quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Só para desestressar.

Tive dias tão estressantes, mas tão estressantes, que quase perdi minha própria identidade. Passar nervoso quando se tem dois filhos mega carentes, não é para qualquer uma.
Por isso, quando uma amiga que há muito eu não via, me convidou para tomar um café na sua casa, eu não pensei duas vezes - geralmente não consigo pensar muito quando o assunto é café.
O encontro tinha tudo para ser ótimo. Três amigas, que se conheceram por meio da profissão, trabalharam praticamente juntas - dividindo escritório, clientes e problemas - se afastaram por ocorrências da vida, e resolvem se reencontrar. Agora, todas com filhos, estabilizadas profissionalmente ou apenas mães - como eu.
Achei que ia ser ótimo. Mas na verdade, foi muito mais que isso. Rimos, fofocamos, relembramos e nos matamos de rir novamente.
Mas é claro que, eu e minha filhota, não podíamos passar tão despercebidas assim. Nada é tranquilo o suficiente quando se trata de Bruna e suas crias.
Chegamos na casa da minha amiga foférrima Letícia, e a Lilica já ficou encantada com tudo. Tinha simplesmente uma sala inteira só de brinquedos de menina. Ela nunca tinha visto tanto brinquedo cor de rosa em um mesmo ambiente. Não preciso nem dizer o quanto ela gritou, pulou e se empolgou.
Enquanto ela estava desbravando o ambiente, eu estava tentando dar umas mordidas no Matheus, filhinho de três meses da minha amiga. Ele estava simpático - no colo da mãe -, me olhando daquele jeito especulador que toda criança tem. E eu estava adorando.
Foi então que começou.
Eu tive a brilhante ideia de pegá-lo no colo - ele parecia tão familiarizado comigo. Acabei com a paz do recinto. Matheus chorou tanto, mas tanto, que posso apostar que nem quando nasceu ele chorou daquele jeito. Na fracassada tentativa de fazer com que ele parasse, a mãe saiu em busca de sua chupeta. Eu balançava o menino, ele chorava, a mãe procurava a chupeta, ele chorava, ninguém achava a chupeta  e ele continuava chorando. Passei o bebê para mãe bem a tempo de escutar a minha filha chorando. Corri para ver o que estava acontecendo e ela simplesmente estava nadando em uma pequena poça de xixi.
Fechem os olhos e imaginem a cena: casa chique, cheirosa, bebê chorando aos berros e uma menininha abaladíssima porque fez um monte de xixi no piso de madeira da tia.
Legal, né?
Ainda bem que era a fofa da Letícia. Troquei a Lilica, secamos o chão, e então achamos a chupeta - que estava no bolso da mãe. Sem comentários.
Depois de passada a vergonha, curtimos um café delicioso recheado de fofocas e coisas legais. Ufa!
Nada como limpar xixi de nossos filhos na casa dos outros. Só assim para desestressar mesmo.
Até mais.

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