sexta-feira, 22 de junho de 2012

Amigos até na Diretoria da escola.

Essa semana aconteceu o que sempre temi. Meu filho foi para a diretoria da escola.
Isso mesmo, minha gente. O Pedrão, aquele garoto que todas acham pacato e tranquilo, foi para a diretoria com mais dois amigos - nem preciso falar que um deles era o Samuca - por causa de brincadeiras estupidas.
Quanto a isso, tudo bem. Quer dizer, lógico que fico preocupada com as brincadeiras e irei fazer com que ele perceba que não é legal esse tipo de coisa. Mas para mim, o pior, foi que eu não fiquei sabendo por ele. O Pedrão - que é o mais fofoqueirinho da turma - não me contou que havia tomado bronca. Ficou quieto e se fingiu de morto.
E por mais incrível que pareça, o fato de ele ter escondido de mim, me deixou mais preocupada do que o problema em si. Ele diz que ficou com vergonha de me contar, mas...será?
Conversei com ele, expliquei que essas coisas não podem acontecer, mas quando acontecem a mamãe tem que ficar sabendo, para poder lhe ensinar se ele realmente está errado ou se, de repente, está certo. Acabei que dei um castigo à ele por causa da omissão e não por causa do que eles aprontaram.
Agora vamos à parte engraçada de tudo isso.
Fui conversar com a coordenadora - o nome dela é Fátima e é muuuito brava. Falo com propriedade - e ela mesma não conseguia contar direito o que havia acontecido de tanto que ria.
Imaginem a cena: três meninos de cinco anos, com caras de travessos - e atitudes também - tentando explicar quem começou a brincadeira e quem foi o culpado. Rodrigo ficou quieto, Pedrão só gaguejou, e o Samuca....bem, o Samuca, né?! Ele fez a defesa da galera. Discursou e argumentou como ninguém. Não citou nomes e tudo o que fizeram - segundo ele, claro - foi uma coisinha de nada.
Outra coisa engraçada é que nenhum deles entregou o amigo. Nem sob tortura. O Pedrão, enquanto contava para mim o que havia acontecido, se auto acusou, dizendo que havia começado tudo e que a culpa foi toda dele. Acabamos o assunto com ele perguntando: Você não vai ficar brava com o Samuca e o Rodrigo, né? Eu mereço?
Mas, para mim, a pior parte foi ter que ficar dentro de uma sala, pequena, frente a frente com a Fátima. Gente, é como se eu tivesse quinze anos de novo. Ela foi a minha coordenadora, e foi a minha tortura pessoal na época. Ela brigava comigo e vivia chamando minha mãe para conversar.
Quando entrei naquela sala, quase dei meia volta e gritei pela minha mãe. Afinal, ela já está mais acostumada a aguentar as broncas da D. Fátima, não é?
Fiquei o tempo todo só ouvindo e concordando. Até me solidarizei com as crianças. Não é fácil aguentar a bronca depois da diversão.
Só espero que, de agora em diante, o Pedrão aprenda e perceba que é mais fácil falar comigo, do que EU falar com a Fátima.
Até mais.

2 comentários:

  1. Essas coisas sempre acontecem principalmente com os meninos. Tem que ser assim. Acho que as crianças têm toda uma infância para errar muito e para que com isso os pais possam ensinar o que é certo e o que é errado. O que não pode são os pais acharem que só porque são crianças que podem fazer tudo. Certinho os meninos também. Veja que com tudo isso você percebeu que o seu filho é leal e essa é uma qualidade em extinção. Tem neguinho hoje em dia que vende a mãe por causa de uma vaga de emprego, imagina o que faz com os amigos. Então parabéns para os meninos e que a diretoria dessa escola seja mais frequentada por crianças que estão sendo crianças mesmo no tempo que tem que ser. Criança tem que brincar, errar, sonhar...E vamos combinar que no sistema vicentino o que as crianças menos fazem é BRINCAR!!!Então que façam arte e bagunça para colocar para fora essa energia boa que toda criança tem, ou deveriam ter.

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