segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Tiro ou não tiro a fralda??????

Qual a idade certa para começar a tirar a fralda de uma criança?
Joga essa pergunta em uma roda de mulheres com filhos, e você irá se surpreender com a diversidade de respostas. Sempre vai ter aquela que tirou a fralda do filho com um ano - que diz orgulhosa e adorando ver a cara de pastel das outras mães -, e a outra que acabou tirando com quase quatro - que diz de maneira humilde, querendo se mostrar segura.
Vi reportagens sobre mães nos Estados Unidos, que tiram a fralda da criança com quatro, cinco meses. Tem toda uma filosofia de vida por trás dessa escolha, mas mesmo assim, acho um absurdo. Pronto, falei.
Na minha opinião, fralda se tira quando sentimos - e nós sentimos mesmooo - que está na hora de começar isso. Conhecemos nossos filhos, e por mais que a dúvida e insegurança nos domine, lá no fundinho sabemos quando eles estão prontos.
Com meu primeiro filho, demorei para começar a tirar a fralda. E quando fiz isso, foi porque ele mesmo começou a dar sinais de que queria fazer xixi igual mocinho. Fui tão desencanada que exagerei. Demorei para tirar a fralda da noite, e não demorou para que ele acordasse e fizesse cocô na fralda antes de eu tirá-la. Resumo: fez cocô na fralda até os quatro anos e meio. Foi sofrido, mas por fim, deu tudo certo.
Já com minha filha foi tudo diferente. Ela não deixava eu trocar a fralda, e depois que eu tirava, ela não queria mais colocar. Até que um dia me enchi e a deixei sem. Ela estava com um ano e meio, fez xixi por tudo e cocô na mão. Aí todos me diziam: Não pode voltar a frada depois que começou o processo para tirar. Quase nem dormi pensando em como ia fazer. Mas dormi. E acordei no dia seguinte pensando: Dane-se. Voltei a fralda.
O martírio não acabou por aí. Tentei tirar mais três vezes sem sucesso. Ás vezes ela acordava e queria ficar sem fralda. Fazia xixi por tudo e então recolocava a fralda. Só consegui tirar de verdade quando ela estava com três anos.
O interessante dessa história com a Alice, é que eu ficava nervosa e tudo mais, mas nunca tinha tomado a decisão de tirar a fralda de verdade, sabe? Aquela decisão de mãe mesmo. Que respiramos fundo e falamos: Vamos lá, vamos acabar logo com isso. Segura. Firme. Mas aí, um dia me enchi. Ela pediu para tirar a fralda e eu olhei bem nos olhinhos dela e falei: Então vamos dar a sua fralda para um nenê? Por que você não vai mais precisar. Ela concordou empolgadinha e então: foi. Só escapou xixi duas vezes e à noite. Só o cocô demorou um pouco mais, mas também foi bem rápido - pelo menos em comparação com o Pedro.
Não sei se consola, mas eu acho essa fase a mais difícil. Nós nos desgastamos, ficamos presas na rotina das crianças - todo mundo concorda que não dá para ficar saindo para passear enquanto tira frada, né?! O estresse toma conta da casa inteira. Por isso que acho importantíssimo respeitar a maturidade de cada criança. O nervoso e estresse é certo, não tem como fugir, então que, pelo menos, seja no momento certo.
Mas também, se errarmos nas contas, e começarmos antes do tempo e não der certo, mande um Dane-se para o mundo. Volte a fralda na criança e seja feliz. Nada é perdido. Essa experiência vai ficar gravadinha no HD da criança, e quando chegar a hora certa ela ativa o dispositivo e executa com sucesso. Cada coisa no seu tempo.
A prova de que tudo se ajeita - pelo menos relacionada a esse assunto - é que aposto que ninguém aqui viu uma criança de sete, oito anos passando pelo processo de tirar fralda. Naturalmente as coisas acontecem. Vamos deixar a vida nos levar um pouquinho.
Até mais e boa sorte para as super mamys que estão passando por isso.
(Eleni e Ronyse: FORÇAAAAA!!!! CALCINHA E CUECA É BARATA, MELHOR COMPRAR DO QUE LAVAR!!)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Happy wife, happy life.

Certo dia, estava vendo uma entrevista de um lutador de MMA que tem três filhos, e sua esposa abriu mão de sua profissão para cuidar das crianças e ele poder se dedicar aos treinos. O lutador disse que, praticamente, obrigava a esposa a sair três vezes por semana para fazer algo que gostasse sozinha. O repórter achou graça e o questionou, e o lutador respondeu: "_Mulher feliz, vida feliz!".
Vocês já perceberam como o humor da mulher interfere em sua vida familiar?
O homem sai para trabalhar, passa nervoso o dia todo, quando volta para a casa está irritado, mal humorado e sem vontade de fazer nada. O que acontece? Nada. A mulher entende, tenta agradá-lo fazendo um jantarzinho especial, os filhos ficam na deles e a vida continua numa boa.
A mulher sai para trabalhar, passa nervoso o dia inteiro, tem que largar o trabalho no meio dia para pegar um dos filhos que está com febre, aguenta todos os companheiros de trabalho achando que ela só está fazendo isso para sair mais cedo, chega em casa, tem que preparar o jantar da galera, o marido chega e quer contar tudo o que aconteceu no dia dele e as crianças começam a cobrar que querem brincar um pouco. Aí, essa coitada, fica mal humorada - e nem é TPM. O que acontece? O caos.
E a gente só descobre o que é ter TPM coletivo quando se forma uma família. Até filhos com menos de três anos sofrem desse mal junto com a mãe.
A mulher traz essa carga junto com ela assim que resolve ser mãe. Como se não bastasse tudo o que ela já adquire assim que se torna mãe.
Meu marido costuma dizer que o homem acha que é o alicerce da casa. E a mulher, simplesmente, é.
Quando casamos e ainda não temos filhos, não conseguimos perceber isso de maneira tão evidente. O casal está batalhando junto, lutando junto para conseguir se manter e fazer planos para o futuro. Mas assim que o casal resolve - ainda juntos - ter filhos, a coisa muda de figura. A mulher passa a quase comandar o ritmo da casa.
Comigo foi assim. Depois que nasceu o Pedrão, até o tipo de comida mudou. E o coitado do meu marido nem teve muito o que falar. Aceitou e deixou acontecer. Nós comandamos.
Mas será que isso é legal? Até onde conseguimos manter a serenidade para manter a harmonia e a tranquilidade da casa? E o quanto isso, também, afeta os nossos pequenos?
Quantas vezes fiquei surtada com algo e acabei "descontando" nos meus filhos! Sei que é errado. Mas chega um momento que passa a ser inevitável. Estamos com a cabeça cheia, aquele problema martelando o dia todo, e aí seu filho - que está tirando a fralda - faz xixi 17 vezes do lado do vaso sanitário. É difícil aguentar e não gritar.
Mas meu marido, em um desses dias em que eu estava mais para sensível do que para surtada - esse seria outro tema para outro post, claro - me disse algo que achei mega legal. Nossos filhos vão crescer sabendo que nem todos os dias são perfeitos, e que às vezes, precisamos apenas ouvir a outra pessoa, dar um abraço, um carinho e que, com esse simples ato, ajudamos a amenizar a carga de quem está, muitas vezes, com problemas. Eles crescerão vendo o que é real. Pessoas as vezes gritam, e as vezes choram. E nem por isso são pessoas ruins.
Não sei se ele está certo. Mas, uma vez por mês, é isso que me consola quando os meus hormônios não me obedecem.
Até mais.


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Gripe de mãe.

Semana intensa na residência dos Potter-Cullen (só alguns entenderão...). Para os que não entenderam, foi uma semana intensa na minha casa.
Começamos comigo. Peguei uma gripe brava. Acordei em um dia e a garganta gritou por atenção. Tomei um remedinho e sai trabalhar, cuidar de criança, fazer almoço, limpar casa.
Depois veio Alice. Em palavras mais simples, descobrimos que ela estava com um mini princípio de pneumonia. Inventei isso para dizer que não era nem um princípio de pneumonia, mas quase. Febre, criança amuada, essas coisas. Mas como uma boa mulher, Alice ficou assim somente no primeiro dia de antibiótico. Dia seguinte já estava comendo normal - até demais -, correndo e pulando pela casa.
No outro dia, eu levanto com a mesma dor de garganta de antes. Tomei um remedinho e fui trabalhar, cuidar de criança, fazer almoço, limpar casa.
Mas então, começou o Pedro. Acordou e, com metade da língua para fora, falou que não estava aguentando de dor de garganta. Fui pegá-lo e assustei com a temperatura de seu corpo. Quarentão de febre. Corri para hospital, comprei remédios e, como um bom homem, Pedrão demorou uns quatro dias para se sentir melhor. Ficou tão ruim que, além de vomitar todo o remédio, dormiu durante o dia. Já pensaram nisso? Pedrão dormindo durante o dia?? Fiquei preocupada também.
Mas então o antibiótico fez efeito, e ele foi voltando ao normal.
No outro dia, eu levanto com dor de garganta. Tomei remedinho e fui trabalhar, cuidar de criança, fazer almoço, limpar casa.
Então, começou o Rodrigo Cullen. Dor de garganta, febre e lá vamos nós para hospital de novo. Em dois dias já estava se sentindo melhor e todos estavam felizes e medicados.
Achei que ia ser procurada pelo órgão de controle de remédios por comprar tanto antibiótico em tão pouco tempo. Assinei tanto receituário que já estava me sentindo quase uma médica.
Bom, olhei para minha família no fim de semana, e vi todos sendo cuidados e se recuperando. Foi então que meu corpo pensou: " Ótimo! Agora vamos gripar em paz!"
Levantei da cama por osmose. Meu corpo doía em partes que eu achava que nem dava para doer. Até meu cabelo me incomodava. Me larguei no sofá e fiquei curtindo minha coriza e moleza. Acho que dessa vez a gripe veio e resolver fazer seu ciclo.
Mas aí, no dia seguinte, Pedrão fica ruim de novo.
MINHA NOSSA SENHORA! ONDE VAMOS PARAR!????
Me olhei no espelho e disse: " Ok. Chega. Gripe, vá embora. Não tem lugar para você nesse corpo. Não sei o que te disseram, mas acho que você errou tentando entrar em um corpo de uma mãe. Mãe não tem tempo para gripes, resfriados ou qualquer outra enfermidade desse tipo. Estamos entendidas??"
Mas a gripe não é assim, tão fácil de lidar. Ela foi embora, mas me deixou fanha.
Pensando bem, melhor fanha do que sem voz.
Barganha aceita. Vamos que vamos.
Até mais.

domingo, 22 de setembro de 2013

Meu melhor remédio.

As duas últimas semanas foram insanas para mim. Uma correria absurda, muitos problemas, trabalho demais e tempo de menos. Acrescente nisso achar tempo para limpar a casa, fazer comida - saudável - para a família, brincar com os filhos e descansar.
Claro que descansar nem entrou para a lista. Brincar com os filhos ficou logo em seguida na lista de falhas. 
Como se não bastasse, meus filhos ficaram doentes. Febre, falta de apetite, mais febre e manha. Muita manha. Então, temos que acrescentar nesses últimos dias, correria para médico, clínicas de exame e hospitais.
Ok. Estou um bagaço.
Mas aconteceu algo que me chamou a atenção essa semana. No meio dessa loucura toda, eu encontrei tempo para sofrer de saudades dos meus filhos. Mas não foi uma saudade qualquer. Foi uma saudade louca, que chega a doer e quase sufocar. Eu já estou sofrendo com isso há algum tempo. Saio para trabalhar e sofro. Deixo na escola e sofro. Mas é algo controlável. Sempre foi assim, mas com uma intensidade menor. 
Eu sou dessas mães que deixa o filho na escola e, quando chega em casa, fica vendo fotos de quando ele era bebê só para matar a saudade. Não tem jeito, sempre fui assim. Mas desde que voltei a trabalhar, isso se intensificou. E no meio de tantos problemas e preocupações, a coisa toda tomou proporções absurdas. 
Mas sou adulta, cheia de responsabilidades, então supero isso a cada dia. E tento compensar esses momentos assim que os pego na escola. 
Então, essa semana, no meio de tanta loucura, eu os pegava na escola e continuava trabalhando. Pela manhã, os deixava na frente da TV e já me enfiava no trabalho entre telefonemas, corridas em obra e computador. Mal os via, e só percebia que eles também estavam sofrendo quando pediam - quase implorando - para que eu me sentasse só um pouquinho perto deles. Ou então, quando choravam ao me ver sair. 
Até que chegou a sexta feira. E um dos problemas não se resolveu da forma que eu esperava, e me bateu um desespero. Fui buscar a Alice - nesse dia o Pedro estava muito doente e acabou não indo para a escola - e no caminho fui chorando tanto que comecei a passar mal. Quase bati o carro. Sim. Isso mesmo. Tive que parar, respirar e me acalmar para seguir em frente. Não adiantou muito, quando eu começo a chorar eu desembesto. Mas assim que cheguei na escola, ainda me concentrando para não voltar a desabar, a Alice veio correndo para me abraçar, com balinhas na mão e um sorriso imenso. Por incrível que pareça, ao invés de eu desatar a chorar novamente, uma força apareceu. Algo inexplicável para quem não tem filhos. Foi como se ela, com suas mãozinhas tão pequeninas, viesse com um balde cheio de luz e amor, e o derramasse sobre mim. Me lavou com sua alegria, e fez com que aquela tristeza e desespero sumisse de repente. 
Cheguei em casa e Pedrão estava corado, a febre tinha ido embora e ele correu para me abraçar, morrendo de saudades. 
Fechei a noite com meu marido e meus dois filhos me mimando e me enchendo de abraços e beijos.
A descoberta, para mim, foi ver que duas crianças, tão inocentes e puras, podem se tornar o melhor remédio para um adulto. Minha visão de saudades agora mudou. Ela não sumiu, claro, mas eu a vejo de outra forma. Quando sinto aquele desespero aparecendo, fecho os olhos e lembro de um segundo de sorriso dos meus filhos. É incrível! Quando abro os olhos, o mundo se torna diferente. Tudo parece possível. Consigo erguer a cabeça e enfrentar tudo com o coração cheio de esperanças e alegrias. 
Experimentem. Abusem do fato de que Deus nos envia anjos particulares para nos acompanhar e nos tornar pessoas melhores. Se essa é a missão de um filho, eles estão de parabéns, executam o dever de forma formidável. O que torna nossa missão apenas retribuir o carinho, atenção e amor e administrar tudo isso durante o seu crescimento. 
Não vamos decepcioná-los, não é mesmo?!
Até mais. 


terça-feira, 23 de julho de 2013

Barriga? Dane-se. Eu sou mãe!

O bebê real nasceu. Ele nasceu com 3,8 quilos, teve alta hoje, e tanto bebê, quanto mamãe passam bem.
O que nós temos a ver com isso? Bom...acho que não muita coisa. Quem me conhece sabe que pouco vejo essas notícias, e sou super por fora dos "babados" que acontecem por ai.
Mas, vendo essa reportagem com as fotos hoje, teve uma única coisa que me chamou a atenção. A princesa Kate saiu do hospital, usando um vestido azul claro de bolinhas que simplesmente realçava sua barriguinha.
Pasmem vocês, ela não teve nenhum pudor em esconder sua barriguinha de oito meses que TODAS as mães tem quando saem dos hospital.
Isso me chamou a atenção pois estamos acostumadas a viver em um mundo onde pessoas fora de padrão são tidas como gordas, cheias ou fora de forma. Não encontram roupas, aguentam tiração de sarro e ainda, viram ponto de referência.
Me disseram que quando a Cláudia Leite saiu do hospital, ela não deixou ninguém fotografas a barriga dela. E em menos de uma semana ela já aparecia completamente esbelta. A Iveta Sangalo foi crucificada por que resolveu aparecer depois de um mês - UM MÊS...- ainda com uns quilinhos a mais. Me perdoem se eu estiver trocando nomes das celebridades. Axé Music é muito confuso para mim.
E nós? Meras mortais, que saem do hospital e voltam para uma casa bagunçada, cheia de louça para lavar e um chão para limpar? E ainda temos que amamentar, acordar a noite inteira - isso para aquelas que podem se dar ao luxo de dormir -, e brincar com o irmão mais velho enciumado no outro dia? Aí, vem a vizinha e, sem que perguntemos nada, olha para a nossa barriga mole e constrangedora e diz: Não se preocupe, amamentar emagrece.
E então eu te pergunto: EMAGRECE QUEM?? Por que eu amamentei meu filho e minha filha, e nunca perdi peso com isso. Aliás, sentia mais fome do que quando estava grávida. Nem toda a correria do mundo fez aquela barriguinha de oito meses sumir.
Aliás, as pessoas escondem tanto suas barriguinhas pós parto, que eu mal sabia que elas existiam. Eu achava que o bebê saia e pumba!, a barriga desaparecia. Veja a que ponto cheguei.
Por essas e outras que, ao ver uma verdadeira princesa, mostrando orgulhosa sua barriga real, me chama a atenção. Ela vive um conto de fadas. Participa de um mundo que, nós, só vemos em filmes da Disney. E mesmo assim, não liga para estereótipos ou comentários de modistas que não sabem o que falam.
Nós não somos a realeza, mas somos a realidade. Nossas barrigas são tão reais quanto a dela, e nossa vida se torna tão plena com o nascimento de nossos filhos, quanto a dela.
Então vamos seguir um exemplo realmente bom. Nada de ficar olhando a funkeira mais gostosona do Rio de Janeiro, saindo do hospital lipoesculturada e ficar se remoendo para ficar igual. Nós temos orgulho de nossas barriguinhas reais de oito meses do pós parto. Assim como a princesa nos mostrou. Nós somos mães, e isso é o que realmente importa. A barriga, o peso que ganhamos a mais, tudo isso se torna completamente irrelevante perto de tudo o que temos que nos preocupar ao pegar aquele pequeno ser em nossos braços.
Viva a realeza e suas realidades! E viva, claro, os bons exemplos, ou seja, os verdadeiros!
Até mais.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Disciplina Positiva é bem legal. Só que não.

Me considero uma mãe normal. Claro que isso partindo do princípio de que o normal para mim, pode não ser o mesmo normal para vocês. Mas ainda assim, acho que me encaixo nas boas estatísticas. Por isso me preocupo quando meus filhos tomam certas atitudes e procuro encontrar uma melhor forma de discipliná-los.  
Desde muito pequenos, tenho a preocupação de ensinar bons modos, ter educação, dividir o que tem, essas coisas. Mas nós nunca estamos preparados para o que pode vir, depois que temos o segundo - ou terceiro, quarto, etc - filho. Meu filho mais velho, por exemplo, mudou muito depois que a irmã nasceu. Hoje em dia falo com segurança que as mudanças foram muito boas. Mas se me perguntassem há um ano atrás, eu diria que eu tinha sido uma péssima mãe por ter colocado outra "pessoinha" no mundo. 
Todas que acompanham o blog - e minha vida - sabem tudo o que passei. Cheguei a ir a uma psicóloga para me orientar quanto as melhores atitudes a serem tomadas. Ela foi categórica: enfatize o que é bom, ignore o que é ruim. 
Em palavras mais minuciosas é o seguinte, chame a atenção ao que ele fez de errado, mas não dê muita importância a isso. Fale e pronto. Mas quando fizer algo de bom, jogue confetes, chame uma banda, escreva em um cartaz. Qualquer coisa para que a criança veja o quanto ela sabe fazer coisas legais. 
Andei lendo sobre isso, sem querer, esses dias. Se chama Disciplina Positiva. O mais legal é que pode-se usar esse tipo de disciplina desde bebê. Quando o bebê pega algo que não pode, você diz: esse não pode, mas esse - e você mostra algo que ele possa pegar - pode. Enfatizando sempre a parte positiva do ato. 
Legal, né? 
Mas é um saco.
Quando o Pedro era bebê, eu tinha que mostrar um milhão de objetos, brinquedos e até comida, para que ele aceitasse a parte do PODE. Com a Alice então...nunca consegui. Ela é determinada. Então passei a ver isso como algo bom. Eu dizia: "Noossaaaa....como você é decidida!". E tinha que terminar a frase com um MAS ESSE NÃO MESMO. 
Para o ciúme do Pedro, o único conselho que realmente funcionou, foi abolir os castigos até que a irmã pudesse ficar de castigo também. Ou seja, se o bebê mais novo tem menos de dois anos, e não fica em um cantinho de disciplina ou perde coisinhas, não adianta fazer isso com o mais velho. Não irá demorar para a frase "Só eu fico de castigo" aparecer.  Como Pedrão já estava com quatro anos, os meus alertas é para tirar momentos da vida dele - ele perdia um passeio, uma sobremesa, ou qualquer coisa que estivesse prestes a fazer, e isso só em casos muito graves. Ah! E castigos curtos tem resultados melhores. Depois que parei de proibir tv por uma semana inteira, ele fica mais apreensivo com os alertas. Pode parecer incrível, mas até me esqueço do cantinho da disciplina.
Bom, assim como os conselhos das psicólogas sobre a Disciplina Positiva, o meu também não deve ajudar a todas. Mas acho que é bom a gente saber que nem tudo que se lê assim, que soa muito bonito e legal, dá certo. 
Até mais. 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Quem aprende?

BY SÍLVIA.

Não foi fácil decidir pelo segundo filho, afinal todas as mamães lembram bem das noites mal dormidas, da canseira, do medo em fazer algo errado, dos sustos e da dupla jornada de trabalho quando se exerce uma profissão.
Educar num mundo doente nos faz trilhar um desafio! Crianças presas no quintal, levar e estar presente em todos os lugares por medo da violência e convencer que a verdade e a honestidade ainda representam o melhor caminho e que o material é só um instante. Acreditem, mas essas coisas me fizeram pensar muito! Por isso entendo perfeitamente aquelas que optaram por um único filho.
Durante minha gravidez do Miguel ficava pensando: “Ai meu Deus... como vou fazer quando ele nascer... reduzo mais aulas, paro de trabalhar, como vou fazer compras pra loja, tatata tititi e PRONTO NASCEU! E aí??? Tudo mudou é claro, como eu imaginava. Mais uma mudança grandiosa em minha vida. Diria que a primeira foi ao me casar! –“Ai meu Deus, apesar de amar meu Rô e querer acordar todos os dias ao lado dele, nunca gostei de serviços domésticos e sabia que, gostando ou não, faria parte de minhas responsabilidades diárias ... tatata tititi e afinal de contas namorar era muito bom, sem responsabilidades, contas para pagar, muita diversão e roupa lavada, passada e cheirosa na gaveta, feitas pela mamãe mas, a certeza martelava que tudo iria mudar e, mesmo assim, meu amor era maior que todas essas preocupações e caseiiiiiiiiiii! E claro que tudo que eu esperava aconteceu, mas ao contrário do que pensava que não daria conta da casa e que isso seria negativo em minha vida, descobri muitas coisas boas. Ter minha casa, minhas coisas, trocar o sofá de lugar quando quiser e ser motorista da minha casa foi a melhor descoberta, apesar de no começo ter sido muito difícil, posso garantir que valeu a pena e, claro, acordar ao lado da pessoa que amo todos os dias é realmente maravilhoso, mesmo nos dias de briguinha, dormir de bunda para outro faz parte e é bom”.
Desejamos muito a minha amada Anita e durante a gestação da primeira filha, não tive nenhuma preocupação, achei que tudo ia ser perfeito, colorido e claro, fácil! Afinal tenho um marido amoroso que será um ótimo pai e pronto. Nada poderia ser difícil! Então, ANITA NASCEU! E o esperado aconteceu! Mas surgiu o “inesperado”. Tamanha inocência! Nem fazia ideia de como seria desafiante e cansativo ter um filho e quantas mudanças traria em minha vida de novo, também entendo quem tem depressão pós parto! Passei de filha mega protegida à mãe... - “Ai meu Deus agora eu sou mãe... eu preciso cuidar, proteger, alimentar, educar e ninguém conta como é difícil deixar de ser filha pra ser mãe!” No começo foi difícil me adaptar as noites mal dormidas, aos choros que nos deixavam desesperados por não saber o que fazer... enfim, só quem já foi mãe sabe do que eu estou falando, mas quando a fase de adaptação passou descobri, de novo, quantas coisas eu aprendi!!! E quanto a vida é surpreendente! Quantas lições são possíveis tirar de cada dia, mesmo quando ele não revela grandes acontecimentos.
Tenho um amigo que diz: - “Deus escolhe os pais para o filho”. Anita veio pra me ensinar... (emoção!) rrrrrrrrr, difícil escrever o que essa menina me ensina a cada dia... descobri que aprendo mais que ensino, e que cada filho veio pra mim, minuciosamente escolhido por Deus, trazendo aqueles ensinamentos que eu precisava aprender... só eu... e eu me permiti a aprender com ela! Certamente ela me ensinou e lapidou a paciência, a respeitar o tempo e os limites, a ser mais humana, a ter respeito entre mãe e filho, a estar mais atenta a minha volta, a descobrir o verdadeiro e incondicional amor, a perseverança... me ensinou a ser MÃE! Que grande desafio para uma menininha, tão pequenina... Que aprendizado para nós duas!
Anita desbravou caminhos para o Miguel, me ensinou que com amor tudo vale a pena. Por isso ele está aqui! Pois é... até exteriorizar o amor em letras e gestos, acho que eu aprendi!
Quando estamos abertos para a mudança, nesse caso, “o casamento e o nascimento de um filho” a vida traz obstáculos, mas, acima de tudo, nos ensina como superá-los, isso se chama “aprendizado de vida”! E só pessoas que aceitam as mudanças e as permitem em sua vida aprendem.
É importante saber os limites que devemos impor em nossas vidas, em nossas escolhas, mas quando escolhemos o nosso caminho e trilhamos a vida usando como base o “amor”, as coisas boas superam as dificuldades que certamente irão surgir.
Afinal, não há como plantar rosas sem suar a camisa para preparar a terra, adubá-la, dedicar-se diariamente para regar, podar, tirar galhos e folhas secas e até correr o risco de espetar o dedo em seus espinhos e sangrar, mas a hora da colheita... é inexplicável...
Bjs a todas as mamães...

Silvia C. P. Perez

terça-feira, 9 de julho de 2013

Conselhos para criar filhos.

  • BY CECÍLIA.


  • Se eu tivesse meu filho para criar de novo,
    Eu pintaria mais com meus dedos e apontaria para eles muito menos.
    Eu passaria menos tempo corrigindo e mais tempo conversando.
    Eu tiraria meus olhos do meu relógio e perceberia mais o quão rápido o tempo está se passando.
    Eu me importaria em saber menos, e saberia me importar mais.
    Eu passaria mais tempo brincando com eles.
    Eu ficaria menos sério(a) e me divertiria mais.
    Eu correria mais com eles e olharia mais as estrelas.
    Eu seria menos firme, mas, firmaria mais meu amor por eles.
    Eu reformaria a auto estima, e deixaria a reforma da casa para depois.
    Eu amaria menos a força, e viveria mais a força do amor. 
    -- autor desconhecido
    Esse lindo texto foi lido por uma funcionária da escola onde minha filha estuda, na reunião de pais da semana passada, e foi o estopim da minha, digamos, indagação. Vi algumas mães se debulhando em lágrimas, algumas avós com lágrimas nos olhos, alguns pais emocionados, alguns com cara de paisagem (eu era uma dessas) e o comentário de uma das coordenadoras foi o que mais me impressionou: ela queria que nós, mães trabalhadoras, se sentissem culpadas o suficiente para não deixarmos nossas crias na escolas durante o recesso de julho... Que planeta aquelas mulheres vivem onde se pode tirar férias em julho, dezembro e janeiro, e as vezes até fevereiro???
     Hellloooo!!!! Eu sou assalariada!!! Com sorte terei férias em dezembro, mas julho, é mês de trabalho normal para os assalariados, que nem sempre tem a sorte de tirar as férias junto com os filhos e maridos. Entendo que a escola precisa do recesso e que cada um se vire com sua cria para poder trabalhar, mas nos fazer sentir culpadas por isso é o fim!!!!!
    Enfim, revoltei ali quietinha para não causar a discórdia, e fiquei feliz por saber que aproveito bem todo o tempo que tenho para a minha filhota, nem que seja nos finais de semana, feriados ou as noites de segunda a sexta...

sábado, 22 de junho de 2013

Café saudável.

Depois de um tempo em recesso, essa semana rolou um coffe das mamys. Para variar, foi uma delícia. Teve conversa séria, conversa fiada, momento desabafo - dessa vez foi leve, só chorei uma vez - e váaáááários assuntos inacabados - e são esses assuntos que definem o grau de sucesso dos cafés.
Mas o assunto que mais me chamou a atenção foi sobre alimentação. Todas nós sabemos como é difícil acertar a alimentação dos nossos pequenos. Uns comem de tudo, e outros não comem nada. Além disso, tem todas as controvérsias dos médicos que, hora dizem para dar tudo de soja - leite, suco -, outra hora falam que soja não presta.
Eu mesma passei por uma fase difícil com a Alice há meses atrás, quando ela teve uma reação alérgica e ficou mais empipocada do que criança com catapora. Todas se lembram. No começo, tratamos como alergia à picada de pernilongo. Mas depois de ministrar milhões de antialérgicos que não funcionaram, veio a notícia - e junto, o choque - de que ela estava com intolerância à proteína do leite de vaca. Foi uma revolução aqui em casa. Cortamos tudo: leite, manteiga, chocolate e mais um monte de coisas. Deu até dó dela, pois o cardápio se resumia à praticamente nada. Tive que rebolar para manter a alergia longe da minha pequena e, ao mesmo tempo, não deixá-la cheia de vontades.
A mamys Karina também passou por um desses sustos que nos faz repensar em tudo. Uma das pequerruchas dela, passou mal e, agora, ela tem que se manter em uma alimentação mega balanceada. Nessa descobriu maneiras diferentes de preparar o trivial - arroz, feijão - e que nem toda fruta pode nos fazer bem. Aliás, ela trouxe para as guloseimas um bolo de chocolate feito com farinha de não sei o que, com chocolate de não sei o que lá, e cobertura de não sei de onde. Tudo saudável e muito gostoso. Bom, eu nem sei quantos pedaços eu comi. Acabei com metade do bolo sozinha.
Então...
A verdade é que quando se trata de alimentar nosso prole, preocupação é a palavra chave. Queremos que eles se alimentem bem, comam tudo o que é saudável e que sabemos que faz bem. Mas será que adianta?
Aqui em casa não somos um exemplo de alimentação saudável, mas me considero balanceada quanto a isso. Meus filhos não tomam refrigerante até hoje. Pedrão foi saber o que é um chocolate com mais de dois anos. Só foi conhecer bala com quase três. A Alice já foi mais precoce em algumas coisas, mas mesmo assim, adora legumes. Come brócolis e até chora quando acaba. Mesmo antes da descoberta de sua intolerância, ela sempre preferiu comer uma fruta de sobremesa para depois comer uma "porcaria".
Mas até onde isso é bom? O quanto fazer isso melhora ou piora a saúde dos nossos filhos? Tem quem diz que, criança que come de tudo - tudo mesmo: porcarias, gordices e afins -, tem mais resistência. E criança que come muito natureba - tudo que é integral, fibras, leguminosas e etc. - acaba ficando cheia de problemas.
Minha opinião - pessoal, claro - é que temos que achar o equilíbrio. Nem muito natureba, nem muito porcaria. Integral todo dia é ruim - e um saco para fazer -, e miojo demais também não é bom. Sempre tive medo que meus filhos canalizassem a ansiedade, preocupação, euforia na comida. Mas também não quero que eles sejam os bitolados por emagrecer. Comer uma porcaria de vez em quando não vai matá-los, principalmente agora, que já estão ficando maiores.
Acredito que nossa função, como mães, seja mostrar tudo o que é bom, e o que é ruim. Orientamos, ensinamos e mostramos o quanto aquilo pode nos fazer bem - ou mal. Assim, quando eles crescerem, e fizerem a própria comida, vão saber que alguns dias eles irão ter que comer jiló com arroz integral, mas em contra partida, quando chegarem em uma festa, poderão se encher de coxinha de queijo.
Viva os momentos de gordices.
Até mais.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Tirinhas.

Alice me encara e, séria, coloca a mão em minhas sobrancelhas e diz:
_Olha, mãe! Você também tem chapéu de olho!

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Pedrão comendo bolinho de carne. Deu uma mordida e depois falou:
_Mãe, como chama isso?
_Porpeta, filho.
_Hummm....uma delícia essa ampulheta.

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Na escola a professora mostra o desenho de um copo, e em baixo a sílaba CO e um espaço para que as crianças completassem a palavra. Pedrão entrega o exercício e a professora lê: CO - CADA.
professora:_Pedro, o que é esse desenho?
Pedro:_Um copo.
professora:_E o que você escreveu?
Pedro:_Cocada.
professora: ??????
Pedro:_ A cocada está dentro do copo, professora.

(eu mereço...)

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Samuel voltando da escola comigo.
eu:_E aí, Samuca? Foi tudo bem?
Samuel:_Não. Fiquei por último para entregar o dever. Estou triste.
eu:_Mas por que ficou por último? Estava muito difícil?
Samuel:_Não. É porque eu fiquei prestando atenção em todo mundo ao invés de fazer o dever. O fulando apontou o lápis, a fulana pediu para ir ao banheiro.....
 (ainda bem que ele é sincero...)

Até mais.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Um pouco de paz, pode ser?

A função dos pais, é se tornarem desnecessários.
Os pais não são amigos, são educadores.

Ok. Concordo com tudo isso. Nós temos que disciplinar, corrigir e orientar. Nossa função é mostrar para os nossos filhos o caminho correto a seguir. Ter dignidade, respeito e caráter.
Mas para fazermos tudo isso, precisamos discipliná-los. Isso começa desde cedo. Começa, exatamente, quando nosso filho de um ano e meio se joga no chão de um shopping fazendo birra. Ou quando sua filha de  três anos grita com você por que você negou algo a ela. Certo?
Então me expliquem uma coisa: por que diabos a gente se sente tão mal quando fazemos isso?????
Eu me considero uma pessoa severa. Tenho uma rotina com as crianças, e as faço seguirem de forma impecável. Eles tem que me ajudar, e obedecer a todas as regras. Mas, é claro, isso não é nada fácil. E quase todos os dias preciso discutir, brigar e até colocar de castigo. Tem dias que chego ao meu limite, e sinto minha paciência indo embora acenando feliz e descontraída enquanto ri da minha cara.
Aí, no fim do dia, quando tudo foi feito da forma correta, as crianças aprenderam suas lições e cumpriram todo o protocolo diário, eu os coloco para dormir e PIMBA! Vem o peso na consciência.
POR QUEEEE????
Eu fiz tudo certo, não é? Dei bronca por que precisou, não é? Coloquei de castigo por que era necessário, não é?
Bom, à noite não parece que tudo isso era tão necessário assim.
Vou dormir, às vezes, com  o coração apertado por lembrar da cena da manhã, quando os irmão brigaram e eu acabei dando bronca nos dois. E enquanto eu pedia para que se respeitassem e se gostassem, eles faziam biquinhos de todos os jeitos e formas. Na hora eu não ligo muito, mas depois que estão todos dormindo, essa cena volta para me açoitar como um chicote no tempo da inquisição.
Fico tentando me convencer que fiz apenas o que tenho que fazer. Sou mãe. Sou eu quem deve ensinar o que é certo ou errado. Mas mesmo assim, dói.
Digam que eu não sou a única. Por favor! Pois fico com vergonha de assumir isso as vezes. Me sinto aquelas mães que fingem não ver as "artes" dos filhos, só para não deixá-los tristes com broncas e castigos. Ás vezes sinto que sou muito severa, mas que meu coração me deixa tão mole que vou acabar tornando meus pimpolhos fofos e educados, em pentelhos mal criados.
Sigo educando, para que todas fiquem tranquilas. Mas também sigo com meus remorsos e apertos no coração.
Acabo de me convencer novamente: mãe não tem lazer e nem sono tranquilo.
Até mais.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Momento maternidade. Só que não.

Coisas que sempre me imaginei fazendo ao ser mãe, mas que nunca fiz (ou nunca deram certo).

1 - Yoga para gestante e pós parto.
    Bom, quem me conhece deve ter dificuldade em imaginar minha pessoa quieta, fazendo yoga. E quem conhece meus filhos, sabe que eles - mesmo recém nascidos - não iriam ter paciência para esse tipo de coisa. Acho lindo. Mas, a única vez que tentei fazer, com o Pedro ainda bebê, quase o derrubei de meu colo. Parei antes de qualquer outro acidente.

2 - Massagem no bebê.
    A ideia é linda. O contato da mãe com a pele do bebê, estreita os vínculos e os mantém conectados. No meu caso, a massagem os deixava irritados, e muito melecados de creme. O que me restava era choro intenso e alergias na pele pelo excesso de oleosidade. Mas isso eu tentei durante meses.

3 - Musicas calmas.
    Isso não é mais segredo. Aqui em casa o que acalma mesmo é o bom e velho rock and roll. Yééah.

4 - Dormir abraçadinha.
    Não tem coisa mais gostosa do que dormir abraçada com nossos pequenos. Mas a alegria dura pouco quando você está cansada, e seu filho tem coceiras até debaixo da unha e dificuldades para pegar no sono. Piora ainda mais quando, depois de pegar no sono, ele se mexe tanto que te joga para fora de uma cama king size plus.

5 - Encontros de bebês.
    Só é bom para as mães. Ponto. As crianças não interagem, só se estranham e brigam. A única hora que elas socializam e se solidarizam, é na hora que uma delas começa a chorar. Todas se unem.

Claro que estas são só as minhas experiências. E se eu as tentei, é porque eu vi (e tentei copiar) de alguém que faz e que dá certo. Mas, sinceramente, alguém consegue fazer isso? Me diga, por favor.

Voltei para o blog. Saudades de todas.
Até mais.
Bruna.

sexta-feira, 22 de março de 2013

De Mozart à Ramones, em uma mamada.

Esses dias a mamys Katia - mais conhecida como Fabiana -, veio me contar que, para acalmar a pequena Julia, colocou musicas calmas, instrumentais e algo do tipo. E então a pequenina dormiu tranquilamente. Aí lembrou de mim, pensando que eu devo deixar meus filhos tipo loucos por causa das musicas. 
Não preciso dizer que, em alguns dias, ouvir a rádio rock (89fm) ou a discografia do Slipknot não é uma boa ideia. Costumo fazer isso quando saímos no quintal, e eu quero que eles gastem muita energia. 
Mas eu tenho uma história engraçada em relação a isso.
Quando eu estava grávida do Pedrão, me disseram que era bom ouvir musica clássica, pois acalmava o bebê. Quem me viu grávida dele vai se lembrar que o menino me arrebentava de dentro para fora. Ele mexia noite e dia. Eu cheguei a enjoar de sentir aqueles mini chutes, sabe? Então, lá vou eu, colocar Mozart For Babies, e Shendra. Ouvi tanto, que só de ouvir passarinhos em minha volta me dava tremedeira. Mozart então, eu tinha vontade de jogar o CD pela janela. Até meu marido se irritou. E, é claro, Pedrão não parou de se mexer alucinadamente. 
Então ele nasceu. De 36 semanas. Antes do previsto, pois certamente ele estava tentando parar aquele processo em que eu o submeti de ouvir musicas clássicas. 
Pedrão recém nascido era um figurinha. Mamava desesperadamente, e tinha cólicas históricas. O que resultava em muito choro, claro. 
Em um final de tarde, ele começou sua rotina de choros. Chorou. Chorou. Chorou. Chorou. Nada fazia ele parar. Minha vizinha veio "ajudar" dizendo que ele gritava tanto que poderia ser dor de ouvido - coisas que só acontecem comigo -, me deixando ainda mais desesperada. Depois de dar seu diagnóstico, ela saiu para fazer comprar no shopping me deixando ali com aquele ser de 58cm, com um choro-grito de dor-cólica-de-ouvido e que gritava mais que vocalista de Trash Metal. 
Então abriu uma nuvenzinha em minha cabeça, lembrando da aula do curso de gestante: "As músicas - clássicas, claro - que ouviu na gestação, vão acalmar o bebê quando nascer. Ele vai se lembrar do quentinho seguro da barriga". Não pensei duas vezes. Taquei o Mozart lá. Nada. Chorou. Chorou. Chorou. Coloquei Shendra. Foi só ouvir os passarinhos e deu um grito mais agudo. Coloquei Antena 1. Chorou. Nova Brasil. Chorou. 
Desisti. Coloquei Kiss Fm - para quem não conhece, só toca clássicos do Rock. Estava tocando Black Sabbath, Paranoid. Quem não conhece, dá uma olhadinha no You Tube. Paulera das antigas. Pedrão suspirou, olhou para mim, com aqueles olhinhos ainda brilhantes do choro recente, e como se me agradece, virou a cabecinha e.....DORMIU. Ele dormiu, minha gente! Ao som de guitarras nervosas e homens que comem morcegos cantando. 
Nessa aprendi que, o problema não é a musica em si. Mas talvez, o que nos faça se acalmar. Pensando de uma maneira mais prática, talvez eu escutando a musica que eu gosto, me acalmei e passei isso para meu bebezinho. Mas eu, como boa rockeira que sou, prefiro acreditar que meu filho ja nasceu rockeiro. Nem Shendra tem o poder de mudar isso.
Yéééaaahhhh!!!!
Até mais.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Tirinhas.

Pedrinho, filho da minha amiga Raquel....esse só solta pérolas...rs...

Pedrinho: _ Mãe, coloca uma televisão aqui no seu quarto pra eu ver desenho!

Mamys: _ A televisão é muito grande, não cabe aqui no quarto!

Ai veio a resposta:

- Então coloca uma televisinha!!!!!


Pronto. Problema solucionado.

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Mais uma do Pedrinho, filhote da Raquel:

A mãe pega o filho no flagra rabiscando sua bolsa. Depois de enfartar ela corre para ele:
_Pedro, por que tá rabiscando minha bolsa?
Então vem a resposta:
_Não estou rabiscando, mão, estou só escrevendo seu nome para você não perder.

Humpf!

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Toda vez que a Lilica ia fazer xixi, ela acabava saindo do banheiro chorando por que eu não a deixava AMANGAR (????)
Tentei descobrir de todas as maneiras o que era isso.
Até que vamos em um dos cafés das mamys, e Alice entra com a mamys Karina no banheiro e sua filha. Mais uma vez ela implora:
_Tiaaaa, deixa eu amangar???
Só que dessa vez ela correu e AMANGOU primeiro. 
Significado:
AMANGAR: puxar descarga.

Mais uma para o Aurélio.

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Pedrão no shopping enquanto andava de mãos dadas comigo e lutava com algum monstro imaginário, acabou escorregando e caindo. E junto quase me levou, e acabou derrubando a água de uma senhora que passava e ele esbarrou.
Eu:_Ai, desculpe. 
Senhora:_Que é isso, não tem problema. Crianças são assim mesmo, não param.
Pedro (bocudo):_O chão está escorregadinho, e eu puxei da minha mãe justo ser desastrado. Ela também cai e se segura em mim.

Precisava falar????????


Por hoje é só....
Até mais.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Homeopatia....para quem?

Mais uma das histórias que entrarão para o livro do "Coisas que só acontecem com a Bruna".
Bom, para quem conhece a minha pequena Alice, sabe o quanto ela é brava. Ela adora dar broncas, apontar dedinhos e controlar toda a situação com um bom castigo. Tentei de tudo para aliviar essa braveza, mas não consegui, então achei que, de repente, a homeopatia seria uma opção legal para tratar isso de uma maneira menos agressiva.
Lá vou eu com minha pequerrucha na homeopata. Comecei a descrever o gênio da Lilica e enquanto eu falava, a médica a observava brincando no canto do consultório. A Alice costuma chorar quando vai ao médico. Chorar mesmo, no maior estilo Maria do Bairro - aliás, personagem que deve ter sido inspirada na minha filha -, fazendo escândalos, se jogando no chão e gritando para o mundo ouvir. Falei isso à médica também.
Não preciso nem dizer que nesse dia, um anjo calmo e tranquilo jogou seu pozinho mágico nela, e a Alice ficou um doce. Nada das brincadeira de colocar bonecas no castigo. Nesse dia, ela fazia bolinho e dava mamadeiras. A médica me lançava olhares um tanto quanto questionadores para mim. Então pensei comigo: "Rá! Quero só ver na hora de examinar. É tirar a roupa e o escândalo começar" . É. Só que não. Nesse dia, ela cooperou tanto, que tirou a roupa sozinha para ajudar a pobre médica. Minha vontade era dar um beliscão escondido nela, só para começar a chorar. Mas me contive, claro.
A médica a examinou, enchendo a Lilica de elogios, e vez ou outra me lançando olhares do tipo: Como assim? Eu fingi que não entendi.
Aí, chegou a hora do veredicto. Nos sentamos e o anjo Lilica continuou sua papinha para as bonecas. Segue as palavras da médica:
_Então...veja só...a personalidade que você me diz, não condiz com a garotinha que vejo. O que demonstra, para mim, que ela só te imita - pausa para minha reação. - Eu olho para ela, e vejo uma mini você. Ela tem os trejeitos iguais aos seus, até a entonação da voz é igual - mais uma pausa para minha reação. Eu só respirei. - Sabe, eu acho que você deveria se acalmar mais. Talvez você esteja um pouco estressada e está ficando tão nervosa que acaba gritando muito, sobrecarregando as crianças com castigos e ainda as deixando bravas também.
Foi então que não aguentei. Desabafei para a mulher. Falei poucas e boas, dizendo que não é fácil ter essa vida louca que temos, que uma hora a gente surta. É claro que eu sei que minha filha me imita. Eu vejo isso. Mas também, não é para tanto. Na minha cabeça, o único pensamento que aparecia é: por que a Jullyane e a Isa não são assim? A Ronyse é muito mais brava que eu!
Só que o meu surto, só acabou por confirmar tudo o que a médica dizia. E assim que eu acabei de falar, ela só levantou as sobrancelhas e me olhou penalizada. Fiquei quieta, peguei as receitas e guias, ajudei a Lilica a guardar os brinquedos e fui embora. Mas de cabeça erguida.
Acho que vou começar a fazer um tratamento homeopático.
Até mais.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Aprendi....

Com meus filhos aprendi que um bebê sujo e chorão, pode ser tão lindo, que a foto de seu nascimento, na minha opinião, poderia fazer parte de um book fotográfico. 
Aprendi que amamentar é um ato de amor. Principalmente porque dói, machuca e, mesmo assim, sentimos prazer em fazer isso. E não há dor que nos faça parar de tentar.
Aprendi que uma pessoa pode ficar sem dormir durante uma semana inteira, e mesmo assim não morrer de mau humor. 
Aprendi que posso ficar sem chocolate e sem minha amada cervejinha de happy hour, só para não dar cólicas ou prejudicar meu bebezinho. E mesmo assim, me divertir no fim do dia.
Aprendi que fazer uma criança sorrir, é muito mais difícil - às vezes - do que fazer um grupo de adultos dar gargalhadas. E que quando conseguirmos, nos traz muito mais prazer.
Aprendi que para dizer EU TE AMO, nem sempre precisamos das palavras. Um abraço, um chamego e um beijo, já é o suficiente para que aquele pequeno ser se sinta amado e seguro.
Aprendi que beijo cura muito mais do que carência. Cura cortes, raladas no joelho e pancadas em geral.
Aprendi que uma cara triste, as vezes, surte mais efeito do que uma bronca ou castigo. E que ao invés de desculpas, a gente se contenta com um beijo.
Aprendi que choro não é um só. Existe o choro da dor, da manha, da fome e até da falta de carinho. E a risada de alegria, de nervoso ou até mesmo de peraltice aprontada.
Aprendi que nunca sabemos o que nossos filhos realmente gostam de comer, até que falamos para o vizinho que ele não come feijão, e o moleque bate um pratão de feijão puro e sem tempero.
Aprendi que pai e mãe não sofre de timidez. E os que sofrem, se curam até os filhos completarem dois anos. 
Aprendi que andar de bicicleta pode ser uma aventura, e que uma criança tem muito mais resistência do que um adulto que participa de down rio.
Aprendi que falar de pum pode tirar a cara de choro de qualquer menino. E que chamar uma menina de princesa, cativa qualquer idade.
Aprendi a carregar criança, bolsa fashion, bolsa maternidade, bebê conforto, malinha de mamadeira, porta chupeta, paninho cói-cói, chave do carro, óculos escuros e não cair do salto agulha 10cm.
Aprendi a usar roupa casual, rasteirinha e maquiagem express. Passar protetor solar em casa, e todo o resto no carro a caminho do pediatra. 
Aprendi que Pediatra é um tipo de ser que não dorme, come pouco e ainda sabe ler pensamentos de mãe e pai. Chega a dar medo a conexão que eles possuem com toda a família.
Aprendi que mesmo depois de um dia cheio de problemas, completamente sobrecarregada e com o corpo esgotado, sou capaz de jogar bola, dançar Galinha Pintadinha e brincar de massinha. 
E o que me faz ter força para tudo isso, é ver que, na minha casa, eu tenho sempre dois sorrisos prontos para me alegrar, braços para me abraçar bem apertado, beijos babados de montão e, independente se eu ganhei dinheiro, estresse, se eu bati o carro ou levei multa, eles me amam e ficam mais do que felizes em me ver. 
Pedro e Alice, é por causa de vocês que minha vida é iluminada e cheia de alegrias e bom humor.
Alguma mãe discorda disso?
Até mais.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Vamos escolher uma escola legal?

O assunto da semana é: Escola. Não se fala em outra coisa a não ser o início das aulas. O conteúdo é diverso: mães sofrendo pela volta as aulas, mães felizes pela volta as aulas, crianças chorando para ficar na escola, deveres, horários e por aí vai. Mas esse ano, reparei em um conteúdo desse tema um pouco diferente. Muitas mães ficaram em dúvida. Dúvida com professores, com métodos pedagógicos, com diretores e até com a escolha de uma escola.
Que atire a primeira chupeta a mãe que nunca se sentiu em dúvida em qual escola matricular seu filho. Todas já passamos por isso. A gente passa mesmo depois que estão grandinhos e bem adaptados. Mas nada se compara a dúvida que sentimos quando temos que escolher a primeira escola.
Para aquelas que não sabem, eu tive uma experiência horrível com a primeira escola que matriculei o Pedro. Ele tinha um ano e meio, e eu trabalhava fora e não tinha com quem deixá-lo mais. Escolhi uma escola que, apesar de eu não ter gostado muito da carinha dela, tive muitas recomendações e a escola é bem tradicional em Jundiaí. Mas a minha sorte é que o Pedro começou a falar muito cedo, e acabou me contando quando as coisas começaram a ficar complicadas. Ele caiu do trocador - e tanto a professora quando a diretora negaram até a morte  -, e depois ele falava que a professora ficava brava e puxava a orelha. Mas para mim, o pior, foi a parte psicológica que, com uma criança de um ano, é o que mais pega. Ele ficou inseguro, chorão e não largava de mim para nada.
Mas conseguimos superar. Só que, quando precisei achar outra escola para ele, foi bem complicado. Por fim foi ele quem escolheu para mim. Entramos no Telles - que ele está até hoje - e, depois de levá-lo para conhecer chorando outras cinco escolas, lá ele entrou sozinho, correu no parque com o Tio Lucas e comeu lanchinho com a Tia Andréia, feliz da vida. Não tive duvidas. Matriculei e estou feliz até hoje por isso.
Na verdade, onde estou querendo chegar é que, não existe uma receita para achar uma boa escola para nossos tesouros. Vida de mãe é feita de erros e acertos, e não conheço uma única mãe que tente errar. Todas nós queremos só acertar. O que posso fazer é dar minha opinião a partir de minha própria experiência - e na parte boa da experiência, claro.
A pré escolha é sempre pelo método pedagógico. Fiz uma pesquisa antes para saber quais eram os métodos de algumas escolas, e as que mais me agradaram foram as que fui fazer visitas.
Se eu fosse escolher uma escola nova hoje, eu veria os seguintes itens:
-escola de confiança não precisa de tempo para colocar mãe dentro do lugar. Mãe chegou, mãe entrou.
-limpeza e organização do lugar (principalmente banheiros);
-crianças quietas demais, sinal de disciplina severa. Criança normal faz barulho.
-escola boa, tem funcionários felizes. Todas sabemos ver se os professores estão felizes de verdade.
-para berçários, o número de bebês por berçaristas é muito importante. Quanto menos bebês, melhor, ou, quanto mais berçaristas - felizes - também.
-lugares bem arejados, com sol, terá menos propensão a surtos de viroses.
Outra coisa que aprendi, é que não existe escola perfeita. Nós somos exigentes por natureza quando se trata de nossos filhos, então se a escola está perfeita demais, sem nenhuma reclamação, é por que algo está errado. Quando a relação escola-família é aberta, as opiniões divergem de forma natural e construtiva. Nós nunca vamos encontrar uma escola perfeita. Pensem nisso.
O mais importante nisso tudo, é que mãe tem intuição, e parece que algo fica martelando em nossa cabeça quando tem alguma coisa errada. Hoje em dia, confiaria cem por cento em minha intuição - se eu a tivesse seguido na primeira escola, teria evitado muita coisa.
Por isso, para terminar, digo com propriedade e convicção: visitem a escola e sigam seu coração. Mãe não se engana, e Deus nos ajuda sempre.
Até mais.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Férias, sim. Estresse, não.

Férias sempre rende um post novo. A mesma ladainha de sempre: é uma correria, é cansativo, a gente não aguenta mais ficar com as crianças e também vai sentir falta quando voltarem as aulas.
Por isso vou tentar mudar um pouco o foco dessa vez. Vou tentar mostrar algumas situações que me ensinaram, de uma forma boa ou não, o que se deve ou não fazer nas férias escolares.
Logo que as férias começaram, meu marido também tirou férias. O que eu achei que fosse ser o período mais estressante para mim, foi o mais gostoso e gratificante. Eu coloquei em prática uma das teorias que foram lançadas nos cafés da mamys: Marido só fica com os filhos, quando as mães realmente deixam eles ficarem com os filhos. Sou a prova viva disso. Eu simplesmente larguei - no bom sentido, claro.
Fomos para a praia e o papai entrava na água com as duas crianças para a mamãe poder ler um pouquinho um livro em baixo do guarda sol. Fomos para Águas de Lindóia, e o papai ficou sozinho com os dois pequenos na piscina, enquanto a mamãe comprava roupinhas no centro. Como gratidão, eu também fiquei sozinha com os dois nas duas viagens para o papai fazer o que quisesse. E - pasmem vocês - ele não abusou do tempo.
Quando voltamos para a casa, foi a mesma coisa. Consegui ir ao shopping sozinha - fique até deslocada, voltei rápido porque me bateu uma solidão -, arrumar a casa cantando e dançando, e me livrei dos almoços. Em troca, meus pequenos ganharam momentos especiais com o papai, que agora está mais prestativo que antes.
Ponto positivo.
Depois disso, fiquei sozinha com os dois. Eu pensei comigo: Poxa, é férias, vou liberar algumas coisas que antes eu controlava. Vai ser legal. E então, fiz a besteira de liberar o vídeo game e a televisão. Eu até acho que, em uma casa normal, teria dado certo. As crianças ficam quietinhas, os pais adiantam serviços e descansam um pouco. Mas aqui, onde todos são elétricos e não param quietos, não rolou.
A Alice passava o dia assistindo seus filminhos e Pedrão jogando video game - só joguinhos de criança, sem lutas. Vez ou outra, eles paravam, brincavam um pouco no quintal e voltavam para seus cantos. Então, quando o relógio batia 20:00h, o furacão começava. Parecia que alguém havia acendido uma tocha e gritado: JÁ!!!! Eles corriam, Alice pulava no sofá, Pedrão subia no batente da porta - e depois saltava para ver a distância que alcançava -, brincavam de pega-pega, esconde-esconde, lutas de gladiadores e por aí vai. Não demorou para eu perceber que, aqueles momentos diurnos de tranquilidade, não valiam tanto a pena assim. Gente, de noite ninguém aguenta tudo isso.
Ponto negativo.
Então, radicalizei. Arrumei programas para todos os dias. Mas não qualquer programa. Eram passeios que detonavam a energia deles. Amigos - aos montes - em casa, e só podiam brincar na terra. Hopi Hari e, para ir de um brinquedo ao outro, tinha que ser correndo. Ensinei a pular corda, pedalar, fazer embaixadinha e, quando iam jogar video game, tinha que ser em pé, e quando o personagem pulava, eles tinham que pular também. Eu dava risada o dia todo com as coisinhas de crianças, e eles gastavam energia.
Durante esses dias intensos, quando o relógio batia as 20:00h, as crianças estavam abanando a bandeira branca.
Ponto mais que positivo e com os jurados aplaudindo em pé.
E para ficar perfeito, perdi um quilo - gente, um quilo já é bem legal, vai - nesse mês. Agora minha nova meta, é diminuir as comilâncias assim que as férias acabarem. Como já estão no fim, tenho só mais essa semana para comer fora de hora. Por isso, até mais, que eu vou comer um chocolate.
Até.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cinema chique? É nóis....

Antes de eu ter filhos e até mesmo pensar em me casar, eu dizia que adoraria ter uma família daquelas tipo Buscapé. Sabe aquele tipo que por onde passa deixa sua marca? Pois então. Como dizem por ai, as palavras tem poder. Minha família é assim.
Essa semana resolvemos fazer um programa em família. Pedrão estava querendo ir ao cinema e resolvemos pegar a deixa e ir todo mundo. Foi um daqueles momentos que eu chamo de Ideias Geniais - só para esclarecer, Ideias Geniais são aquelas que nunca dão certo, mas a gente as tem a todo momento.
Então, juntamos toda a galera - inclusive a vovó - e fomos. Não contente em sair para assistir a um filme, resolvemos ir ao shopping novo, para conhecer o cinema de lá - outra Ideia Genial.
Chegamos todos naquele shopping phino, compramos nossas entradas, pipoca, refrigerante, água, nachos e um chocolatinho - a gente não faz farofa, isso é lenda.
Assim que colocamos os pés dentro da sala de cinema, percebi o erro que estávamos cometendo. A sala não estava cheia, mas as poucas pessoas que estavam ali estavam em um silêncio sepulcral. Percebi isso logo de cara, pois assim que Pedrão passou pela porta ele falou - só falou, não gritou -: Mãe, olha que graaandeeeee...E sua frase deu eco no lugar. Até o personagem do desenho olhou para nós.
Pronto. O principal já estava feito. Todos do lugar sabiam que nós havíamos chegado.
Como se não bastasse isso, meu marido pede para as crianças pegar um assento de criança, mas estava escuro, e eu fui tentar pegar e derrubei tudo. Meus filhos tentaram arrumar e só pioraram a situação. Desisti daquilo e falei que ninguém precisava mais de assento, já estavam grandes.
Fomos para nossos lugares e eu fingia que não ouvia meus pequenos gritando - agora eles gritavam mesmo - o quanto aquele lugar era lindo, e grande, e o máximo, e tudo...
Nos acomodamos e fui tentando acalmar a galera para quando começasse o filme todos ficassem quietos. Foi difícil ficar quieto com o pai tirando foto, a pipoca passando entre todos, os nachos sendo divididos e coisa e tal. Mas quando o filme começou todos se aquietaram. Eu olhava para eles cheia de orgulho. Meus filhos são educados por fim, pensei comigo. A Alice ficou sentadinha, de pernas cruzadas, se achando toda importante com seus óculos 3D - que antes não queria colocá-los por que não eram cor de rosa.
Isso durou até a metade do filme. Pedrão estava hipnotizado, mas a Alice conseguiu se dar um banho de água - molhou camiseta, short e até calcinha - e derrubou pipoca até na fileira de baixo da nossa.
Começou a andar entre as cadeiras e eu não podia chamá-la alto, então não conseguia trazê-la de volta.
Quando o filme acabou, minha fileira de cadeiras parecia um brejo. Pipocas no chão, nachos na cadeira, água por todo o lado. Pensei, por um minuto, em ficar ali e limpar tudo aquilo antes de sair, mas resolvi que sair correndo seria a melhor opção.
Peguei todos e sai da sala como se tudo aquilo fosse a coisa mais normal de acontecer dentro de uma sessão de cinema. sai, sem olhar para trás.
Resumo: só vi fragmentos do filme - mesmo assim consegui chorar -, passei vergonha e superei e depois passei vergonha de novo. E, o mais importante, meus filhos A-MA-RAM o passeio.
Bom, então acho que todo esse mico valeu a pena.
Até mais.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Melancolia clichê.

Férias. Bagunça, falta de rotina, casa cheia de criança, dormir tarde e dormir até tarde, jogar vídeo game, comer chocolate fora de hora e tempo de crescer. Isso mesmo. Tempo de crescer. É clichê, mas é verdade.
No meio dessa baderna das férias, percebemos que o Pedrão já estava ficando grande para sua mini cama. Então resolvemos comprar uma cama de verdade para ele e, automaticamente, tirar a Alice do berço e passá-la para a mini cama. Foi uma farra a mais para as férias. Escolher cama, lençol, mamãe fazer projetinho, escolher objetos novos e mudar posição dos móveis do quarto. Depois de tudo pronto e escolhido, compramos a cama e ficamos na expectativa para a chegada dela.
Quando passamos o Pedro para a caminha, ficamos com tanto medo que ele se sentisse rejeitado por ter que sair de seu berço para dar para a irmãzinha que ia nascer, que ficávamos todo dia exaltando as vantagens e a beleza de sua nova cama. Funcionou, pois ele adorou sua caminha e se sentiu super importante por não usar mais o berço.
Com a Alice, fizemos a mesma coisa, mas não com tanta ênfase, claro. Conversamos com ela, mostramos como era gostoso dormir em um cama e não no berço, compramos coberta da Barbie, lençol da Gatinha Marie, e ela estava adorando.
Então chegou o grande dia. A cama nova do Pedrão chegou, e junto com ela, reinventamos a caminha e desmontamos o berço.
Visão do pai para esse momento: "_Ufa! Um trambolhão a menos. Cama é mais fácil de arrumar de manhã, o lençol é mais barato e tem mais opção. E eu posso deitar junto com meu filho se ele acordar a noite."
Visão da mãe: "_Ahhh...minha filhinha cresceu. Já não tenho mais bebezinho em casa. Nunca mais vou ver aquela carinha fofa por entre as gradinhas do berço branquinho. Ela não vai mais me chamar para que eu vá tirá-la dali, ela simplesmente sairá sozinha e pronto. Ownnn....
Visão da criança - no caso, a Alice -: "_QUE HISTÓRIA É ESSA DE SUMIREM COM MEU BERCINHO LINDO E ACONCHEGANTE???? EU NÃO LIGO DE AINDA SER UMA BEBÊ!"
Entenderam? Ela amou a caminha com Barbies, Maries e cor de rosa para todo o lado. Mas quando chegou a noite, ela queria o bercinho de volta. Ela não ligava em ser bebê, contanto que ser bebê trouxesse seu cantinho quentinho para ela novamente.
Foi de cortar o coração. Quase sucumbi e fui montar novamente o berço. Mas como ninguém quis me ajudar, tive que continuar firme com a decisão.
Para nós, foi uma surpresa ver essa reação, principalmente partindo do princípio que com o Pedro a conversa toda que fizemos havia funcionado. Mas tem aquela de que cada um é cada um, e nessa a gente acabou vacilando e se dando mal.
De qualquer forma, agora ela já se convenceu - mas continua não amando a ideia - de que sua caminha é linda e gostosinha. E eu ainda estou trabalhando meu psicológico para passar por mais essa etapa. Não vamos ter mais filhos, então essa foi a ultima vez que tiramos um filho do berço. Chega a ser triste e me traz um pouco de melancolia.
Esse momento é clichê, eu sei, mas é impossível de me controlar. O bom disso, é que a Alice está em uma mini cama, então teremos que passar por mais uma troca futuramente. Para ela acho que não vai ser tão legal, mas para mim, serve como consolo momentâneo.
Ver os filhos crescerem é uma delícia, mas nos deixa melancólico às vezes.
Até mais.




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Casa de Samira.


BY BIA.

Quando entramos na casa de alguém, fazemos uma leitura daquele momento. Daquela fração de tempo que passamos ali...
Nossos sentidos ficam apurados, nossa sensibilidade aumenta e nossas “antenas” ficam atentas tentando captar tudo o que acontece. É como se estivéssemos montando um quebra-cabeça, vamos recolhendo informações aqui e ali para visualizar melhor o funcionamento da casa. E tudo isso não foi diferente quando visitei a casa de Samira. A casa é grande e com três filhos - nada melhor do que uma casa grande, não é mesmo? -, então fiquei observando a “musicalidade” da casa: crianças correndo, brincando e até brigando. E até me deu vontade ( mínima ...mas deu ..) de ter uma “família grande” assim. As mamys lá, tomando café e orientando as crianças da melhor forma possível, para manter a harmonia durante aquelas preciosas horas. Foi quando me dei conta que eu não conseguiria de jeito nenhum administrar três filhos e uma casa grande como aquela sozinha. Com sacadas e escadas, quintal e cachorro. No mínimo, iria precisar de uma auxiliar todos os dias para as tarefas domésticas e mais uma babá para ajudar com as crianças. Comecei a achar a Samira uma vitoriosa por conseguir, além de tudo, manter a harmonia no lar e ainda conseguir criar as crianças com valores como solidariedade, companheirismo, amor.É visível que a família valoriza os estudos, o que me fez “lançar” um olhar mais apurado para as crianças. Olhei para o Guisepe e vi um futuro engenheiro. Sabe, daqueles que trabalham na NASA? Depois olhei para o Francesco e vi uma criança mais criativa. Como alguém que irá trabalhar com publicidade, com Markenting, por exemplo. E a Elena... nossa, essa eu não sei bem o que vai seguir, mas que ela se vira bem sozinha... disso eu não tenho dúvidas. Elena é daquele tipo de criança que não se intimida e vai atrás do que quer, de forma educada, como “manda” a educação do lar, consegue de forma discreta o que precisa para sobreviver ( como alimento, por exemplo). Ou quando não consegue sozinha a façanha, recorre a sua mãe e com voz baixinha solicitando auxílio. Mas de qualquer forma sabe ir atrás do que quer. Talvez Elena deveria seguir uma carreira como odontologia ou medicina. Se era para imaginar, já vi logo uma moça de cabelos longos e olhos claros com “ar superior” vestida com jaleco branco. Mas doce, de coração nobre ( afinal, está sendo criada pela Samira). Mas, independente do que serão no futuro, agora, são só crianças. Como o meu pequeno Rodrigo que também corria pela casa. Então me dei conta por que moramos num apartamento. Porque Deus faz as coisas certas. Com um “Rodrigo” numa casa dessas e mais dois irmãos, eu já teria enlouquecido.  Depois lancei meu olhar para as mamys ali todas reunidas. Que raio de cumplicidade aquela nos fazia nos encontrar com nossos pequenos? Fui lembrando dos outros encontros: uma chega e diz “Meu filho finge que lavou a mão depois que saiu do banheiro e não lavou coisa nenhuma”. A outra se surpreende: "Nossa, o seu também? Minha filha também faz isso ”, e logo vem mais mamys dizendo a mesma coisa. E aquela primeira mãe,  que achava que estava criando um “mentiroso” dentro de casa, lá bem dentro de si faz um “ufa” “meu filho é normal”. A outra mamy relata: "Minha filha não quer ir ao banheiro sozinha, diz que tem “monstro”. A outra mamy intervém: “Meu pequeno também, acho que é só atenção que querem”. E então, o que antes era caso de psicóloga, se torna um fato banal,  corriqueiro. E as mamys se acalmam. Acalmam seus corações, acalmam seus filhos. Certa vez um autor disse que um encontro nos “desloca e nos recompõe.” Imaginem então tantos encontros de mamys? Com abraços calorosos, risos, às vezes reclamações e choradeiras. Voltei feliz para o meu lar. Fazia parte de um universo feminino singular. E de uma família, que faz o possível e o impossível para ser cada vez mais feliz.