quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Happy wife, happy life.

Certo dia, estava vendo uma entrevista de um lutador de MMA que tem três filhos, e sua esposa abriu mão de sua profissão para cuidar das crianças e ele poder se dedicar aos treinos. O lutador disse que, praticamente, obrigava a esposa a sair três vezes por semana para fazer algo que gostasse sozinha. O repórter achou graça e o questionou, e o lutador respondeu: "_Mulher feliz, vida feliz!".
Vocês já perceberam como o humor da mulher interfere em sua vida familiar?
O homem sai para trabalhar, passa nervoso o dia todo, quando volta para a casa está irritado, mal humorado e sem vontade de fazer nada. O que acontece? Nada. A mulher entende, tenta agradá-lo fazendo um jantarzinho especial, os filhos ficam na deles e a vida continua numa boa.
A mulher sai para trabalhar, passa nervoso o dia inteiro, tem que largar o trabalho no meio dia para pegar um dos filhos que está com febre, aguenta todos os companheiros de trabalho achando que ela só está fazendo isso para sair mais cedo, chega em casa, tem que preparar o jantar da galera, o marido chega e quer contar tudo o que aconteceu no dia dele e as crianças começam a cobrar que querem brincar um pouco. Aí, essa coitada, fica mal humorada - e nem é TPM. O que acontece? O caos.
E a gente só descobre o que é ter TPM coletivo quando se forma uma família. Até filhos com menos de três anos sofrem desse mal junto com a mãe.
A mulher traz essa carga junto com ela assim que resolve ser mãe. Como se não bastasse tudo o que ela já adquire assim que se torna mãe.
Meu marido costuma dizer que o homem acha que é o alicerce da casa. E a mulher, simplesmente, é.
Quando casamos e ainda não temos filhos, não conseguimos perceber isso de maneira tão evidente. O casal está batalhando junto, lutando junto para conseguir se manter e fazer planos para o futuro. Mas assim que o casal resolve - ainda juntos - ter filhos, a coisa muda de figura. A mulher passa a quase comandar o ritmo da casa.
Comigo foi assim. Depois que nasceu o Pedrão, até o tipo de comida mudou. E o coitado do meu marido nem teve muito o que falar. Aceitou e deixou acontecer. Nós comandamos.
Mas será que isso é legal? Até onde conseguimos manter a serenidade para manter a harmonia e a tranquilidade da casa? E o quanto isso, também, afeta os nossos pequenos?
Quantas vezes fiquei surtada com algo e acabei "descontando" nos meus filhos! Sei que é errado. Mas chega um momento que passa a ser inevitável. Estamos com a cabeça cheia, aquele problema martelando o dia todo, e aí seu filho - que está tirando a fralda - faz xixi 17 vezes do lado do vaso sanitário. É difícil aguentar e não gritar.
Mas meu marido, em um desses dias em que eu estava mais para sensível do que para surtada - esse seria outro tema para outro post, claro - me disse algo que achei mega legal. Nossos filhos vão crescer sabendo que nem todos os dias são perfeitos, e que às vezes, precisamos apenas ouvir a outra pessoa, dar um abraço, um carinho e que, com esse simples ato, ajudamos a amenizar a carga de quem está, muitas vezes, com problemas. Eles crescerão vendo o que é real. Pessoas as vezes gritam, e as vezes choram. E nem por isso são pessoas ruins.
Não sei se ele está certo. Mas, uma vez por mês, é isso que me consola quando os meus hormônios não me obedecem.
Até mais.