quarta-feira, 17 de julho de 2013

Disciplina Positiva é bem legal. Só que não.

Me considero uma mãe normal. Claro que isso partindo do princípio de que o normal para mim, pode não ser o mesmo normal para vocês. Mas ainda assim, acho que me encaixo nas boas estatísticas. Por isso me preocupo quando meus filhos tomam certas atitudes e procuro encontrar uma melhor forma de discipliná-los.  
Desde muito pequenos, tenho a preocupação de ensinar bons modos, ter educação, dividir o que tem, essas coisas. Mas nós nunca estamos preparados para o que pode vir, depois que temos o segundo - ou terceiro, quarto, etc - filho. Meu filho mais velho, por exemplo, mudou muito depois que a irmã nasceu. Hoje em dia falo com segurança que as mudanças foram muito boas. Mas se me perguntassem há um ano atrás, eu diria que eu tinha sido uma péssima mãe por ter colocado outra "pessoinha" no mundo. 
Todas que acompanham o blog - e minha vida - sabem tudo o que passei. Cheguei a ir a uma psicóloga para me orientar quanto as melhores atitudes a serem tomadas. Ela foi categórica: enfatize o que é bom, ignore o que é ruim. 
Em palavras mais minuciosas é o seguinte, chame a atenção ao que ele fez de errado, mas não dê muita importância a isso. Fale e pronto. Mas quando fizer algo de bom, jogue confetes, chame uma banda, escreva em um cartaz. Qualquer coisa para que a criança veja o quanto ela sabe fazer coisas legais. 
Andei lendo sobre isso, sem querer, esses dias. Se chama Disciplina Positiva. O mais legal é que pode-se usar esse tipo de disciplina desde bebê. Quando o bebê pega algo que não pode, você diz: esse não pode, mas esse - e você mostra algo que ele possa pegar - pode. Enfatizando sempre a parte positiva do ato. 
Legal, né? 
Mas é um saco.
Quando o Pedro era bebê, eu tinha que mostrar um milhão de objetos, brinquedos e até comida, para que ele aceitasse a parte do PODE. Com a Alice então...nunca consegui. Ela é determinada. Então passei a ver isso como algo bom. Eu dizia: "Noossaaaa....como você é decidida!". E tinha que terminar a frase com um MAS ESSE NÃO MESMO. 
Para o ciúme do Pedro, o único conselho que realmente funcionou, foi abolir os castigos até que a irmã pudesse ficar de castigo também. Ou seja, se o bebê mais novo tem menos de dois anos, e não fica em um cantinho de disciplina ou perde coisinhas, não adianta fazer isso com o mais velho. Não irá demorar para a frase "Só eu fico de castigo" aparecer.  Como Pedrão já estava com quatro anos, os meus alertas é para tirar momentos da vida dele - ele perdia um passeio, uma sobremesa, ou qualquer coisa que estivesse prestes a fazer, e isso só em casos muito graves. Ah! E castigos curtos tem resultados melhores. Depois que parei de proibir tv por uma semana inteira, ele fica mais apreensivo com os alertas. Pode parecer incrível, mas até me esqueço do cantinho da disciplina.
Bom, assim como os conselhos das psicólogas sobre a Disciplina Positiva, o meu também não deve ajudar a todas. Mas acho que é bom a gente saber que nem tudo que se lê assim, que soa muito bonito e legal, dá certo. 
Até mais.