sábado, 22 de junho de 2013

Café saudável.

Depois de um tempo em recesso, essa semana rolou um coffe das mamys. Para variar, foi uma delícia. Teve conversa séria, conversa fiada, momento desabafo - dessa vez foi leve, só chorei uma vez - e váaáááários assuntos inacabados - e são esses assuntos que definem o grau de sucesso dos cafés.
Mas o assunto que mais me chamou a atenção foi sobre alimentação. Todas nós sabemos como é difícil acertar a alimentação dos nossos pequenos. Uns comem de tudo, e outros não comem nada. Além disso, tem todas as controvérsias dos médicos que, hora dizem para dar tudo de soja - leite, suco -, outra hora falam que soja não presta.
Eu mesma passei por uma fase difícil com a Alice há meses atrás, quando ela teve uma reação alérgica e ficou mais empipocada do que criança com catapora. Todas se lembram. No começo, tratamos como alergia à picada de pernilongo. Mas depois de ministrar milhões de antialérgicos que não funcionaram, veio a notícia - e junto, o choque - de que ela estava com intolerância à proteína do leite de vaca. Foi uma revolução aqui em casa. Cortamos tudo: leite, manteiga, chocolate e mais um monte de coisas. Deu até dó dela, pois o cardápio se resumia à praticamente nada. Tive que rebolar para manter a alergia longe da minha pequena e, ao mesmo tempo, não deixá-la cheia de vontades.
A mamys Karina também passou por um desses sustos que nos faz repensar em tudo. Uma das pequerruchas dela, passou mal e, agora, ela tem que se manter em uma alimentação mega balanceada. Nessa descobriu maneiras diferentes de preparar o trivial - arroz, feijão - e que nem toda fruta pode nos fazer bem. Aliás, ela trouxe para as guloseimas um bolo de chocolate feito com farinha de não sei o que, com chocolate de não sei o que lá, e cobertura de não sei de onde. Tudo saudável e muito gostoso. Bom, eu nem sei quantos pedaços eu comi. Acabei com metade do bolo sozinha.
Então...
A verdade é que quando se trata de alimentar nosso prole, preocupação é a palavra chave. Queremos que eles se alimentem bem, comam tudo o que é saudável e que sabemos que faz bem. Mas será que adianta?
Aqui em casa não somos um exemplo de alimentação saudável, mas me considero balanceada quanto a isso. Meus filhos não tomam refrigerante até hoje. Pedrão foi saber o que é um chocolate com mais de dois anos. Só foi conhecer bala com quase três. A Alice já foi mais precoce em algumas coisas, mas mesmo assim, adora legumes. Come brócolis e até chora quando acaba. Mesmo antes da descoberta de sua intolerância, ela sempre preferiu comer uma fruta de sobremesa para depois comer uma "porcaria".
Mas até onde isso é bom? O quanto fazer isso melhora ou piora a saúde dos nossos filhos? Tem quem diz que, criança que come de tudo - tudo mesmo: porcarias, gordices e afins -, tem mais resistência. E criança que come muito natureba - tudo que é integral, fibras, leguminosas e etc. - acaba ficando cheia de problemas.
Minha opinião - pessoal, claro - é que temos que achar o equilíbrio. Nem muito natureba, nem muito porcaria. Integral todo dia é ruim - e um saco para fazer -, e miojo demais também não é bom. Sempre tive medo que meus filhos canalizassem a ansiedade, preocupação, euforia na comida. Mas também não quero que eles sejam os bitolados por emagrecer. Comer uma porcaria de vez em quando não vai matá-los, principalmente agora, que já estão ficando maiores.
Acredito que nossa função, como mães, seja mostrar tudo o que é bom, e o que é ruim. Orientamos, ensinamos e mostramos o quanto aquilo pode nos fazer bem - ou mal. Assim, quando eles crescerem, e fizerem a própria comida, vão saber que alguns dias eles irão ter que comer jiló com arroz integral, mas em contra partida, quando chegarem em uma festa, poderão se encher de coxinha de queijo.
Viva os momentos de gordices.
Até mais.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Tirinhas.

Alice me encara e, séria, coloca a mão em minhas sobrancelhas e diz:
_Olha, mãe! Você também tem chapéu de olho!

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Pedrão comendo bolinho de carne. Deu uma mordida e depois falou:
_Mãe, como chama isso?
_Porpeta, filho.
_Hummm....uma delícia essa ampulheta.

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Na escola a professora mostra o desenho de um copo, e em baixo a sílaba CO e um espaço para que as crianças completassem a palavra. Pedrão entrega o exercício e a professora lê: CO - CADA.
professora:_Pedro, o que é esse desenho?
Pedro:_Um copo.
professora:_E o que você escreveu?
Pedro:_Cocada.
professora: ??????
Pedro:_ A cocada está dentro do copo, professora.

(eu mereço...)

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Samuel voltando da escola comigo.
eu:_E aí, Samuca? Foi tudo bem?
Samuel:_Não. Fiquei por último para entregar o dever. Estou triste.
eu:_Mas por que ficou por último? Estava muito difícil?
Samuel:_Não. É porque eu fiquei prestando atenção em todo mundo ao invés de fazer o dever. O fulando apontou o lápis, a fulana pediu para ir ao banheiro.....
 (ainda bem que ele é sincero...)

Até mais.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Um pouco de paz, pode ser?

A função dos pais, é se tornarem desnecessários.
Os pais não são amigos, são educadores.

Ok. Concordo com tudo isso. Nós temos que disciplinar, corrigir e orientar. Nossa função é mostrar para os nossos filhos o caminho correto a seguir. Ter dignidade, respeito e caráter.
Mas para fazermos tudo isso, precisamos discipliná-los. Isso começa desde cedo. Começa, exatamente, quando nosso filho de um ano e meio se joga no chão de um shopping fazendo birra. Ou quando sua filha de  três anos grita com você por que você negou algo a ela. Certo?
Então me expliquem uma coisa: por que diabos a gente se sente tão mal quando fazemos isso?????
Eu me considero uma pessoa severa. Tenho uma rotina com as crianças, e as faço seguirem de forma impecável. Eles tem que me ajudar, e obedecer a todas as regras. Mas, é claro, isso não é nada fácil. E quase todos os dias preciso discutir, brigar e até colocar de castigo. Tem dias que chego ao meu limite, e sinto minha paciência indo embora acenando feliz e descontraída enquanto ri da minha cara.
Aí, no fim do dia, quando tudo foi feito da forma correta, as crianças aprenderam suas lições e cumpriram todo o protocolo diário, eu os coloco para dormir e PIMBA! Vem o peso na consciência.
POR QUEEEE????
Eu fiz tudo certo, não é? Dei bronca por que precisou, não é? Coloquei de castigo por que era necessário, não é?
Bom, à noite não parece que tudo isso era tão necessário assim.
Vou dormir, às vezes, com  o coração apertado por lembrar da cena da manhã, quando os irmão brigaram e eu acabei dando bronca nos dois. E enquanto eu pedia para que se respeitassem e se gostassem, eles faziam biquinhos de todos os jeitos e formas. Na hora eu não ligo muito, mas depois que estão todos dormindo, essa cena volta para me açoitar como um chicote no tempo da inquisição.
Fico tentando me convencer que fiz apenas o que tenho que fazer. Sou mãe. Sou eu quem deve ensinar o que é certo ou errado. Mas mesmo assim, dói.
Digam que eu não sou a única. Por favor! Pois fico com vergonha de assumir isso as vezes. Me sinto aquelas mães que fingem não ver as "artes" dos filhos, só para não deixá-los tristes com broncas e castigos. Ás vezes sinto que sou muito severa, mas que meu coração me deixa tão mole que vou acabar tornando meus pimpolhos fofos e educados, em pentelhos mal criados.
Sigo educando, para que todas fiquem tranquilas. Mas também sigo com meus remorsos e apertos no coração.
Acabo de me convencer novamente: mãe não tem lazer e nem sono tranquilo.
Até mais.