Seu filho chega chorando da escola, e então ele conta que os amigos brigaram com ele e isso o chateou. Aí você pergunta :"E a professora? O que fez?", e ele responde:"Nada!".
Primeiro sentimento : vou na escola e pegar aquela professora pelo pescoço.
Segundo sentimento : calma, preciso ensiná -lo a enfrentar isso sozinho.
Quando devemos nos intrometer nos assuntos de nossos filhos e quando devemos deixa -los resolver sozinhos? É tão difícil!
O instinto materno nos faz sair como leoas para defender nossa prole, mas será que isso é bom? Se os protegermos sempre, como irão aprender a se defender sozinhos?
E quando se trata de escola? Quando devemos ir até lá para "conversar "? E quando devemos resolver as coisas em casa mesmo?
Bom, meu filho mais velho me ensina muito -isso por que ele tem apenas oito anos-, e anda tendo problemas na escola. Quando questionei a atitude da professora e da escola, ele mesmo me disse :"Mãe, eu sei me defender! ". Fofo, né?! Mas ainda assim desesperador pra mim.
Observando tudo de uma maneira geral, reparei que muitos dos problemas que andam surgindo, é por conta de pais que tiram as responsabilidades dos atos de seus filhos. "Meu filho fez isso, por que o outro provocou ", ou "Meu filho faz isso por que o seu ensina essas coisas erradas a ele". O mesmo acontece com a escola, jogamos toda a responsabilidade nela, sendo que a base tem que ser feita em casa. De que adianta a professora intervir em um briga,ensinar o correto, dar bronca, se quando chegar em casa, a mãe irá contra ela??
Ando assustada com a falta de educação de algumas crianças, mas me choca mais a falta disso em alguns pais.
A verdade é que devemos parar e pensar antes de sair batendo no peito e defendendo nossa prole. Temos que defender sim, mas as vezes a melhor defesa é o silêncio. E nossos filhos merecem estar preparados para o futuro. Merecem saber enfrentar uma pessoa falsa no seu caminho, ou um amigo mais agressivo.
Quero deixar bem claro que confio demais em instinto materno, e acho que as vezes sentimos que devemos intervir. Não devemos ir contra essas sensações. E também temos que respeitar a fase de cada idade, uma criança de três anos provavelmente precisará de ajuda externa para se resolver. Equilíbrio e coerência nunca é demais.
O mundo está evoluindo muito rápido, e me parece que alguns conceitos de certo e errado andam se perdendo aí no meio, eu só tento manter a serenidade, e tento mais ainda ensinar meus filhos a agregar valores.
Tento não ir mais à escola para conversar, no momento, as conversas estão sendo em casa mesmo.
Se estou certa? Não sei. Mas estou fazendo o meu melhor, e ainda acredito muito no futuro deles. Sei que ainda há um jeito de tudo melhorar.
Até mais.