sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Só para dar risada....agora que tudo passou.

Essa história é antiga e já era para ter virado post há muito tempo. Bom, nunca é tarde.
Pedrão tinha quatro anos, Alice nem um. Os cafés não era um evento tão corriqueiro e os amigos do Pedrão vinham com os pais aqui em casa. O maior frequentador da época era o Dudu. E junto, claro, sua mamy Dani. Todo mundo conhece a Dani - literalmente. Fala mansa, calma, tranquila e meio doida.
Beleza.
Era uma tarde qualquer, Pedrão e Dudu brincando com suas brincadeira saudáveis como lutas, guerras e muita correria. Eu e Dani, observando, tomando café, brincando com Alice - que na época ficava quietinha sentadinha no chão com seus brinquedos.
Até que Pedrão e Dudu se sentaram para comer - um milagre. Comeram calmamente. Então, sem um aviso prévio, os dois pulam de suas cadeiras e correm. Mas em direções contrárias. Um sai pela porta da cozinha, e outro pela porta da sala. Sendo que ambas acabam em meu quintal coberto. Tenho certeza de que todas as mamys franziram o cenho adivinhando o que aconteceu em seguida. Eles trombaram.
Imaginem comigo: duas crianças cheias de energia, que acabaram de comer e beber água, correndo com toda a força - para ganharem alguma competição imaginária - dando um encontrão. Isso mesmo. Foi tão forte, tão forte, que Pedrão, assim que sua testa encontrou a testa do Dudu, voou para trás, caindo de costas no chão. Dudu fez a mesma coisa. Só que atrás dele havia a quina da minha porta. Uma pequena porta de madeira maciça que possui uma quina afiada como faca. Ah! O Dudu era carequinha na época.
Lógico que abiu um corte mega fundo e o sangue escorria aos montes.
O pânico começou. Só que em mim, claro.
Eu peguei a Alice no colo - até hoje não sei porque - e comecei a acalmá-la. Ela começou a chorar. Peguei o Pedro no colo e comecei a acalmá-lo. Ele também começou a chorar. Corri para a Dani para acalmá-la. Ela....começou a ME acalmar.
_Bruna, calma...calma...pega um pouco de gelo para eu colocar na cabeça do Dudu.
Sai correndo e percebi que eu tinha três geladeira - em casa, na churrasqueira e na casa do meu sogro - e em nenhuma tinha gelo. Eu corria de um lado para o outro, com as duas crianças no colo, em pânico de ver o tanto de sangue que saia da cabeça do Dudu. Eu tinha que fazer alguma coisa. Fui até meu freezer, peguei uma peça da bacon congelado e taquei na cabeça do menino. O sangue estancou, e foi parando não só de escorrer, como a dor também foi melhorando e ele foi acalmando. O bacon funcionou.
Não contente, eu e Dani - agora já mais calmas - começamos a ficar preocupadas com aquele corte aberto e ele brincando e correndo - Dudu essas horas já estava impaciente para voltar para a corrida. Eu já queria levá-lo para o hospital e dar um milhão de pontos. Mas a Dani, já mais acostumada e muito mais calma que eu, viu que não seria necessário. Então tivemos a brilhante ideia de colocar um band-aid. Isso mesmo, minha gente, colocamos um band-aid em uma cabeça com um corte grande - e fundo - e cheia de cabelos.
Dudu brincou e não sangrou mais. O resultado foi: um galo tamanho médio na testa do Pedro, e tivemos que cortar o pouco de cabelo que o Dudu tinha para tirar o band-aid depois.
O importante é que o bacon funcionou. Mas, por via das dúvidas, eu sempre tenho gelo no meu freezer depois desse dia.
Até mais.

8 comentários:

  1. Olha Bru to aki rachando de RIR e juro tentando imaginar a cena que deve ter sido no mínimo hilariante. Kkkkk bjos amiga saudades

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    1. ai, cris...agora é engraçado mesmo....mas no dia, foi punk...ahahahaha....tb estou com saudades...bjooo

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  2. Só queria saber se vcs comeram m bacon ensanguentado!? kkkk bjs

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    1. perdi um belo pedaço de bacon....pelo menos funcionou...é o que vale...ahahaha..

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  3. Que horror Fabi!!!
    Mas Bru, quando li lembrei de algo do interior quanto a usar toucinho de porco para cicatrizar. Pesquisei na net e é vero!! Usaram a sabedoria popular, só faltou enfaixar a cabeça do Dudu (kkkkkkkkk)

    Olha aí o que tem na net:

    Medicina campeira
    Horácio Paz

    Para curar machucadura
    Nas lidas do campo é muito comum o gaúcho levar uma rodada. Quando isto acontece e há machucadura por dentro (interna), fazem-no beber, em seguida, um bom caneco de salmoura. Quando a machucadura é externa, friccionam o local com azeite de mocotó e sal misturado, enrolando-o com um pano.

    Para curar quebradura (fratura)
    Quando se trata de um braço ou de uma perna, encanam com talas de taquara. Antes de se colocar as talas, forram o membro ofendido com uma camada de toucinho. As talas vão por cima, e ao redor, sendo após amarradas firmemente. De quinze em quinze dias mudam as camadas de toucinho, até a soldadura completa da fratura.

    No fim, apesar do desespero, você agiu com sabedoria hein!! Beijo

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    1. ta vendo só, Sa??? eu tenho sabedoria gravada em meu subconsciente..e as vezes ela funciona e aflora...ahahahah...

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  4. Criança que brinca se machuca mesmo! Não tem jeito. O Rick vive com o joelho roxo ou com arranhões.
    O problema somos nós que no primeiro sinal de fumaça, saímos correndo como se na nossa infância não tivesse sido assim.
    Hoje vejo mães com os dentes todos cheios de restauração (que indica que não foram muito cuidadosas com seus dentes) infernizando a vida de seus filhos para que escovem os dentes, tomem banho, comam direito, etc...
    Acho que devemos deixar nossos filhos mais à vontade. E olha que eu estou aprendendo isso na prática.
    Eu era daquelas mães que faziam tudo que a carilha médica mandava. Mas um dia levei uma grande bronca da psicóloga do José. Hoje posso dizer que o José tem me ensinado muito sobre a vida e que eu estava muito errada.
    Mas confesso que mesmo sendo dentista (desativada), que já fiz muita cirurgia, quando vejo o sangue jorrando de uma criança perco o chão.

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    1. ju......eu sou alucinada....pergunta para a dani ao vivo e a cores como eu fiquei no dia....perder o chão não é nada perto do que acontece comigo.....acho que preciso me tratar...ehehhe...bjooo

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