quinta-feira, 7 de junho de 2012

Satisfação com orgulho.

Esses dias eu estava lembrando de todo o perrengue emocional que passei ano passado por conta daquela história do Pedrão ter que refazer o ano escolar. Pois é, deixei todo mundo louco, atormentei uma galera inteira pedindo opiniões e conselhos, chorei, me acalmei e depois surtei. E agora que tudo está resolvido, nunca mais toquei no assunto. A gente é assim mesmo, isso é sinal de que tudo está funcionando bem. É triste e egoísta, mas nós, seres humanos, somos assim, só chamamos quando precisamos e depois esquecemos de agradecer.
Por isso hoje estou escrevendo para mudar pelo menos um pouco desse meu defeito. Quero compartilhar com todas vocês como tudo se ajeitou na vida do meu pequeno.
O começo do ano foi muito difícil. Apesar de ter um amigão na classe nova de bebês - como ele costumava chamar -, ele não se enturmava por definitivo e ficava olhando à distância os amigos do outro ano. Eu via que ele voltava muito desanimado da escola, e todos os dias pela manhã ele tentava uma negociação diferente para não ir para a escola. Até aí, normal, nada além do esperado.
Comecei a ficar um pouco preocupada quando ele chegou um dia e, enquanto falávamos de como tinha sido o seu dia, ele falou que ele não ligava de não ir para o primeiro ano. Eu disse que tudo tinha sua hora, que agora não era a hora certa de ele estar no primeiro ano, mas que logo chegaria o momento. Então ele respondeu:_Não, mamãe, eu nunca vou para o primeiro ano, eu nunca vou conseguir escrever e ler.
Foi então que conversei com meu marido e começamos um trabalho intenso de conversas infindáveis para deixar Pedrão mais tranquilo. Funcionou.
Para outros problemas que iam surgindo, o tempo foi se encarregando de fazer sua parte. Hoje em dia ele está animadíssimo, pois na classe ele é o mais rápido para algumas coisas, seu caderno fica caprichado - pois agora ele consegue ser caprichoso, no ano passado ele se esforçava mas não conseguia - e ele tem amigos que gostam dele tanto quanto os amigos do ano passado.
Mas, para mim, o melhor foi ver que tomei a decisão certa. Ver que meu pequeno, agora, está mais maduro e se sente mais seguro para fazer as atividades e tudo o que a professora pede. Ver que, enquanto brinca com seus novos amigos, eles ficam de igual para igual, que ele não destoa nas brincadeiras. Ver que ele está feliz, acima de tudo, e que mesmo tendo que passar por uma situação tão chata para ele, ele conseguiu enfrentar e passar por cima de suas próprias dificuldades.
Orgulho master do meu Pedrão.
E muito obrigada à todas que tiveram paciência e sofreram junto comigo. O que posso dizer é: TAMO JUNTO!!
Até mais.