sexta-feira, 27 de abril de 2012

Passeio na escola, é legal???

Hoje foi dia de passeio da escola. Galerinha foi para São Paulo, assistir a um teatro do Cocoricó. Legal, né?
Bom, para mim, nem tanto. Todo passeio é a mesma coisa, fico durante dias pensando se devo mesmo mandar, fico insegura, morrendo de medo e já tenho saudades antes mesmo de ele ir.
Mas acabo mandando. Sabe como é, filho pede, mamãe cede.
Tive uma manhã intensa, um milhão de coisas para fazer e tudo com tempo curto, pois o horário de saída para o teatro era meio cedo. Pedrão fez tudo comigo, desde mercado até passeio em loja de brinquedo. Quis ficar grudada nele a manhã inteira.
Vez ou outra, me pegava falando para ele o quanto eu iria sentir saudades, que era para se cuidar e etc. Então, assim que percebia o que eu estava falando, eu mudava o discurso dizendo: mas é muito legal você ir sozinho a um passeio, olha como está grande.
Ele me olhava com uma carinha e acabava se distraindo.
Na hora de ir para a escola, no carro, eu não me aguentei. Falei que eu o amava, que não vivia sem ele, que queria que ele se cuidasse, perguntei se ele iria pensar em mim, até que consegui. Pedrão vira para mim, já na frente da escola, e diz:
_Mãe, acho que eu vou chorar.
Ai, minha nossa!!!!Olha o que fiz. Ele estava feliz, e eu o deixei inseguro. Fiquei igual louca acalmando, tranquilizando, mas tudo o que eu falava piorava a situação.
Mas foi só entrar na escola, o olhar cruzar com Samuca e Lelê, e pronto. Esqueceu que tem mãe.
O melhor foi que os três se encontraram, se abraçaram e sairam correndo. Literalmente. Correram para dentro da escola, gritando felizes, sem destino certo.
Todos ficaram olhando, pois a concentração dos alunos era ali no portão mesmo. Fiquei esperando. Até que escuto os gritinhos ficando mais alto de novo. E então eles aparecem, voltando. Correndo. Gritando.
Minha nossa, para que correr tanto e gritar tanto!!!
Assim que voltaram, chamei Pedrão, e voltei com minha ladainha. "Se cuida, eu te amo, pense em mim, vou sentir saudades."
A diferença é que nesse momento, ele mal me ouvia, ele quicava no chão, ansioso para que eu terminasse de falar logo para poder voltar para seus amigos.
O passeio foi ótimo. Pedrão amou. E a mamãe conseguiu sobreviver a mais um passeio escolar. Ufa!
Até mais.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Coisas de criança..

A Lelê - vulgo Leticia irmã da Luiza - veio me contar muito empolgada as atividades que eles fizeram na escola:
_Tia! Hoje foi muito legal, nós pintamos com tinha, sujamos o dedo e tudo isso foi ao AR NÍVEA!!!

Pelo menos eles ficaram ao ar livre E hidratados.

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O Samuca - nosso pequeno sábio - estava brincando com Pedrão. Eles atiravam, guerreavam e soltavam bombas:
_Corre, amigo! - Samuca alertou Pedrão - Eles estão jogando bombas TÔNICAS para todos os lados. NÓS VAMOS MORREEEEEER...

E quem tem dúvidas disso??

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Pedrão em seu maior momento Velha da Praça:
Mãe:_Pedro, coloca a camisa.
Pedro:_O que? Vai pra cozinha?

Mãe:_ Pedro, pára de bater!
Pedro:_ O que? Chama a Lele?

Putz...

domingo, 22 de abril de 2012

Palmadas nunca mais.

Acabei de ver uma reportagem onde mostravam um vídeo de um pai batendo em sua filha de nove anos. Na verdade, ele praticamente espancava a menina com um chinelo.
Desde que Pedrão nasceu, não consigo assistir esse tipo de reportagem. Não consigo aturar nenhuma imagem de criança sendo maltratada, de forma alguma. E hoje foi a prova de que, mesmo mais de cinco anos depois, ainda não estou preparada para ver esse tipo de coisa. Chorei copiosamente.
Pedrão já apanhou. Sabe, aquelas famosas palmadas que educam. Para começo de conversa, com ele não funciona. É só dar a palmada para que, depois de cinco minutos, ele tente bater em mim, ou em outra pessoa.
Me convenci de que não é o melhor método para ele. Mas é difícil. Tem dias que a gente está mais nervosa, que a gente explode mais e se controla menos. Nesses dias me escaparam algumas palmadas novas.
Eu tenho outro problema com esse tipo de repreensão. A Alice. De forma alguma posso fazer qualquer coisa no Pedro perto dela. Logo depois, assim que saio de perto, ela vai até ele e imita tudo o que eu fiz. Ameaça com chinelo, conta até três e tudo mais.
Além disso, tem o peso na consciência materna. Que, aliás, em mim é tão intenso que nem é publicável. Só para você ter ideia, eu sei dizer cada dia que o Pedro levou a tal palmada, tamanho meu remorso. Assim que faço isso, me arrependo, e me sinto a pessoa mais descontrolada da face da Terra.
Sem contar que, na minha opinião, se tomamos tal atitude passamos a confundir as crianças. Se queremos ensiná-las que não se pode bater nos amigos, que tal atitude é feia e só crianças mal educadas é que fazem isso, como explicar que quando NÓS batemos é para ensinar algo bom?
Se chegamos ao ponto de perder o controle e bater, isso mostra aos pequenos que qualquer um pode se descontrolar e tomar atitudes agressivas, pois quando isso acontece com nós, mães, é para educá-los, o que é algo bom.
Já faz um bom tempo que não uso esse método aqui em casa. Fiz uma promessa a mim mesma: educar com mais conversa e compreensão, sem precisar chegar a extremos como bater.
É difícil, confesso, mas um ótimo exercício para que meu autocontrole seja um pouco melhor.
Agora que já consegui extinguir as palmadas, estou tentando diminuir o volume da bronca. Acho que será meu próximo passo. Conto depois se os decibéis da casa dos Buscapés diminuíram.
Até mais.