terça-feira, 23 de julho de 2013

Barriga? Dane-se. Eu sou mãe!

O bebê real nasceu. Ele nasceu com 3,8 quilos, teve alta hoje, e tanto bebê, quanto mamãe passam bem.
O que nós temos a ver com isso? Bom...acho que não muita coisa. Quem me conhece sabe que pouco vejo essas notícias, e sou super por fora dos "babados" que acontecem por ai.
Mas, vendo essa reportagem com as fotos hoje, teve uma única coisa que me chamou a atenção. A princesa Kate saiu do hospital, usando um vestido azul claro de bolinhas que simplesmente realçava sua barriguinha.
Pasmem vocês, ela não teve nenhum pudor em esconder sua barriguinha de oito meses que TODAS as mães tem quando saem dos hospital.
Isso me chamou a atenção pois estamos acostumadas a viver em um mundo onde pessoas fora de padrão são tidas como gordas, cheias ou fora de forma. Não encontram roupas, aguentam tiração de sarro e ainda, viram ponto de referência.
Me disseram que quando a Cláudia Leite saiu do hospital, ela não deixou ninguém fotografas a barriga dela. E em menos de uma semana ela já aparecia completamente esbelta. A Iveta Sangalo foi crucificada por que resolveu aparecer depois de um mês - UM MÊS...- ainda com uns quilinhos a mais. Me perdoem se eu estiver trocando nomes das celebridades. Axé Music é muito confuso para mim.
E nós? Meras mortais, que saem do hospital e voltam para uma casa bagunçada, cheia de louça para lavar e um chão para limpar? E ainda temos que amamentar, acordar a noite inteira - isso para aquelas que podem se dar ao luxo de dormir -, e brincar com o irmão mais velho enciumado no outro dia? Aí, vem a vizinha e, sem que perguntemos nada, olha para a nossa barriga mole e constrangedora e diz: Não se preocupe, amamentar emagrece.
E então eu te pergunto: EMAGRECE QUEM?? Por que eu amamentei meu filho e minha filha, e nunca perdi peso com isso. Aliás, sentia mais fome do que quando estava grávida. Nem toda a correria do mundo fez aquela barriguinha de oito meses sumir.
Aliás, as pessoas escondem tanto suas barriguinhas pós parto, que eu mal sabia que elas existiam. Eu achava que o bebê saia e pumba!, a barriga desaparecia. Veja a que ponto cheguei.
Por essas e outras que, ao ver uma verdadeira princesa, mostrando orgulhosa sua barriga real, me chama a atenção. Ela vive um conto de fadas. Participa de um mundo que, nós, só vemos em filmes da Disney. E mesmo assim, não liga para estereótipos ou comentários de modistas que não sabem o que falam.
Nós não somos a realeza, mas somos a realidade. Nossas barrigas são tão reais quanto a dela, e nossa vida se torna tão plena com o nascimento de nossos filhos, quanto a dela.
Então vamos seguir um exemplo realmente bom. Nada de ficar olhando a funkeira mais gostosona do Rio de Janeiro, saindo do hospital lipoesculturada e ficar se remoendo para ficar igual. Nós temos orgulho de nossas barriguinhas reais de oito meses do pós parto. Assim como a princesa nos mostrou. Nós somos mães, e isso é o que realmente importa. A barriga, o peso que ganhamos a mais, tudo isso se torna completamente irrelevante perto de tudo o que temos que nos preocupar ao pegar aquele pequeno ser em nossos braços.
Viva a realeza e suas realidades! E viva, claro, os bons exemplos, ou seja, os verdadeiros!
Até mais.