domingo, 29 de julho de 2012

Aprecie o morango. Sempre.

Sexta-feira fomos no Hopi Hari. Uma galerinha das boas nos acompanhou. Para variar foi super divertido, mega engraçado e blaster cansativo. Mas Hopi Hari é sempre Hopi Hari, eu me acabo e deixo todo mundo que está comigo acabado também - inclusive as crianças.
Mas dessa vez algo foi diferente para mim. Eu fiquei dividida. O dia todo, o tempo todo. Vou explicar. A Alice foi junto - claro -, e ela não pode ir em quase nenhum brinquedo pois não tem o tamanho que é permitido no parque. O Pedrão, pelo contrário, já pode ir em quase todos e ainda adora os mais radicais - que no dia não estavam funcionando, uma pena para ele. Então...com quem eu vou e em qual brinquedo? Para agradar o Pedrão, eu deixava a Alice com uma das mamys que estavam junto, para agradar a Alice, eu deixava o Pedrão com uma das mamys ou ele ia sozinho com os amigos, quando dava.
Pensando agora, nem parece tão problemático. Mas, minhas amigas, quando eu passava no brinquedo e olhava a carinha da Alice me esperando, fazendo tchauzinho e me chamando...não vou negar, meu coração ficou despedaçado. Teve horas que eu tinha vontade de ir embora e brincar o dia todo com eles na balancinha - humilde e mequetrefe - que temos aqui em casa.
Outras vezes eu me sentia uma mãe péssima por não conseguir dar conta dos dois de uma vez. Onde já se viu eu ter que desagradar a um por causa do outro? E ainda eu cedi à minha própria vontade no fim do dia, e deixei os dois com as mamys para ir na montanha russa. Pensa em uma fila demorada - ficamos vinte minutos nela - e cruel. Fique tensa, preocupada e olhando para lugar nenhum a toda hora para ter certeza de que nenhum deles estariam chorando ou coisa e tal.
No fim das contas o dia foi ótimo, claro. Pedrão amou de paixão e a Alice não para de falar no Castelo que tinha a boneca que dança e no carro do céu - mais conhecido como carrossel. Desde sexta-feira não se fala de outra coisa aqui em casa a não ser dos acontecimentos do Hopi. Só eu que fiquei pensando e preocupada com coisas desnecessárias. Para variar.
É incrível como temos o poder de estragar nossos próprios passeio com pequenas besteiras que nós mesmas colocamos em nossas cabeças de vez em quando. Por que somos assim? Ou melhor, por que EU sou assim? Deu tudo certo, todo mundo adorou - até a Kátia Fabiana gostou, vá...- mas eu fiquei me martirizando durante horas e horas à toa.
Tem uma história de um samurai que está fugindo de um leão, quando de repente cai em um precipício, mas acaba conseguindo se pendurar em um galho. Em cima, um leão esfomeado, em baixo...bem, em baixo, né?! Ele olha do lado e tem um morango nascido naquele galho. Então ele pega o morango e come, apreciando lentamente. Moral? Quando não se tem saída, aprecie o morango. Aprecie o momento.
É o que vou tentar, a partir de agora, fazer. Se eu tivesse apenas apreciado o morango na sexta-feira, teria aproveitado um pouco mais. Com certeza.
Até mais.

Um comentário:

  1. comentário da Michele:
    Bru, também passei por isso. Levamos minha sobrinha (de 3 anos) no Hopi e fiquei com dó de brincar e ela ficar olhando... Decidi brincar com ela e deixei meu passeio de lado, afinal sou bem grandinha e podia aproveitar outro dia.
    Por incrível que pareça a Duda também amou os mesmos brinquedos que a Alice.

    Beijos
    MICHELE

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