sexta-feira, 12 de julho de 2013

Quem aprende?

BY SÍLVIA.

Não foi fácil decidir pelo segundo filho, afinal todas as mamães lembram bem das noites mal dormidas, da canseira, do medo em fazer algo errado, dos sustos e da dupla jornada de trabalho quando se exerce uma profissão.
Educar num mundo doente nos faz trilhar um desafio! Crianças presas no quintal, levar e estar presente em todos os lugares por medo da violência e convencer que a verdade e a honestidade ainda representam o melhor caminho e que o material é só um instante. Acreditem, mas essas coisas me fizeram pensar muito! Por isso entendo perfeitamente aquelas que optaram por um único filho.
Durante minha gravidez do Miguel ficava pensando: “Ai meu Deus... como vou fazer quando ele nascer... reduzo mais aulas, paro de trabalhar, como vou fazer compras pra loja, tatata tititi e PRONTO NASCEU! E aí??? Tudo mudou é claro, como eu imaginava. Mais uma mudança grandiosa em minha vida. Diria que a primeira foi ao me casar! –“Ai meu Deus, apesar de amar meu Rô e querer acordar todos os dias ao lado dele, nunca gostei de serviços domésticos e sabia que, gostando ou não, faria parte de minhas responsabilidades diárias ... tatata tititi e afinal de contas namorar era muito bom, sem responsabilidades, contas para pagar, muita diversão e roupa lavada, passada e cheirosa na gaveta, feitas pela mamãe mas, a certeza martelava que tudo iria mudar e, mesmo assim, meu amor era maior que todas essas preocupações e caseiiiiiiiiiii! E claro que tudo que eu esperava aconteceu, mas ao contrário do que pensava que não daria conta da casa e que isso seria negativo em minha vida, descobri muitas coisas boas. Ter minha casa, minhas coisas, trocar o sofá de lugar quando quiser e ser motorista da minha casa foi a melhor descoberta, apesar de no começo ter sido muito difícil, posso garantir que valeu a pena e, claro, acordar ao lado da pessoa que amo todos os dias é realmente maravilhoso, mesmo nos dias de briguinha, dormir de bunda para outro faz parte e é bom”.
Desejamos muito a minha amada Anita e durante a gestação da primeira filha, não tive nenhuma preocupação, achei que tudo ia ser perfeito, colorido e claro, fácil! Afinal tenho um marido amoroso que será um ótimo pai e pronto. Nada poderia ser difícil! Então, ANITA NASCEU! E o esperado aconteceu! Mas surgiu o “inesperado”. Tamanha inocência! Nem fazia ideia de como seria desafiante e cansativo ter um filho e quantas mudanças traria em minha vida de novo, também entendo quem tem depressão pós parto! Passei de filha mega protegida à mãe... - “Ai meu Deus agora eu sou mãe... eu preciso cuidar, proteger, alimentar, educar e ninguém conta como é difícil deixar de ser filha pra ser mãe!” No começo foi difícil me adaptar as noites mal dormidas, aos choros que nos deixavam desesperados por não saber o que fazer... enfim, só quem já foi mãe sabe do que eu estou falando, mas quando a fase de adaptação passou descobri, de novo, quantas coisas eu aprendi!!! E quanto a vida é surpreendente! Quantas lições são possíveis tirar de cada dia, mesmo quando ele não revela grandes acontecimentos.
Tenho um amigo que diz: - “Deus escolhe os pais para o filho”. Anita veio pra me ensinar... (emoção!) rrrrrrrrr, difícil escrever o que essa menina me ensina a cada dia... descobri que aprendo mais que ensino, e que cada filho veio pra mim, minuciosamente escolhido por Deus, trazendo aqueles ensinamentos que eu precisava aprender... só eu... e eu me permiti a aprender com ela! Certamente ela me ensinou e lapidou a paciência, a respeitar o tempo e os limites, a ser mais humana, a ter respeito entre mãe e filho, a estar mais atenta a minha volta, a descobrir o verdadeiro e incondicional amor, a perseverança... me ensinou a ser MÃE! Que grande desafio para uma menininha, tão pequenina... Que aprendizado para nós duas!
Anita desbravou caminhos para o Miguel, me ensinou que com amor tudo vale a pena. Por isso ele está aqui! Pois é... até exteriorizar o amor em letras e gestos, acho que eu aprendi!
Quando estamos abertos para a mudança, nesse caso, “o casamento e o nascimento de um filho” a vida traz obstáculos, mas, acima de tudo, nos ensina como superá-los, isso se chama “aprendizado de vida”! E só pessoas que aceitam as mudanças e as permitem em sua vida aprendem.
É importante saber os limites que devemos impor em nossas vidas, em nossas escolhas, mas quando escolhemos o nosso caminho e trilhamos a vida usando como base o “amor”, as coisas boas superam as dificuldades que certamente irão surgir.
Afinal, não há como plantar rosas sem suar a camisa para preparar a terra, adubá-la, dedicar-se diariamente para regar, podar, tirar galhos e folhas secas e até correr o risco de espetar o dedo em seus espinhos e sangrar, mas a hora da colheita... é inexplicável...
Bjs a todas as mamães...

Silvia C. P. Perez

terça-feira, 9 de julho de 2013

Conselhos para criar filhos.

  • BY CECÍLIA.


  • Se eu tivesse meu filho para criar de novo,
    Eu pintaria mais com meus dedos e apontaria para eles muito menos.
    Eu passaria menos tempo corrigindo e mais tempo conversando.
    Eu tiraria meus olhos do meu relógio e perceberia mais o quão rápido o tempo está se passando.
    Eu me importaria em saber menos, e saberia me importar mais.
    Eu passaria mais tempo brincando com eles.
    Eu ficaria menos sério(a) e me divertiria mais.
    Eu correria mais com eles e olharia mais as estrelas.
    Eu seria menos firme, mas, firmaria mais meu amor por eles.
    Eu reformaria a auto estima, e deixaria a reforma da casa para depois.
    Eu amaria menos a força, e viveria mais a força do amor. 
    -- autor desconhecido
    Esse lindo texto foi lido por uma funcionária da escola onde minha filha estuda, na reunião de pais da semana passada, e foi o estopim da minha, digamos, indagação. Vi algumas mães se debulhando em lágrimas, algumas avós com lágrimas nos olhos, alguns pais emocionados, alguns com cara de paisagem (eu era uma dessas) e o comentário de uma das coordenadoras foi o que mais me impressionou: ela queria que nós, mães trabalhadoras, se sentissem culpadas o suficiente para não deixarmos nossas crias na escolas durante o recesso de julho... Que planeta aquelas mulheres vivem onde se pode tirar férias em julho, dezembro e janeiro, e as vezes até fevereiro???
     Hellloooo!!!! Eu sou assalariada!!! Com sorte terei férias em dezembro, mas julho, é mês de trabalho normal para os assalariados, que nem sempre tem a sorte de tirar as férias junto com os filhos e maridos. Entendo que a escola precisa do recesso e que cada um se vire com sua cria para poder trabalhar, mas nos fazer sentir culpadas por isso é o fim!!!!!
    Enfim, revoltei ali quietinha para não causar a discórdia, e fiquei feliz por saber que aproveito bem todo o tempo que tenho para a minha filhota, nem que seja nos finais de semana, feriados ou as noites de segunda a sexta...