quinta-feira, 15 de março de 2012

Vai um quadrinho de recompensa aí??

Preciso compartilhar minha mais nova experiência com vocês.
Eu estava passando por um período muito turbulento com meu filho mais velho, Pedrão. Além do ciúmes da irmã, que já faz parte do calendário semana-sim-semana-não, ele estava agressivo e com algumas atitudes que me deixaram encanada.
Ele não comia mais sozinho, até aí tudo bem, eu já estava até acostumada a dar comida na boca dele. Mas começou a brincar com a comida, jogava no chão e achava tudo engraçado. Largava brinquedos espalhados por todo o canto e nunca se preocupava em guardar. Achei que era coisa de criança, não tem paciência para guardar brinquedos, quer comida na boca igual a irmã de um ano, mas até que um dia eu escuto ele dizendo: "minha mãe limpa...minha mãe guarda..."
Nossa, fiquei enfurecida. Já comecei a imaginar ele adulto, chegando em sua casa depois do trabalho, sua esposa descabelada correndo de um lado para o outro para deixar tudo organizado, a comida pronta e ele vira para ela e diz: CADÊ MINHA COMIDAAAA....TA DEMORANDO MUITOOO...E xinga, reclama...
Não mesmo. Não é isso que quero para meu filho. Quero que ele seja um homem educado e que valorize tudo e todos.
Então comecei a quebrar minha cabeça para tentar melhorar isso nele. Tentei fazer com que ele limpasse outro dia a comida que ele derrubou no chão. Me senti escravizando menores. Ele gritava, chorava e dizia que sua mão doía. Olhei para a avó dele - que estava com seu olhar acusador sobre mim -, e ela só balançou a cabeça negativamente.
Mas foi aí que lembrei da grande Super Nanny e seus quadros de recompensas. Bolei um com os seguintes itens: arrumar cama, tratar bem a irmã, comer sozinho, guardar brinquedos, se trocar e guardar as roupas. Fiz desenhos e o Pedrão pintou para deixar tudo mais bonito.
No fim do dia, colocamos carinhas felizes para as tarefas realizadas ou carinhas tristes para as que não foram feitas. Na sexta, se ele não tiver mais que quatro carinhas tristes, ele ganha cinco reais de semanada (um real por ano de vida).
Se funcionou???? Pedrão é uma nova criança. Ele não só trata bem a irmã, como cuida dela para mim. Guarda seus brinquedos e o da irmã também. Se cai comida no chão, ele mesmo pega um paninho e vai limpar. Deixa a cama esticadinha e cumpre todas as obrigações - tomar banho, escovar dentes e etc - na maior felicidade.
Essa semana ele irá receber a primeira semanada dele. Ele já está com altos planos para esse dinheiro. Vai gastar uma parte com sorvete e a outra parte vai guardar para comprar a base do imaginext.
E de quebra, já fazem duas semanas que estamos na semana-não (bom comportamento e sem ciúmes da irmã).
Acho que vou patentear o quadrinho.
Até mais.

terça-feira, 13 de março de 2012

Tirinhas de novo.

Mamãe:_Pedro, você é meu amor!
Pedro:_E você é minha amora!

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Pedro:_Vamos brincar de Casa do Mickey, mamãe?
Mamãe:_Claro. Quem você vai ser?
Pedro:_Eu sou o Mickey. (claro)
Mamãe:_E eu? Quem vou ser, então?
Pedro:_A Mika. (dãr)

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Historinha antiga de uma amiga antiga.
Irmãozinho caçula:_Aprendi a cantar parabéns à você em inglês.
Ela:_Que legal! Canta para mim.
Irmãozinho caçula:_BLOCKBUSTER TO YOU, BLOCKBUSTER TO YOU....
(???)

Até mais.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Pratiquem o desapego.

Para variar, fui mais uma vez para a praia no fim de semana. E tive uma lição muito importante - pelo menos para mim, claro.
Vocês já devem ter percebido que sou uma pessoa mandona e autoritária. Além disso, gosto de controlar tudo a minha volta. Já sofri muito com isso, mas ser assim se tornou necessário perante minha profissão.
Mas hoje em dia eu sou apenas mãe. E por mais que tentasse mudar, acabei trazendo esse meu jeito esquisito para dentro de casa.
Sempre achei que criança precisa de rotina para se sentir segura. E que alguns passeio é melhor serem evitados até certa idade dos pequenos.
Ultimamente tenho me policiado tanto, que estou fazendo altas loucuras com as crianças. Até para a vinte e cinco de março eu já fui com eles. E ir para a praia, foi mais um desafio.
Até porque não é uma praia qualquer. É PRAIA GRANDE, minha gente. Farofa, bagunça e lotação.
No começo eu estressei. Quis impor horários e regras nos passeios. Precisei de somente duas horas tentando isso e um marido um pouco mais sensato para perceber que eu estragaria a viagem inteira assim.
Chegamos na praia - em horário de pico, pois todo mundo dormiu até tarde - e me deparei com várias cenas importantes para meu crescimento pessoal. Desde de criança tirando cochilo na areia até irmãos enterrando a irmã caçula.
Mas o que me deixou mais surpresa foi ver váááárias mães com nenéns recém nascidos, em plena onze horas da manhã, debaixo de um sol infernal - tá, tem guarda sol, mas e o mormaço? - super tranquilas e felizes. Os bebês com aquelas carinhas sem expressão de tão nenéns que eram, com a cabecinha balançando para um lado e para o outro, super tranquilinhos e felizes. Elas amamentavam e eles dormiam em seus carrinhos.
Depois que vi isso, olhei meus filhotinhos: Pedrão detonando na arquitetura de um castelo e Lilica comendo batatinha com areia. E felizes. E adorando. E curtindo.
A partir disso desapeguei total. Ficamos na praia até quase três horas da tarde, comendo porcaria - e no caso da Alice, areia também -, dando risada e pulando ondas. A noite, ficamos andando até meia noite procurando todos os parquinhos existentes, pois, como disse Pedrão, as crianças precisavam gastar energia.
Pois é. As regras e rotina são ótimas. Mas quebrá-las de vez em quando, não tem preço. O duro é voltar ao normal agora.
Até mais.