pedia - na verdade, quase implorava - para que eu não a castigasse mais.
A pergunta básica é: E AGORA?
Quando fico sozinha com a Lilica, consigo ensiná-la e ela fica na boa. Mas é só o irmão chegar que ela já começa com suas exigências. Ela fica pior do que criança junto de mãe.
Estou tentando levar numa boa, ensinando quando dá e educando quando posso. Mas não vou mentir, está difícil.
Então eu lhes pergunto: e agora, mamys?
Até mais.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Achei a luz no fim do túnel.

Eu estava lendo alguns posts antigos meus, e comecei a relembrar da época que a Lilica nasceu. Na verdade, o que me lembrei mesmo foi do perrengue que eu passava para cuidar de um bebezinho e um menino mega ativo e ciumento.
Não foi nada fácil. E eu não estou falando da canseira, dessa vez. Canseira, se você for pensar, é bem fácil de lidar. Você descansa - fácil assim, né?! -, em alguma hora do dia a gente sempre arruma um minuto para dar um respirada. Nem que essa respirada seja pequena e acabe logo. Mesmo assim, essa ainda é a parte fácil. Pelo menos para mim.
Eu limpava casa, dava de mamá, limpava mais um pouco, trocava fralda, fazia comida, brincava de monstro, continuava a comida, jogava bola, fazia todo mundo comer e voltava a cuidar de tudo de novo. Um ciclo contínuo e desgastante. Mas o que sempre me judiou, que me deixava acabada e esgotada mesmo, era ver meu primeiro amorzinho, meu príncipe, meu pequerrucho Pedrão, sofrendo por ciúmes. E ele sofria. Ele olhava para irmãzinha, adorando e idolatrando aquela coisinha que já se encantava somente com sua voz, e queria brincar e fazer alguma coisa com ela. Mas ela só sabia olhar para ele. Aí ele olhava para mim, querendo brincar e fazer alguma coisa comigo. Mas ele só podia olhar, pois eu estava cuidando daquele serzinho pequenino e com alto poder de persuasão com seu choro.
É duro para nós, mães, que amamos todos os filhos igualmente, ver um deles sofrer por uma escolha nossa.
E a cada dia que passava, a cada conquista nova da Alice, Pedrão sofria mais com todas as atenções voltadas à ela, e para ele só sobravam as broncas e a frase: _Você já é grande, pode fazer isso sozinho, não é? E lá ia ele, desanimado, mostrar que ainda tinha um pouco de dignidade em seus cinco anos de vida.
Mas, como tudo na vida, a gente sempre alcança a luz no fim do túnel. Depois de tanto sofrimento, tantos problemas e encanações, os dias de calmaria chegaram. Agora que a Lilica está com dois anos - olha só, que mocinha -, os dois interagem e brincam juntos. Eles se divertem, correm, brincam, brigam e tomam bronca juntos. Tudo por igual. Pedrão é uma nova criança. Compreensivo, paciente e carinhoso. Nem dá para acreditar.
Hoje em dia consigo fazer almoço, olhando os dois brincando quietinhos - vocês entendem o quietinho que estou dizendo, não é?! -, e limpar a casa está voltando a ser um evento normal, como antigamente, aos poucos.
Estou falando isso, por que vejo algumas das mamys passando o perrengue que eu passava, e eu sinto agonia. Agonia por saber exatamente qual é a sensação que temos quando isso acontece. Mas gente, isso passa. Ciúmes, eu sei, é para vida inteira, mas as coisas melhoram e se acalmam de uma tal forma, que as vezes me sinto protagonista das propagandas de margarina. É só respirar, entoar um mantra, e aguentar mais um pouquinho. Os pequenos irão se curtir e se amar como a gente sempre sonhou.
Assim esperamos, para a vida inteira.
Até mais.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Tudo acabou bem? Então agora posso dar risada.

Sabe aquele tipo de situação que é preocupante, perigosa e até pode levar à morte, e que depois que acaba - e tudo está bem, claro - a gente lembra e não consegue parar de rir? Bom, esse tipo de coisa acontece quase sempre comigo, mas esse acontecimento serve até de alerta para quem tem filhos com uma pitada de terrorismo no sangue.
Era um dia normal, como todos os outros. Corrido, insano e estressante. Manhã agitada, crianças atacadas e eu contando os minutos para poder levar Pedrão na escola e ter pelo menos um pouquinho de tranquilidade. Levei Pedrão na escola, Alice dormiu um pouco, arrumei a casa e quando vi, já estava atrasada para pega-lo de novo - as horas voam quando estamos tranquilas. A ida para buscá-lo foi sossegada. Alice foi o caminho todo cantando musiquinha e batendo palmas. Adorou pegar o Tatão e levá-lo até o carro de mãos dadas e tudo mais.
Até que eu, a mãe, resolvo colocá-la de volta em sua cadeirinha - um abuso de minha parte. Se alguém tivesse soltado uma granada dentro do meu carro, não teria feito tanto barulho quanto essa pequenina estava fazendo ao lutar contra minhas forças. Eu tentava prendê-la, e ela escorregava e gritava. Quando consegui passar o cinto, ela já estava inteira vermelha de tanto chorar e de tanta raiva. Mas ficou sentada. Torta e com um braço solto, mas ficou.
Comecei a andar com o carro e, claro, peguei o maior trânsito já registrado na cidade de Jundiaí. Demorei mais de quinze minutos para chegar até o viaduto da Ponte São João. Para quem não conhece esse viaduto, ele é duas mãos, uma mão que vai e outra que vem. Um carro de cada lado. Se o carro quebrar ou tiver que parar ali, todo mundo pára junto. Pois é. Eu parei o viaduto. Assim que meu carro chegou no pico do viaduto - para não ter chance de sair dali -, a Alice consegue se soltar e cai no assoalho do carro. Começa a pular, gritar e subir no encosto do banco da frente. Eu tentava controlar a situação de onde eu estava, mas quando vi que ela estava prestes a cair de cabeça no chão, não pensei duas vezes. Parei o carro, desci correndo, fui até o lado da porta dela - ela senta do lado oposto ao meu -, gritei, puxei e apertei ela de novo em sua cadeirinha até ela ficar vermelha novamente. Fechei a porta, dei saudações com o dedo do meio para todos que estavam buzinando e voltei a dirigir.
Ela parecia ter se convencido de que não poderia sair dali, pois ficou quietinha. Não se ouvia mais sua voz. Não se ouvia mais choro. Respirei fundo e apreciei o silêncio. De repente escuto Pedrão:
_Mãe, olha a Alice. Acho que é perigoso.
Olhei esperando ver ela com o dedo no nariz ou sei lá. Mas ela estava com meio corpo para fora, pendurada no vidro que ela mesma abriu e completamente solta do cinto que ela mesma escapou. Peeeeeeeeeeeensa em uma loka saindo do carro - com ele ainda andando -, no meio da rua, tirando uma garotinha pela janela que já estava quase saindo sozinha? Pois é, minha gente. E ela ainda ficou chorando e gritando porque queria andar daquele jeito no carro. Ainda bem que eu já estava perto de casa. Assim que parei o carro, eu chorei. Acho que fiquei um pouco nervosa e estressada. Sei lá.
Ou talvez eu só tenha ficado chateada com um senhorzinho que, enquanto eu tirava a Alice da janela, gritou para mim: _Mãe relaxada, não sabe para que serve o cinto de segurança??!!!
Acho que preciso de férias.
Até mais.

domingo, 29 de julho de 2012

Aprecie o morango. Sempre.

Sexta-feira fomos no Hopi Hari. Uma galerinha das boas nos acompanhou. Para variar foi super divertido, mega engraçado e blaster cansativo. Mas Hopi Hari é sempre Hopi Hari, eu me acabo e deixo todo mundo que está comigo acabado também - inclusive as crianças.
Mas dessa vez algo foi diferente para mim. Eu fiquei dividida. O dia todo, o tempo todo. Vou explicar. A Alice foi junto - claro -, e ela não pode ir em quase nenhum brinquedo pois não tem o tamanho que é permitido no parque. O Pedrão, pelo contrário, já pode ir em quase todos e ainda adora os mais radicais - que no dia não estavam funcionando, uma pena para ele. Então...com quem eu vou e em qual brinquedo? Para agradar o Pedrão, eu deixava a Alice com uma das mamys que estavam junto, para agradar a Alice, eu deixava o Pedrão com uma das mamys ou ele ia sozinho com os amigos, quando dava.
Pensando agora, nem parece tão problemático. Mas, minhas amigas, quando eu passava no brinquedo e olhava a carinha da Alice me esperando, fazendo tchauzinho e me chamando...não vou negar, meu coração ficou despedaçado. Teve horas que eu tinha vontade de ir embora e brincar o dia todo com eles na balancinha - humilde e mequetrefe - que temos aqui em casa.
Outras vezes eu me sentia uma mãe péssima por não conseguir dar conta dos dois de uma vez. Onde já se viu eu ter que desagradar a um por causa do outro? E ainda eu cedi à minha própria vontade no fim do dia, e deixei os dois com as mamys para ir na montanha russa. Pensa em uma fila demorada - ficamos vinte minutos nela - e cruel. Fique tensa, preocupada e olhando para lugar nenhum a toda hora para ter certeza de que nenhum deles estariam chorando ou coisa e tal.
No fim das contas o dia foi ótimo, claro. Pedrão amou de paixão e a Alice não para de falar no Castelo que tinha a boneca que dança e no carro do céu - mais conhecido como carrossel. Desde sexta-feira não se fala de outra coisa aqui em casa a não ser dos acontecimentos do Hopi. Só eu que fiquei pensando e preocupada com coisas desnecessárias. Para variar.
É incrível como temos o poder de estragar nossos próprios passeio com pequenas besteiras que nós mesmas colocamos em nossas cabeças de vez em quando. Por que somos assim? Ou melhor, por que EU sou assim? Deu tudo certo, todo mundo adorou - até a Kátia Fabiana gostou, vá...- mas eu fiquei me martirizando durante horas e horas à toa.
Tem uma história de um samurai que está fugindo de um leão, quando de repente cai em um precipício, mas acaba conseguindo se pendurar em um galho. Em cima, um leão esfomeado, em baixo...bem, em baixo, né?! Ele olha do lado e tem um morango nascido naquele galho. Então ele pega o morango e come, apreciando lentamente. Moral? Quando não se tem saída, aprecie o morango. Aprecie o momento.
É o que vou tentar, a partir de agora, fazer. Se eu tivesse apenas apreciado o morango na sexta-feira, teria aproveitado um pouco mais. Com certeza.
Até mais.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Objeto da discórdia.

Mais uma vez as férias estão se acabando. Posso dizer que dessa vez a criançada aqui em casa se divertiu. Teve passeios, amigos em casa - vários ao mesmo tempo -, amigos dormindo em casa, dormir na casa do amigo, parques, zoológicos e dias de ócio. Teve semana que eu achei que ia explodir de tanta coisa que fizemos. Simplesmente delicioso. Trabalhoso, mas delicioso.
Mas como sempre, tivemos um objeto da discórdia. Sabe aquele objeto que faz com que toda uma brincadeira se acabe? Ou toda a harmonia de um dia desapareça? Pois é. E esse objeto se chama vídeo game.
Antes que algumas das mamys tentem me lembrar do quanto eu rezava para que o Pedrão tomasse gosto pelo vídeo game, eu já aviso: sim, eu me arrependo disso.
Antes do vídeo game entrar em minha vida, eu não sabia o quanto uma criança parada na frente da televisão me incomodava. Na verdade incomodar não é a palavra certa, isso me mata aos poucos por dentro.
Teve um dia, uma segunda-feira, que amanheceu um frio daqueles que a gente não tem nem coragem de tirar o pijama. Nós levantamos, pegamos uma coberta, e ficamos sentados, brincando em baixo de uma mantinha quentinha e fofa. Até que surgiu a ideia: chega de filminho e brincadeira, quero jogar vídeo game. Pronto. Já me incomodou. Ninguém mais conversa, ninguém mais fala, ninguém mais brinca. Pedrão começa a jogar e esquece do mundo. Ele me irrita e acaba irritando a Alice, pois ela perde a atenção de seu amigo e companheiro. Não sosseguei até que ele parasse.
Comecei a reparar que ele está até desaprendendo a brincar. Isso mesmo. Não consegue mais criar brincadeiras legais porque só quer ficar mendigando horas e minutos com seu amado vídeo game. Fica emburrado, e fala que está triste pelos cantos da casa, porque eu não deixo ele fazer nada. É mole?
Eu sei que a gente precisa ter uma válvula de escape, alguma coisa que prenda muito a atenção da criança para certas horas que precisamos fazer algo que para eles é chato. Mas eu gostaria de controlar mais isso. Sinto que já está virando um vício, e isso me deu medo.
Fazendo uma autoanalise bem crítica, descobri que eu gosto de ter filhos agitados. Gosto de ver minha casa cheia de crianças, correndo para lá e para cá, eu tendo que gritar para ser ouvida e depois ter que dar banho com bucha natural para tirar a sujeira da criançada. Gosto de me deitar na cama esgotada, pensar que não tive tempo para nada pois só corri atrás de criança do dia todo. Gosto de ver que, quando eles pegam no sono, dormem torto, babam e roncam de tão cansados que ficaram. Quando acabo o dia desse jeito, fecho os olhos e tenho a sensação de dever cumprido. As crianças foram alimentadas, trocadas, limpas e desgastadas por brincadeiras sadias.
Estou impondo uma rotina severa agora em relação ao vídeo game. Ele só pode ser usado uma hora por dia. Já está dando o que falar e rolando vários choros intensos. Mas eu estou determinada, e somente um resultado negativo me fará voltar atrás. Espero que eu esteja certa e tudo volte a ser como antes.
Atá mais.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

2 anos - a adolescência infantil.

Eu sei...estou sumida e super desnaturada. Mas também, né, minha gente, é férias. Só quem é mãe e tem uma criança na fase dos dois anos em casa sabe como isso é o suficiente para acabar com sua vida social.
Estas férias estão sendo bem diferente e, de um modo geral, bem legal. Eu estava bem apreensiva com a sua chegada, pois os dias que a antecederam foram muito tensos. Mas até que estou conseguindo manter o controle.
Qual era a minha preocupação maior?
Alice. Uma fofa menina de cabelos enroladinhos, com gênio super marcante - para não dizer outra coisa - e na belíssima fase dos dois anos de idade. Uma fase linda, cheia de descobertas e expectativas e que nos faz repensar em tudo a que se refere à maternidade.
Agora falando sério, naquele papo de mãe para mãe - sem segredos e cheio de sinceridades - : O QUE É ESSA FASE DA CRIANÇA??? EU NÃO AGUENTO MAIS!!
Pronto, falei.
O Pedrão também passou por essa fase, lógico, e teve suas artes imortalizadas em minha memória. Mas com a Alice está sendo muito mais difícil. Eu associo isso diretamente ao fato de ela ser menina, e ter um gênio muito....bom, muito parecido com o meu, no caso. Ela grita, esperneia, bate e morde quando alguém não faz o que ela quer. E sabem aquela tática de fingir que não está vendo as birras em lugares públicos? Com ela não funciona, ela se aproveita desses momentos para correr para o lado contrário a que estou indo e se sentir livre e independente. Nessa brincadeira eu já quase a perdi dentro de uma loja de roupas - e ela nem se abalou.
Quando os amigos do Pedrão vem em casa a situação fica muito pior. A junção dos sentimentos - ciúmes, falta de atenção e necessidade de todos os olhares em cima dela - faz com que ela se torne mais agressiva e a irmã caçula mais pentelha do mundo. Ela, pacientemente, espera os meninos montarem os cinquenta soldadinhos em posições de guerra - que eles levam em torno de meia hora para preparar - e quando eles estão prestes a começar a batalha, ela chega com seus pequenos pezinhos, chuta todos os soldados e ainda pula em cima daqueles que conseguiram resistir e ficaram em pé. Aí, então, começam as brigas que só terão fim quando eu a colocar para dormir.
Mas o auge de tudo isso foi quando um amiguinho do Pedrão veio dormir em casa - o famoso Samuca, claro -, e os dois estavam tão cansados que pediram para dormir - um milagre, eu sei -, e ela quis dormir também. Como aqui em casa eles dormem juntos, todas as crianças ficaram no mesmo quarto. Imaginem dois meninos acabados de tanto correr e pular o dia todo? Seus olhinhos fechando involuntariamente de tanta canseira?! Agora, imaginem ao lado deles, uma menina cantando TODAS as musicas da Galinha Pintadinha, tendo acessos de riso e gargalhadas sem motivo e brincando de cuspir para cima para cair em cima dela mesma? Pois é. Eles nem quiserem ficar conversando e rindo até tarde da noite. Acabou que eles dormiram e ela continuou cantando o repertório inteiro do Cocoricó.
Só espero que até que ela saia dessa fase de adolescência infantil, Pedrão continue um meninão bonzinho e eu consiga manter minha serenidade e sanidade mental.
TAMO JUNTO, GALERA!!
Até mais.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Coisas de mãe.

Sabe aquelas frases ou até coisinhas que nossas mães faziam quando éramos pequenas, e que nós jurávamos que NUNCA iríamos fazer?????Pois é...é isso mesmo....atire a primeira pedra quem nunca se surpreendeu fazendo algumas das façanhas horrorosas de nossas mães com seus filhos...
Aí vão algumas para tirar a prova.

- "Não pula no sofá, ele é para sentar, não para usar de cama elástica."
- A criança não para de chorar por motivo nenhum. Você: "Pára de chorar senão vou te dar um motivo de verdade para isso."
- A gente fala para levar blusa pois vai esfriar, e está um sol de 40°. O filho não leva e depois a temperatura cai para -5°.
_"Eu sei que você não gosta de ervilha, mas olha só, não tem nenhuma na sua colherada" - e você escondeu em baixo do arroz.
_Quando a criança sai do banho, a gente penteia o cabelinho de lado, bem mauricinho e não deixa nada no mundo desarrumar.
_O filho está descalço, no maior calor, aí bate um ventinho e a gente grita: "COLOCA UM CHINELO PARA NÃO TOMAR FRIAGEM."
_"Come feijão senão você não cresce."
_A gente estica a meia até chegar no joelho da criança.
_"Desce daí agora, por que seu eu tiver que subir te pegar....aiiiiiiiiiiiiiiiii......"
- "Não fale assim comigo, por que senão olha aqui..." - e mostra a cinta na cintura que não vai ser utilizada.
- "É tudo eu nessa casa, tudo eu.." - quando o filho pede um copo de água, um minuto depois de você se sentar.
- "Nunca mais vou guardar nenhum brinquedo seu que estiver espalhado." - enquanto guarda os bonecos do Ben 10.
- "Se você quebrar esse brinquedo novo, vou jogá-lo no lixo e nunca mais comprar brinquedo na sua vida."
- O filho pega o controle remoto da TV e ele escapa da sua mão e cai no chão. Você: "ISSOOO...QUEBRA TUDO MESMO...NÃO DÁ VALOR PARA NADA QUE A GENTE COMPRA!!"
-O filho pede algo e a gente nega. Ele, revoltado, fala que ninguém liga para ele e que não damos nada a ele. Você: " Escuta aqui, TUDO  o que eu faço é por você. Me mato de trabalhar só para comprar tudo para você. Mas ninguém nessa casa da valor."
- "Escuta o que eu to te dizendo, eu sou sua mãe, eu sei das coisas."
- "Olhaaa, não bate na mamãe, Papai do Céu fica triste."

Será que tem mais alguma coisa?????
Até mais.



domingo, 1 de julho de 2012

A primeira noite a gente nunca esquece.

_Sim, mamãe! Eu quero!
E foi com essa frase-resposta de meu filho que começou meu inferno particular.
A pergunta que originou essa resposta veio, na verdade, da mãe de um amiguinho - a famosa, Kátia Fabiana, mãe do famoso Samuca. Era último dia de aula, sexta feira, aquele clima de festa no ar. Uma alegria pairava como brisa, junto com a gritaria da criançada, que estavam animadas um pouco demais. E então, Kátia tem sua excelente ideia: _Por que você não deixa o Pedrão dormir aqui?
Por mim a resposta já teria sido dada. Não, e ponto. Mas ponderei e achei sensato trocar uma ideia com meu marido, afinal, ele é o pai. No fundo eu sabia que ele diria não. Me enganei. Ele achou ótimo essa experiência para nosso pequeno. Humpf!
Então pensei: vou perguntar para o Pedrão, e é claro que ele não vai querer ir. Me enganei de novo. Humpf! Ele não só topou, como ficou empolgadíssimo com a ideia. Não tive alternativa a não ser deixa-lo ir.
Assim que cheguei na casa do Samucae vi Pedrão correndo para longe de mim, uma amargura tomou conta de meu peito. A sensação era a de que eu estava abandonando meu próprio filho, que o estava rejeitando. Um exagero, eu sei, mas ainda assim real. Ainda bem que a Fá se mostrou extremamente paciente. Me tranquilizou e me ligou as duzentas vezes que pedi para que ligasse.
No fundo eu tinha certeza de que teria que ir buscá-lo lá pelas tantas da noite, depois de Pedrão pedir arrego e confessar saudade incontrolável da mãe. Mas isso também não foi como o esperado.
Ele ficou super bem. Brincou, bagunçou, dormiu, acordou e brincou de novo. E nem lembrou que tinha mãe.
Olhando pelo ponto de vista prático - e positivo -, foi uma noite especial para ele. Ele desafiou seus medos, conseguindo enfrentar algo desconhecido e novo. Teve que se virar sozinho para conseguir o que queria, tendo que chamar a Tia para ajudá-lo em algumas tarefas e em outras teve que fazer sem ajuda de ninguém. Ele se sentiu orgulhoso de si mesmo.
Em casa também teve seu lado bom. A Alice teve seus momentos de filha única, sendo paparicada e mimado como nunca havia sido. E ela soube aproveitar esses momentos, nos abraçava e beijava, brincou, correu e depois ficou tão quietinha que até perdi hora para colocá-la na cama.
O lado ruim disso tudo, na verdade, foi só para mim. Por mais que eu soubesse que ele estava bem - só deixaria meu filho dormir em uma casa que eu tivesse completa confiança nas pessoas que iriam cuidar dele, claro -, não consegui dormir direito, e tive que me policiar a cada minuto para não pegar o telefone e ficar ligando à todo momento para a dedicada Fabiana.
O reencontro no dia seguinte demorou a chegar, mas foi uma sensação ótima ver meu pequeno filhote brilhando de tanta satisfação. E depois de alguns beijos e abraços, ele me diz:
_Obrigada, mamãe. Foi o melhor passeio do mundo!!
E assim eu vi que fiz a coisa certa.
Mas agora, chega. Só os amiguinhos virão em casa, não tenho mais coração para mais uma noite sem meu filho por perto.
Atá mais.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

MeninasXMeninos

Sou contra comparações, mas sempre digo o quanto comparar é inevitável na vida de uma mãe.
Eu tenho um casal de filhos - ah, vá?! - e não canso de me surpreender com as diferenças tão nítidas entre eles. O que é mais engraçado é que algumas características são próprias de cada sexo.
Por exemplo: meninos são agitados, meninas são calmas. E não me venha com aquela máxima: AAahhh, você não conhece minha filha...Nenhuma menina, por mais agitada que seja, chega aos pés de um menino agitado. Assim, como nenhum menino genioso, chega aos pés de uma menina geniosa. Mulher é bicho feio quando se trata de enfrentar qualquer tipo de autoridade que seja exercida sobre ela.
Outra diferença é sobre a maneira que cada um aprende alguma coisa. Meninos não tem paciência para escutar, raciocinar, aprender e fazer. Você fala e antes de acabar, eles saem correndo. As meninas escutam, observam, absorvem e fazem. Ah, e só param quando conseguem fazer direito.
Já percebi também que meninos comem mais alimentos saudáveis e meninas preferem....bem, elas preferem doces e porcarias - nossas famosas gordices. Além disso, meninos comem tudo e ponto. Meu filho volta da escola comendo uma fruta, come um pacote de pipoca, e ainda chega em casa e bate um pratão de comida fácil.
Meninos quando vão fazer carinho não conseguem controlar o primeiro contato e acaba virando um tapão descontrolado. Meninas de dois anos já podem carregar bebês e mesmo assim são capazes de não machucá-los.
Os meninos adoram qualquer tipo de brincadeira que envolva pum, cuspe ou arrotos. Meninas ficam com nojo de areia do parque na sandália.
E existem um milhão de outras coisas que, seu eu resolver fazer uma lista, o post irá ficar longo demais.
Mas o mais legal é ver como os meninos são adoradores e protetores de suas mães e as meninas são admiradoras e protetoras de seus pais. Como os meninos viram os olhos para a delicadeza e adoração por compras de suas mães e como as meninas acham infantis as brincadeiras dos pais e são companheiras em passeios de suas mães.
Sei que para toda regra existe uma exceção, mas convenhamos, a maioria é bem assim, não é mesmo?
Amo ser mãe de menino, e amo ser mãe de menina. Alguns dias é mais fácil cuidar deles e outros é mais fácil cuidar delas. Mas o que realmente importa é que amo de paixão essas diferenças, e agradeço a Deus todos os dias por ter me dado a oportunidade de vivenciar e aprender essas pequenas diferenças no meu dia a dia.
Até mais.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Amigos até na Diretoria da escola.

Essa semana aconteceu o que sempre temi. Meu filho foi para a diretoria da escola.
Isso mesmo, minha gente. O Pedrão, aquele garoto que todas acham pacato e tranquilo, foi para a diretoria com mais dois amigos - nem preciso falar que um deles era o Samuca - por causa de brincadeiras estupidas.
Quanto a isso, tudo bem. Quer dizer, lógico que fico preocupada com as brincadeiras e irei fazer com que ele perceba que não é legal esse tipo de coisa. Mas para mim, o pior, foi que eu não fiquei sabendo por ele. O Pedrão - que é o mais fofoqueirinho da turma - não me contou que havia tomado bronca. Ficou quieto e se fingiu de morto.
E por mais incrível que pareça, o fato de ele ter escondido de mim, me deixou mais preocupada do que o problema em si. Ele diz que ficou com vergonha de me contar, mas...será?
Conversei com ele, expliquei que essas coisas não podem acontecer, mas quando acontecem a mamãe tem que ficar sabendo, para poder lhe ensinar se ele realmente está errado ou se, de repente, está certo. Acabei que dei um castigo à ele por causa da omissão e não por causa do que eles aprontaram.
Agora vamos à parte engraçada de tudo isso.
Fui conversar com a coordenadora - o nome dela é Fátima e é muuuito brava. Falo com propriedade - e ela mesma não conseguia contar direito o que havia acontecido de tanto que ria.
Imaginem a cena: três meninos de cinco anos, com caras de travessos - e atitudes também - tentando explicar quem começou a brincadeira e quem foi o culpado. Rodrigo ficou quieto, Pedrão só gaguejou, e o Samuca....bem, o Samuca, né?! Ele fez a defesa da galera. Discursou e argumentou como ninguém. Não citou nomes e tudo o que fizeram - segundo ele, claro - foi uma coisinha de nada.
Outra coisa engraçada é que nenhum deles entregou o amigo. Nem sob tortura. O Pedrão, enquanto contava para mim o que havia acontecido, se auto acusou, dizendo que havia começado tudo e que a culpa foi toda dele. Acabamos o assunto com ele perguntando: Você não vai ficar brava com o Samuca e o Rodrigo, né? Eu mereço?
Mas, para mim, a pior parte foi ter que ficar dentro de uma sala, pequena, frente a frente com a Fátima. Gente, é como se eu tivesse quinze anos de novo. Ela foi a minha coordenadora, e foi a minha tortura pessoal na época. Ela brigava comigo e vivia chamando minha mãe para conversar.
Quando entrei naquela sala, quase dei meia volta e gritei pela minha mãe. Afinal, ela já está mais acostumada a aguentar as broncas da D. Fátima, não é?
Fiquei o tempo todo só ouvindo e concordando. Até me solidarizei com as crianças. Não é fácil aguentar a bronca depois da diversão.
Só espero que, de agora em diante, o Pedrão aprenda e perceba que é mais fácil falar comigo, do que EU falar com a Fátima.
Até mais.

domingo, 17 de junho de 2012

Apenas um dia normal. Será?

O DIA...

A primeira criança acorda e chama do quarto: _Mãããe....acordeiiii....Vou até lá e ganho um abraço e um bom dia todo cheio de risos. Acaba que todos da casa se levantam e vão tomar café da manhã.
Enquanto as crianças tomam mamadeiras, deitadas e assistindo TV, nós estamos na mesa tomando o nosso café e colocando algumas conversas em dia.
Pela manhã brincamos de tudo, vídeo game, casinha, pega-pega, pintar revistas. Tenho que parar antes e preparar o almoço. Faço isso ao som das crianças correndo e brincando pelo quintal.
Sentamos à mesa para comer, todos juntos, cada um em seu lugar marcado ao acaso, conversando enquanto uma criança aprende a comer sozinha e a outra mostra orgulhosa como já saber fazer isso. À tarde alguns dormem um pouco e outros assistem à um filminho. Quando acordamos saímos para dar um passeio. Sorvete, café, parque, bicicleta. Depois de muita brincadeira, a volta para casa é regada de lembranças da nossa tarde, e essas conversas se estendem no banho e no jantar, quando todos se reúnem novamente à mesa.
Depois de limpos e alimentados, a família senta para assistir um pouco de algum programa educativo, onde todos se acalmam, tomam suas mamadeiras noturnas e vamos para a cama. Conto uma história, rezamos e dormimos para amanhã, começarmos tudo de novo.

O DIA REAL...

São sete e meia da manhã de domingo, estou no maior sono gostoso quando escuto:_Mãããe....acordeiiii...Vou até lá -xingando em silêncio - com a cara inchada por não dormir direito, e tento convencer a criança a dormir só mais um pouquinho. Mas ela já pula em meu pescoço gritando um bom dia irritante e estridente e rindo da minha cara esquisita. Tenho que fazer as mamadeiras - que sempre esqueço de já deixá-las prontas na noite anterior - ao som de pedidos e reclamações sobre a demora. Sento na mesa para tomar café com meu marido. Na verdade, sento umas trinta vezes seguidas, pois cada vez que tento colocar a xícara na boca alguma criança pede alguma coisa ou se estapeia com a outra.
Pela manhã resolvemos brincar. São várias brincadeira, mas nenhuma é concluída. Começamos o vídeo game, mas a irmã fica na frente da TV, tentamos casinha mas o irmão acaba fazendo o bebê de inimigo do Ben 10. Acabamos brincando de pega-pega: a mãe corre atrás da criança para colocar de castigo e o pai corre atrás do outro para soltar uma panela que não é brinquedo.
Vou fazer o almoço tentando tapar os ouvidos para não escutar a gritaria que está no quintal. Crianças correndo e pai surtando. Sentamos à mesa, e enquanto achamos que estamos comendo, as crianças brincam de dominar a colher mirando comida um no outro.
À tarde os esgotados caem no sono onde estão. Resolvemos sair um pouco depois do sono, para gastar mais energia das crianças e dormirem melhor à noite. Sorvete cai na roupa, café fica frio e bicicleta vira arma. Voltamos para casa recapitulando tudo o que fizeram de errado e feio até em casa e dando os devidos castigos para cada mal criação. No banho as conversas sérias são por causa das brigas que ocorreram no carro enquanto a gente dava os castigos. Ninguém consegue jantar pois estão todos muito cansados e comeram muita porcaria na rua.
Depois de limpos, alimentados e castigados, não sobra mais nada para fazer a não ser assistir Discovery Kids, a mãe colocar todos de castigos contando uma história e rezar para que todos melhores seu comportamento no dia seguinte.

Resumindo: para se ter um dia legal, basta mudar sua perspectiva.
Até mais.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Galera do coração.

É incrível como alguns dias simplesmente são especiais. Ás vezes queremos tornar algo especial, inesquecível, e então gastamos rios de dinheiro, montamos altos esquemas e no fim, nada fica tão marcante quanto o esperado. Já algumas vezes, só o simples fato de algumas pessoas se encontrarem já faz com que esses momentos se tornem inesquecíveis.
Hoje foi um dia assim. A mamys Bia irá comemorar mais um aninho de vida amanhã, então resolvemos fazer um caféversário surpresa - ideia da maligna Ronyse. Foi de última hora, foi uma confusão e foi uma correria, mas foi especial. Foi gostoso, foi lindo, foi emocionante e foi destilador de fígados. Muita fartura e muita risada. Crianças e bebês para todos os lados, mães e amigas cuidando de tudo e de todos ao mesmo tempo.
Então, em um momento de calmaria - que são raros em dias como esses -, fiquei observando a mulherada interagindo. Cada uma com seu ponto de vista, cada uma com suas qualidades e seus defeitos. Uma ria alto a outra não acha graça. Uma gosta de irritar e a outra fica irritada fácil. Uma diversidade de personalidades que, juntas, formam um grupo completo. Então resolvi fazer uma brincadeira, comecei a pensar em uma palavra que definisse cada uma das mamys que estavam em casa hoje.
Rose=vó
Eleni = malhação
Fabiana=Kátia
Karina=delicadeza
Ronyse=bronca
Tati=alegria
Juliana=chef light
Carlla=engraçada
Dani=pentelha
Bel=sumida
Bia=protetora.
E isso foi só com as que estavam aqui hoje, ainda tem a Samira=mãezona, Sílvia=empresária, Regiane=descolada e muitas outras que conhecemos mas que, muitas vezes, não podem vir em nossos encontros.
Mas o que achei mais engraçado é que, cada vez que olhava para uma delas, e começava a pensar em uma palavra, teve um adjetivo que foi comum para todas. Essa palavra martelava em minha cabeça se encaixando perfeitamente á todas que estavam aqui. Na realidade são duas palavras, e que eu tenho muito orgulho de dizer que o nome de todas estão definitivamente unidos à essas pequenas palavras.
Obrigada por fazerem parte de minha vida SUPER MAMYS.
Até mais.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados especial.

Preciso confessar algo para vocês: fazem quase cinco anos que não comemoro o Dia dos Namorados. Quer dizer, faz todo esse tempo que não comemoro decentemente, como diz o protocolo.
Até o Pedrão nascer foi tudo ótimo. Jantar romântico, troca de presentes. Mas depois que tivemos filho...embolou.
No começo trocávamos presentes e saíamos para jantar, mas nunca na data certa. Sempre acontecia alguma coisa, uma vez Pedro ficou doente, outra vez trabalhei até tarde, outra vez faltou dinheiro. E por aí vai. Quando nasceu a Alice, a coisa ficou pior. Se já não conseguíamos sair com um filho, com dois então não havia possibilidade.
Mas eu sou mulher, e como toda mulher exigia um pouco de romantismo. Não me permitiria deixar a data passar em branco sem reclamar, claro. Então eu batia o pé, choramingava e acabávamos fazendo algo uma ou duas semanas depois da data.
Foi então que estava conversando com uma amiga,quando ela me perguntou: Onde vai comemorar o dia dos namorados? Pensei por um minuto e resolvi ser sincera: Não vou, esse ano não vai dar. O mundo caiu. Ela ficou indignada, onde já se viu deixar passar essas datas tão importantes para o romantismo do casal? Uma outra amiga, que estava junto, aproveitou o assunto e relatou o caso de uma conhecida da prima que abria mão dessas comemorações e o casamento acabou depois de dois anos.
Tá. Eu não tiro a razão delas. Também gostaria de comemorar toda e qualquer data tomando champagne com morangos depois de um romântico jantar à luz de velas em algum restaurante badalado da cidade. Mas não dá.
Pensem comigo, esse mês nós fechamos o contrato com um buffet infantil super legal para comemorar o niver do Pedrão. Terá muita criança e muita bagunça. Meu filho ficará super feliz. Quem faz festa infantil sabe o quanto isso fica caro. Por isso, quando eu e Rodrigão decidimos não trocar presentes para poder pagar a festa, não pensei duas vezes. Não fiquei nem insegura, a decisão foi unânime.
Por isso, hoje, depois de passar a tarde ajudando uma amiga a escolher o presente de dia dos namorados para seu marido, resolvi comemorar. Resolvi que estava na hora de mudar a história dessa data.
Peguei meu filho na escola, passei no mercado, comprei os apetrechos da comida favorita do maridão - com Pedrão auxiliando e me dando um milhão de abraços e beijos -, preparei a comida com criança em um braço e colher no outro, e quando ele chegou fizemos uma comemoração regada de crianças e amor. Muita lambança, bagunça, comida e histórias para contar. Por que não podemos ter um Dia dos Namorados romântico com a maior prova do nosso amor frente aos nossos olhos? Nossos dois filhotes. Esse é o nosso eterno presente.
Quer saber: foi o melhor Dia dos Namorados que já tive.
Até mais.

domingo, 10 de junho de 2012

Bagagens supérfluas.


BY BIA.


 Acordei muito inspirada para escrever. Talvez os últimos acontecimentos da minha vida tenham me motivado para isso. Por isso, nada melhor do que um blog especial como o nosso...
Quando estava grávida o meu filho Rodrigo, comprei um livro: “Bagagem pra mães de primeira viagem”, e é claro que o livro não serviu pra nada. Tinha assuntos como: tipos de piso para o quarto do bebê, como se hidratar na gravidez, roupa de cama para o carrinho do bebê, trava para o vaso sanitário e para gavetas, banheira inflável para viagem, chaleira de “ágata” para ferver água, expecting Kit, etc, etc, etc,......
Bom.... acho que vocês já estão imaginando, né? Ninguém vai trocar o piso do quarto, porque o gasto já é enorme quando chega um bebê, ninguém vai colocar trava no vaso sanitário ou em gavetas, porque ninguém vai ter tempo para ficar colocando e tirando uma trava com um montão de serviço que uma criança dá nos primeiros anos de vida. No máximo, depois de ler o livro todo, consegui comprar um hidratante e tentei ficar um pouco mais bonita durante a gravidez ( uma vez que ao nascer um bebê, quase não se tem tempo nem para escovar os dentes...).
Então, hoje, descobri uma coisa importante ( com todo o respeito as autoras do livro ), levamos um monte de coisas desnecessárias dentro de nós mesmas. São medos, orgulhos feridos, mágoas, revoltas, sentimentos de inferioridade.... Sabe, uma “bagagem de primeira viagem ” tão desnecessária como aquele livro que eu comprei.
Quantas “bagagens supérfluas” levamos pela nossa vida afora enquanto o que é realmente essencial fica em segundo plano. E como diria o clássico Saint Exupéry em “O pequeno príncipe”: o que é essencial, as vezes é invisível aos olhos, mas real e palpável ao coração.
O importante é sabermos “onde queremos chegar”, e caminhar da melhor maneira “possível ” ( e isso minhas amigas do blog, são “ experts”)
Afinal, um dia meu pequeno vai crescer e eu vou ter que estar pronta para entender isso e amá-lo ainda mais. Porque ele vai querer ter a vida dele, e se eu continuar assim, vou continuar “sufocando” as pessoas. Ou pior, “sufocando a mim mesma” com tanta “bagagem inútil”. Por isso galera ( como diz a Bruna com seu jeito “primaveril” ) vamos “jogar as bagagens duras do nosso coração pra fora” .E vamos tentando reconstruir a cada dia um caminho mais “leve” ou um pouquinho mais feliz....

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Satisfação com orgulho.

Esses dias eu estava lembrando de todo o perrengue emocional que passei ano passado por conta daquela história do Pedrão ter que refazer o ano escolar. Pois é, deixei todo mundo louco, atormentei uma galera inteira pedindo opiniões e conselhos, chorei, me acalmei e depois surtei. E agora que tudo está resolvido, nunca mais toquei no assunto. A gente é assim mesmo, isso é sinal de que tudo está funcionando bem. É triste e egoísta, mas nós, seres humanos, somos assim, só chamamos quando precisamos e depois esquecemos de agradecer.
Por isso hoje estou escrevendo para mudar pelo menos um pouco desse meu defeito. Quero compartilhar com todas vocês como tudo se ajeitou na vida do meu pequeno.
O começo do ano foi muito difícil. Apesar de ter um amigão na classe nova de bebês - como ele costumava chamar -, ele não se enturmava por definitivo e ficava olhando à distância os amigos do outro ano. Eu via que ele voltava muito desanimado da escola, e todos os dias pela manhã ele tentava uma negociação diferente para não ir para a escola. Até aí, normal, nada além do esperado.
Comecei a ficar um pouco preocupada quando ele chegou um dia e, enquanto falávamos de como tinha sido o seu dia, ele falou que ele não ligava de não ir para o primeiro ano. Eu disse que tudo tinha sua hora, que agora não era a hora certa de ele estar no primeiro ano, mas que logo chegaria o momento. Então ele respondeu:_Não, mamãe, eu nunca vou para o primeiro ano, eu nunca vou conseguir escrever e ler.
Foi então que conversei com meu marido e começamos um trabalho intenso de conversas infindáveis para deixar Pedrão mais tranquilo. Funcionou.
Para outros problemas que iam surgindo, o tempo foi se encarregando de fazer sua parte. Hoje em dia ele está animadíssimo, pois na classe ele é o mais rápido para algumas coisas, seu caderno fica caprichado - pois agora ele consegue ser caprichoso, no ano passado ele se esforçava mas não conseguia - e ele tem amigos que gostam dele tanto quanto os amigos do ano passado.
Mas, para mim, o melhor foi ver que tomei a decisão certa. Ver que meu pequeno, agora, está mais maduro e se sente mais seguro para fazer as atividades e tudo o que a professora pede. Ver que, enquanto brinca com seus novos amigos, eles ficam de igual para igual, que ele não destoa nas brincadeiras. Ver que ele está feliz, acima de tudo, e que mesmo tendo que passar por uma situação tão chata para ele, ele conseguiu enfrentar e passar por cima de suas próprias dificuldades.
Orgulho master do meu Pedrão.
E muito obrigada à todas que tiveram paciência e sofreram junto comigo. O que posso dizer é: TAMO JUNTO!!
Até mais.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Viagem com chuva, rola?? Ahhh, rola, sim!

Andei meio sumida, eu sei. Foram vários fatores os responsáveis por isso, mas o principal deles é o tempo que voa. Administrar meu tempo está bem complicado. A gente acha que por não trabalhar fora dá conta de tudo, e que tem muito mais tempo que os outros. A realidade é bem diferente.
E um desses compromissos que arrumei foi uma pequena viagem - bem chaaato, eu sei...rs..- no fim de semana até Águas de Lindóia.
Com certeza vocês devem ter pensado: que delícia, ela foi dar uma descansada. Outra vez, a realidade é bem diferente.
Chegamos na sexta feira à noite. Quem é mãe vai entender: criançada detonada de canseira. Para variar chegamos causando todas no hotel. Pedrão entrou dando uma estrela quase sem as mãos, e a Alice achou o caminho da brinquedoteca mais rápido que o próprio dono do hotel.
Nem vou comentar sobre nossa primeira noite, pois ela foi....bem, quase traumatizante. Meu marido queria voltar antes do sol raiar.
No outro dia, todos acordaram suuuper cedo - claro -, mas descansados, de qualquer forma. Nos trocamos, nos arrumamos e quando abrimos a porta: chuva. Não tive como não soltar um grunhido de desânimo. Mas somos mães, somos fortes e prontas para o que der e vier. Meu marido, já queria vir embora antes do almoço.
Foi uma correria, era criança pulando na lama de um lado, criança pulando em poça de outro, e a mãe e o pai gritando e correndo - e acabando com o sossego de todos aqueles velhinho simpáticos e cansados que estavam na cidade.
A manhã cinzenta, por causa da chuva, deixou as crianças cinzas e os pais roxos de tanto nervoso. Foi insano.
Quando chegou a hora do almoço, confesso que estava quase desistindo. Eu não via mais a luz no fim do túnel, e estava me convencendo que era melhor passar nervoso em casa. Mas como que por milagre, exatamente ao meio dia e meio, o sol se abriu. Foi IN-CRÍ-VEL!!!!!Um dia lindo, iluminado, brilhante. Bolhas de sabão pairavam no ar da praça e brinquedos gigantes infláveis apareciam.
Então, como se fosse um anjo, eu soltei a cria naquele lugar, um com bicicleta e outra com crocs, e eles correram, andaram, pularam e se sujaram. Ficaram assim até de noite, o que custou toda a sua energia e, finalmente, veio a recompensa: NOITE BEM DORMIDA.Sete horas estavam todos desmaiados na cama.
No domingo, a mesma coisa, dia lindo, crianças correndo e pais felizes. O que me fez pensar - mais uma vez -  que nós, adultos, somos muito preocupados com tudo. Por que não deixar as crianças se divertirem com chuva e tudo? Que pisem na lama, que se molhem - e depois tomem Kaloba. Tudo passa tão rápido, como sempre dizemos, então precisamos aprender isso com eles, aproveitar o momento não importa como.
Tudo passa rápido, até a chuva em dia de viagem.
Até mais.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O resultado chegou, e foi ótimo.

Domingo foi um dia especial para Pedrão - e para mim, claro.
Nosso dia começou como todos os outros. Vídeo game, família unida, broncas, gritarias, risadas e tudo o que é relacionado à uma família em um dia de ócio.
Mas no fim da tarde, fui levar Rodrigão para trabalhar - sim, ele foi trabalhar e, sim, ele estava irritado com isso - e quando voltei dei de cara com Pedrão, Alice e Vovó apreciando a bicicleta do Pedrão.
Ela não é nova. Ele a ganhou já faz mais de um ano. Aproveitou pra caramba a bike com rodinhas até que isso não era mais tão legal. Resolvemos tirar as rodinhas. Ele pegou rápido, mas alguém tinha que o segurar para sair e correr para fazê-lo brecar - ou então algo o brecava antes. Mas isso foi em julho do ano passado. Depois ele acabou se desinteressando, e desistiu de tentar aprimorar as técnicas da bike. Tentamos todo tipo de conversa para que ele voltasse a andar, mas nada adiantava. O mesmo tipo de agonia que sinto com relação as atividades físicas fracassadas me dominava quando tentávamos mostrar o quanto seria legal se ele pelo menos tentasse novamente subir na bicicleta.
Mas então, no domingo, ele olhou para a bicicleta e disse: Será que consigo? Foi a minha deixa. Eu disse: Clarooo que consegue, é só subir e dar impulso. E foi o que ele fez. Subiu, sem ajuda, arrumou o pedal e deu impulso. Duas pedaladas sem cair. No mesmo instante juntei bike, tonca, Pedrão, Alice e Vovó e fomos em uma pequena avenida que tem perto de casa que fica fechava para pedestres aos domingos. Foi só colocar a bike no chão e Pedrão subiu e simplesmente saiu andando. Eu dava pulos, Vovó gritava para tomar cuidado - e que eu deveria correr mais rápido, claro - e Alice seguia em direção ao irmão semi descontrolado no volante. Tudo bem, ela foi atropelada por ele, mas não foi nava grave. Quase chorei em ver a cena. Pedrão na bicicleta, sozinho, andando, brecando e fazendo curvas sem ajuda de ninguém.
Mas o que me deixou mais emocionada foi confirmar tudo o que todas vocês me disseram. Esses dias todos fiquei me controlando. Percebi que respeitar o momento das crianças é muito mais difícil do que simplesmente ser mãe. Achamos que sabemos tudo o que é bom para eles, e que sabemos tudo o que eles querem. Então acontecem essas coisas e mostram que, mais do que cuidar e se preocupar, é respeitá-los como um ser pensante. Eles são pequenos, mas tem sua personalidade e suas vontades. Isso é deixá-los crescer, como a Bia disse. Dar as opções, e respeitar se eles não as quiserem. Pode ser que agora eles não as queiram, mas daqui a pouco eles voltem atrás - não é, Ju?!
O momento da bike do Pedrão, para mim, teve um significado muito maior. Vê-lo andando agora, sozinho e livre, foi ver o quanto ele está crescido. E que talvez minha função agora tenha mudado. Eu não preciso mais só ensinar, eu preciso ensinar e indicar. Indico o caminho correto e observo. Ele vai olhar para trás, assim como na bicicleta, para se certificar de que está fazendo tudo certo, então cabe a mim fazer o positivo ou o negativo.
Para fechar a noite, fizemos um programa de mocinhos - como ele mesmo diz. Fomos assistir ao show do Titãs, com direito a gritar: Eu sou rockeiro! e tudo mais. O primeiro show de rock oficial do Pedrão. Um dia para entrar para a história de meu ex-pequeno filho. Yééééaahhhh!
Até mais.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

E agora? O que faço?

Já faz alguma tempo que estou querendo que o Pedrão faça algum esporte. Mas sabe como é, eu pesquiso, vejo horários, valores, e acabo não levando por falta de tempo, esquecimento, essas coisas.
Até que veio Kátia (mais conhecida como mãe do Samuca e da Julinha) e disse que iria levar nosso fofo Samuel para fazer uma aula de karatê. Fiquei empolgadinha e fui falar com Pedrão. Ele amou. Ficou entusiasmado, ansioso, não via a hora de treinar com o melhor amigo.
No dia da primeira aula, pegamos os pequenos na escola e fomos em comboio para o karatê.
Chegamos na academia - um lugar agradável, lindo e muito legal -, Pedrão já começou a dar o primeiro vestígio de que o negócio não ia rolar. Ele olhou para mim e falou: Esse lugar é chato!, e seus olhos encheram de lágrimas. Isso mesmo, lágrimas. Então, como se eu fosse largá-lo ali, naquele lugar desconhecido e com pessoas que ele nunca viu na vida, ele grudou em minha perna e soltou o seu primeiro Não voooou choraminguento. Só para constar, ele sabia que eu iria ficar com ele durante o treino, e o lugar é ótimo pois os pais ficam sentados bem próximos do tatame. Ele iria ficar, praticamente, do meu lado treinando.
Nem preciso acabar de descrever o que aconteceu. Lógico que ele não parou de chorar um minuto, não entrou no treino - mas eu fiquei lá com ele para assistir, pois a esperança é a última que morre - e ainda fez com que seu amigão ficasse todo cheio de dó dele. Pelo menos o Samuca aproveitou e adorou.
Tentei levá-lo mais um dia, fiquei conversando desde de manhã, dizendo onde íamos depois da aula, como seria e que seria muito legal. Ele até concordou e estava começando a gostar da ideia. Mas foi só ele me ver na porta da escola que já começou a chorar porque não queria ir. Conversei, ponderei, e até chantageei, mas por fim desisti e não o levei.
Foi aí que a dúvida surgiu. Até onde devemos insistir? Vou ser sincera, por mim, eu o levaria chorando mesmo, até ele pelo menos entrar no tatame e fazer uma aula que seja. Mas me disseram que isso pode piorar a situação. Vou forçá-lo a fazer algo que não quer, o que irá fazer com que ele crie asco e mine todas as possibilidades de que ele, de repente, venha a gostar do esporte quando estiver um pouco mais velho.
Dúvida cruel. O pior é que, depois disso, qualquer esporte que eu comente com ele que poderia gostar, ele já diz de antemão que não quer ir.
Resolvi dar um tempo à ele. Esperar, quem sabe, ele amadurecer um pouco mais e então levá-lo novamente para conhecer alguns tipos de esporte. Mas a dúvida ficou martelando em minha cabeça: o que fazer em uma situação como essa? Forçar a barra, ou aliviar? Até agora não cheguei a nenhuma conclusão, mas uma coisa eu tenho certeza, esporte é importante e vai chegar uma hora em que ele terá que tentar fazer algo de qualquer maneira. Mas até lá, confesso que eu gostaria que tudo fosse um pouco mais fácil.
Fazer o que.
Até mais.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Um dia para recordar...



Sábado 12/05/12 eu tinha uma programação feita e perfeita: acordar bem cedo, levar o Márcio para o curso, ir até a casa da minha mãe, ajudá-la com a limpeza já que estava com o joelho recém operado, terminar de levar minhas coisas que ficaram para trás (mudei tem alguns dias), trocar a pastilha de freio do carro, e como minha irmã estava grávida me propus a levar minha mãe até a casa dela, já que a tarde elas iriam na apresentação do “Dia das Mães” do meu sobrinho Samuca. Depois eu iria fazer unha, pegar o Marcio no curso, ir para o apartamento, dar uma geral ... até ai já seria aproximadamente 19h00.
Pois bem, vocês acham que correu tudo conforme o planejado? Nã na ni na não.
Consegui cumprir algumas tarefas, até a parte “trocar pastilhas de freio” deu certo. A caminho da casa da minha irmã minha mãe recebe uma ligação! Alguns minutos de silêncio e: -“NÃO ACREDITO? E VOCÊ ESTÁ ONDE? TÁ ME LIGA ASSIM QUE CHEGAR LÁ!! TÁ BOM, TÁ BOM NÃO VAMOS AGORA, EU ESPERO VOCÊ ME LIGAR”. Como disse anteriormente, minha irmã estava grávida, então alguém se arrisca a chutar o que aconteceu? Sim, a bolsa rompeu!!!!!!!!!!! E melhor, a marrenta da Kátia Fabiana não queria que fossemos ao hospital, porque ela achava que era a bexiga que não estava segurando xixi, tipo, alarme falso. Aqueles que me conhecem sabem o quanto sou corujaaaa, como eu não iria correndo ao hospital? E quem me conhece deve conhecer minha irmã, como eu poderia deixá-la nervosa gravidíssima e aparecer lá? Fiz o primeiro retorno, em vez de ir sentido Colônia fui sentido Centro de Jundiaí, em plena véspera de dia das mães .... sim, peguei o maior trânsito!!!! Devia ser 12h40 quando consegui estacionar e decidimos ir na Tropicana comer uma coxinha de queijo, afinal não podíamos aparecer nem ligar, senão a marrenta nos mataria. As 12h55 minha mãe atende o celular, silêncio again, e: -“TÁ BOM ESTAMOS INDO PARA O HOSPITAL”, nesta altura minha mãe já estava chorando. Resumindo, eu tinha que correr para o hospital, já que minha irmeã estava em trabalho de parto e eu, euzinha aqui, assistiria-o. Quase enfartei de alegria, pois eu pedi muito para assistir o parto e sempre ouvi um não. Acho que porque obedeci e não fui ao hospital antes, ela resolveu me dar um presente! E que presente hein!?
O Adriano e Samuca estavam em Vinhedo, e eles não sabiam de nada. Aproximadamente 13h40 eles chegaram no hospital esbaforidos, o Samuca achava que já veria a irmã, quando percebeu que não, olhou para a mãe dele e disse: -“Noxa (som de “x” dele) mãe, hoje tem minha apesentaxão”. Eu e minha irmã quase morremos, ai que amoooooooooor!!!! A Fabiana foi explicar que ela não poderia ir, mas não deu nem tempo, ele virou para a enfermeira e disse: -“ Olha, você pode liberá minha mãe maix cedo? As quato holas tem apesentaxão na minha escola, lá na Fansxisco Teles, tá bem?”. Por isso que eu digo que ele é o amor da minha vida .
Lá fora, na sala de espera ele parecia o pai da criança, contava e conversava com todos, até que ele viu uma figura conhecida aparecer (era a médica da minha irmã), olhou, pensou e disparou: -“Noxa doutola, voxê apareceu bem na hora hein!!!!?????” Tipo, que coincidência!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não a cena, eu estava na sala do pré-parto com minha irmã, desesperada, nervosa e lógico que muito brava. É até engraçado, mas ela estava tendo contrações e morrendo de medo de ter parto normal. Agora que passa, a gente realmente ri.
Fui a primeira a ver a Julinha, (depois das médicas é claro) que nasceu as 15h10, linda, saudável com 46 cm, 2.770kgs e muito cabelo.
As 15h30 sai do centro cirúrgico, peguei minha bolsa, o Samuca e junto com as duas avós fomos para a apresentação dele na escola. Gente juro, ele falou e mostrou foto para todo mundo, estava tão orgulhoso que tinha uma irmã que fiquei emocionada.
Detalhe: Eu estava com roupa de ficar em casa em uma apresentação de dias das mães, com aquelas mães todas cheirosas e chiquetosas. Agradeci ao Samuca por ele espalhar a novidade, assim todos entenderiam o motivo do meu ilustre traje, a lá Jurema.
Combinamos que ele olharia para a minha câmera para que eu tirasse fotos, assim a mamãe Fabiana iria vê-lo direitinho depois, e ele, como irmão mais velho deu o exemplo. Localizou-me depois no momento muito bem traduzido pela Bruna “Luz na cara”, jogou beijos, fez gestos e riu para a minha câmera.
Adorei ser mãe substituta, e nem venham falar que não fui, porque bato o pé, fui sim !!!!! Não foi a altura claro, mas adorei o momento.
Enfim, minha programação foi por água abaixo, GRAÇAS A DEUS. A emoção de ver a Julia nascer, participar da ansiedade e alegria do Samuca e ir na apresentação dele no dia das mães .... foi única e inesquecível. Literalmente, NÃO TEM PREÇO.
Tem inúmeras historinhas deste dia, que se eu fosse contar tudo, precisaria de mais umas 02 horas escrevendo. Só quis mostrar que um dia que sai do planejado, que é mega corrido e cheio de ansiedade, pode ser MARAVILHOSO.
Bruna, obrigada pelo help!!! Kkkkkkkk
Ana (Fabiana) obrigada por fazer o meu dia 12/05/12 tão especial! Te amo!!!!
Beijos, da Tia Patixa
Tia do Samuel, da Anna e da Julia.