sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pequena Diva.

É engraçado como o destino ás vezes chega a ser irônico, não é?!
Sempre quis ser mãe. Sempre tive o sonho de ter uma família margarina, sabe? Marido amigão, filhos felizes e eu sempre sorridente. Se eu disser que não consegui isso estaria mentindo. Claro que nem sempre são rosas, mas no geral, não tenho do que reclamar. Gosto da minha vida e de tudo o que aconteceu nela.
Toda vez que tentava me imaginar mãe, a primeira imagem que me vinha à cabeça era eu com um lindo bebê no colo. E esse bebê era sempre um menino. Por isso, quando fiquei grávida, já sabia que seria um menino. Dito e feito. Veio meu Pedrão. Lindo, arteiro, moleque e muito meigo. Um filho muito fácil de se criar.
E então, tivemos outro filho. Claro que na minha cabeça, seria outro menino. Quem me conhece sabe que tenho todo perfil de mãe de menino: prática, sempre sem maquiagem, não consigo ficar muito tempo sentada e até hoje não sei qual é a graça em brincar com bonecas.
Mas Deus não quis assim. E lá em cima, o que me esperava era uma linda princesa. Alice trouxe, literalmente, o mundo cor de rosa para minha vida. Assim como o Pedrão é o típico moleque, Alice é a típica princesa cheia de frescura.
E é então que vem a parte interessante da história - pelo menos para mim, claro.
Desde que nasceu, Alice nunca me viu passar maquiagem diariamente. Ela nunca me flagrou trocando mil vezes de roupa, mesmo porque só passei por isso em minha adolescência. Só usei salto duas vezes desde que ela nasceu. Adoro ficar com roupas de ginástica, e sair de tênis casual é o meu maior prazer.
E, no entanto, suas atitudes com apenas quatro anos, é de surpreender.
Essa semana ela teve febre na escola - febrão mesmo, quase quarenta graus -, então fui busca-la e a trouxe para casa. Assim que chegamos, ela foi para o quarto, os olhinhos lacrimejantes por causa da gripe e a carinha abatida, pegou TRÊS vestidos e experimentou os três. E eu só fiquei olhando. Depois que se sentiu feliz em um deles, ela pegou seu batom, passou - de uma forma menos exagerada que o normal -, e pediu que eu arrumasse seu cabelo. Terminado tudo isso, ela foi até o sofá, ligou a TV e esperou pacientemente o termômetro marcar sua temperatura. Ela dormiu, praticamente, a tarde inteira.
Febre, sim. Diva, sempre.
Agora me falem: de onde vem isso? Eu me surpreendo com a paciência que ela tem para escolher suas roupas, mesmo que seja só para ficar em casa. Com certeza ela será aquele tipo de garota que não sai sem maquiagem e o cabelo impecável.
Deixando bem claro que eu acho isso o máximo, ok? Adoraria ser assim. Mas não sou, e com toda certeza, nunca serei. Mas fico muito feliz em ver que minha filha é assim. Eu a incentivo e só compro maquiagem de qualidade para que eu não tenha surpresas, já que ela é alérgica a quase tudo.
Adoro ter uma princesa em casa. É diferente e bem legal. Ainda estou me acostumando a ter que levar minha filha de quatro anos para escolher a própria roupa em lojas, e já estou criando métodos para que ela aprenda a dobrar e guardar suas roupas sozinha. E ela está tentando fazer com que eu passe mais maquiagem e troque o coturno por salto agulha. Quem sabe um dia, não é?!
Viva o rosa!
Até mais.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Voltando de verdade.

Depois de um longo inverno, estou de volta. O sumiço dessa vez foi por falta de máquina mesmo, nada a ver com o dia a dia tranquilo e revigorante de mãe.
Peço desculpas a todas as mamys amigas por todo esse tempo, e espero que a volta supere as expectativas.
Durante esse período em que fiquei fora do ar, percebi muitas mudanças em minha vida. Não só em relação às crianças - o que de fato mudou muito, já que eles estão maiores e a rotina um pouco mais calma -, mas com relação à mim mesma.
Começando pela saúde. Assim que foi detectado um colesterol nas alturas e uma glicose fora do normal em mim, minha alimentação mudou. Mas quando os exames do Pedro também tiveram as mesmas alterações, foi a hora em que meu tornei completamente psicótica com relação à comida.
A alimentação aqui em casa nunca foi baseada em congelados, processados ou salgadinhos cheios de corante. Sempre tive uma preocupação com isso e meus filhos sempre foram aqueles que comiam a comidinha da mamãe nos churrascos. Até hoje não tomam refrigerante - agora até por conta de não gostarem mesmo -, e frutas são o sucesso dos lanches alternativos.
Por isso mesmo é que fiquei tão encanada ao ver meu primogênito saudável com problemas desse tipo.
De qualquer forma, comecei a me ligar ainda mais em receitas saudáveis, sem glúten e sem adição de muito açúcar. Sucos agora só os naturais, nuggets só caseiro. Fim de semana ainda dou uma liberada, mas a verdade é que depois da porcaria, as crianças querem o saudável - para o meu total e completo alívio.
Quanto à mim, já não posso dizer o mesmo. Estou aquele tipo de mãe que pede para comer espinafre, e esconde no próprio prato uma batata palha. Durante a semana consigo manter bem meus ideais, mas na sexta a coisa toda já perde o controle.
O lado bom disso tudo é que fomos quase obrigados a incluir atividades físicas intensas em nossa rotina e, tanto pais quanto filhos, aderiram à isso com prazer. Meu marido e eu estamos correndo, Pedro praticando atletismo, e Alice está no tecido acrobático.
A vida segue, claro, e tudo vai se ajeitando. Ainda sinto que estamos nos adaptando a muitas coisas, mas o progresso é visível a olho nu.
Não se preocupem, não vou me tornar aquela mãe que fará textos e mais textos criticando mães que não dão frutas e arroz integral para seus filhos. Aliás, estou bem longe de ser uma dessas perfeitas fitness. Mas acho legal trocarmos também esse tipo de experiência e, pretendo, dar algumas dicas que as próprias mamys foram me ajudando ao longo desse ano.
Espero os comentários com ansiedade e agora com muito mais posts novos.
Até mais.