sexta-feira, 18 de maio de 2012

E agora? O que faço?

Já faz alguma tempo que estou querendo que o Pedrão faça algum esporte. Mas sabe como é, eu pesquiso, vejo horários, valores, e acabo não levando por falta de tempo, esquecimento, essas coisas.
Até que veio Kátia (mais conhecida como mãe do Samuca e da Julinha) e disse que iria levar nosso fofo Samuel para fazer uma aula de karatê. Fiquei empolgadinha e fui falar com Pedrão. Ele amou. Ficou entusiasmado, ansioso, não via a hora de treinar com o melhor amigo.
No dia da primeira aula, pegamos os pequenos na escola e fomos em comboio para o karatê.
Chegamos na academia - um lugar agradável, lindo e muito legal -, Pedrão já começou a dar o primeiro vestígio de que o negócio não ia rolar. Ele olhou para mim e falou: Esse lugar é chato!, e seus olhos encheram de lágrimas. Isso mesmo, lágrimas. Então, como se eu fosse largá-lo ali, naquele lugar desconhecido e com pessoas que ele nunca viu na vida, ele grudou em minha perna e soltou o seu primeiro Não voooou choraminguento. Só para constar, ele sabia que eu iria ficar com ele durante o treino, e o lugar é ótimo pois os pais ficam sentados bem próximos do tatame. Ele iria ficar, praticamente, do meu lado treinando.
Nem preciso acabar de descrever o que aconteceu. Lógico que ele não parou de chorar um minuto, não entrou no treino - mas eu fiquei lá com ele para assistir, pois a esperança é a última que morre - e ainda fez com que seu amigão ficasse todo cheio de dó dele. Pelo menos o Samuca aproveitou e adorou.
Tentei levá-lo mais um dia, fiquei conversando desde de manhã, dizendo onde íamos depois da aula, como seria e que seria muito legal. Ele até concordou e estava começando a gostar da ideia. Mas foi só ele me ver na porta da escola que já começou a chorar porque não queria ir. Conversei, ponderei, e até chantageei, mas por fim desisti e não o levei.
Foi aí que a dúvida surgiu. Até onde devemos insistir? Vou ser sincera, por mim, eu o levaria chorando mesmo, até ele pelo menos entrar no tatame e fazer uma aula que seja. Mas me disseram que isso pode piorar a situação. Vou forçá-lo a fazer algo que não quer, o que irá fazer com que ele crie asco e mine todas as possibilidades de que ele, de repente, venha a gostar do esporte quando estiver um pouco mais velho.
Dúvida cruel. O pior é que, depois disso, qualquer esporte que eu comente com ele que poderia gostar, ele já diz de antemão que não quer ir.
Resolvi dar um tempo à ele. Esperar, quem sabe, ele amadurecer um pouco mais e então levá-lo novamente para conhecer alguns tipos de esporte. Mas a dúvida ficou martelando em minha cabeça: o que fazer em uma situação como essa? Forçar a barra, ou aliviar? Até agora não cheguei a nenhuma conclusão, mas uma coisa eu tenho certeza, esporte é importante e vai chegar uma hora em que ele terá que tentar fazer algo de qualquer maneira. Mas até lá, confesso que eu gostaria que tudo fosse um pouco mais fácil.
Fazer o que.
Até mais.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Um dia para recordar...



Sábado 12/05/12 eu tinha uma programação feita e perfeita: acordar bem cedo, levar o Márcio para o curso, ir até a casa da minha mãe, ajudá-la com a limpeza já que estava com o joelho recém operado, terminar de levar minhas coisas que ficaram para trás (mudei tem alguns dias), trocar a pastilha de freio do carro, e como minha irmã estava grávida me propus a levar minha mãe até a casa dela, já que a tarde elas iriam na apresentação do “Dia das Mães” do meu sobrinho Samuca. Depois eu iria fazer unha, pegar o Marcio no curso, ir para o apartamento, dar uma geral ... até ai já seria aproximadamente 19h00.
Pois bem, vocês acham que correu tudo conforme o planejado? Nã na ni na não.
Consegui cumprir algumas tarefas, até a parte “trocar pastilhas de freio” deu certo. A caminho da casa da minha irmã minha mãe recebe uma ligação! Alguns minutos de silêncio e: -“NÃO ACREDITO? E VOCÊ ESTÁ ONDE? TÁ ME LIGA ASSIM QUE CHEGAR LÁ!! TÁ BOM, TÁ BOM NÃO VAMOS AGORA, EU ESPERO VOCÊ ME LIGAR”. Como disse anteriormente, minha irmã estava grávida, então alguém se arrisca a chutar o que aconteceu? Sim, a bolsa rompeu!!!!!!!!!!! E melhor, a marrenta da Kátia Fabiana não queria que fossemos ao hospital, porque ela achava que era a bexiga que não estava segurando xixi, tipo, alarme falso. Aqueles que me conhecem sabem o quanto sou corujaaaa, como eu não iria correndo ao hospital? E quem me conhece deve conhecer minha irmã, como eu poderia deixá-la nervosa gravidíssima e aparecer lá? Fiz o primeiro retorno, em vez de ir sentido Colônia fui sentido Centro de Jundiaí, em plena véspera de dia das mães .... sim, peguei o maior trânsito!!!! Devia ser 12h40 quando consegui estacionar e decidimos ir na Tropicana comer uma coxinha de queijo, afinal não podíamos aparecer nem ligar, senão a marrenta nos mataria. As 12h55 minha mãe atende o celular, silêncio again, e: -“TÁ BOM ESTAMOS INDO PARA O HOSPITAL”, nesta altura minha mãe já estava chorando. Resumindo, eu tinha que correr para o hospital, já que minha irmeã estava em trabalho de parto e eu, euzinha aqui, assistiria-o. Quase enfartei de alegria, pois eu pedi muito para assistir o parto e sempre ouvi um não. Acho que porque obedeci e não fui ao hospital antes, ela resolveu me dar um presente! E que presente hein!?
O Adriano e Samuca estavam em Vinhedo, e eles não sabiam de nada. Aproximadamente 13h40 eles chegaram no hospital esbaforidos, o Samuca achava que já veria a irmã, quando percebeu que não, olhou para a mãe dele e disse: -“Noxa (som de “x” dele) mãe, hoje tem minha apesentaxão”. Eu e minha irmã quase morremos, ai que amoooooooooor!!!! A Fabiana foi explicar que ela não poderia ir, mas não deu nem tempo, ele virou para a enfermeira e disse: -“ Olha, você pode liberá minha mãe maix cedo? As quato holas tem apesentaxão na minha escola, lá na Fansxisco Teles, tá bem?”. Por isso que eu digo que ele é o amor da minha vida .
Lá fora, na sala de espera ele parecia o pai da criança, contava e conversava com todos, até que ele viu uma figura conhecida aparecer (era a médica da minha irmã), olhou, pensou e disparou: -“Noxa doutola, voxê apareceu bem na hora hein!!!!?????” Tipo, que coincidência!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não a cena, eu estava na sala do pré-parto com minha irmã, desesperada, nervosa e lógico que muito brava. É até engraçado, mas ela estava tendo contrações e morrendo de medo de ter parto normal. Agora que passa, a gente realmente ri.
Fui a primeira a ver a Julinha, (depois das médicas é claro) que nasceu as 15h10, linda, saudável com 46 cm, 2.770kgs e muito cabelo.
As 15h30 sai do centro cirúrgico, peguei minha bolsa, o Samuca e junto com as duas avós fomos para a apresentação dele na escola. Gente juro, ele falou e mostrou foto para todo mundo, estava tão orgulhoso que tinha uma irmã que fiquei emocionada.
Detalhe: Eu estava com roupa de ficar em casa em uma apresentação de dias das mães, com aquelas mães todas cheirosas e chiquetosas. Agradeci ao Samuca por ele espalhar a novidade, assim todos entenderiam o motivo do meu ilustre traje, a lá Jurema.
Combinamos que ele olharia para a minha câmera para que eu tirasse fotos, assim a mamãe Fabiana iria vê-lo direitinho depois, e ele, como irmão mais velho deu o exemplo. Localizou-me depois no momento muito bem traduzido pela Bruna “Luz na cara”, jogou beijos, fez gestos e riu para a minha câmera.
Adorei ser mãe substituta, e nem venham falar que não fui, porque bato o pé, fui sim !!!!! Não foi a altura claro, mas adorei o momento.
Enfim, minha programação foi por água abaixo, GRAÇAS A DEUS. A emoção de ver a Julia nascer, participar da ansiedade e alegria do Samuca e ir na apresentação dele no dia das mães .... foi única e inesquecível. Literalmente, NÃO TEM PREÇO.
Tem inúmeras historinhas deste dia, que se eu fosse contar tudo, precisaria de mais umas 02 horas escrevendo. Só quis mostrar que um dia que sai do planejado, que é mega corrido e cheio de ansiedade, pode ser MARAVILHOSO.
Bruna, obrigada pelo help!!! Kkkkkkkk
Ana (Fabiana) obrigada por fazer o meu dia 12/05/12 tão especial! Te amo!!!!
Beijos, da Tia Patixa
Tia do Samuel, da Anna e da Julia.