quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ownnnn!!!!

Faz tanto tempo que não escrevo no blog, que um único post seria insuficiente para contar tudo o que aconteceu durante esses dias. Muitas dúvidas, aflições, estresse, alegrias e superações. Resumindo: nada além do normal.
Mas com toda certeza, o acontecimento mais importante - e que rendeu muitos outros acontecimentos também - foi a Lilica não usar mais fraldas.
Eu já havia tentado três vezes e fui blaster infeliz. Achei até que havia criado um trauma nela, pois cada vez que ela chegava perto do vaso sanitário ela olhava para mim e dizia: Não! 
Só que, já fazia algum tempo, o momento da troca das fraldas estava demasiadamente estressante. Era uma guerra. Quer dizer, se tornou uma guerra pois acabaram todas as psicologias existentes para aquele momento. Não existia historinha, bonequinho, caretinha ou musiquinha que fizesse com que ela se distraísse e deixasse trocá-la. Foi então que eu dei um basta. Se for para passar nervoso, que seja tirando a fralda. 
Então veio a surpresa. Ela relutou no primeiro dia. Mas do segundo dia em diante ela já sabia a hora de pedir e corria para o banheiro fazer xixi. Legal, né?!
Então, só que no meio disso tudo tem Pedrão. O filho mais velho super carente. Não preciso nem dizer que depois de váárias semanas nos altos de comportamento dele, voltamos aos baixos em questão de um dia. Ele fazia de tudo para chamar a atenção e nada do que eu fizesse - além de ignorar os pedidos de xixis da Alice - melhorava a situação.
Nesse meio tempo ainda, o dentinho dele ficou mole e já estavam nascendo os dentes definitivos (outro momento importante ). Esses dentinhos de leite custaram a sair. Nós puxamos, balançamos e puxamos de novo. Eu estava quase amarrando um barbante e prendendo na maçaneta da porta. Até chegar o dia de ir ao dentista - que só consegui marcar depois de muito custo e duas semanas de espera - esses dentes ficaram lá. O tadinho abria a boca para rir e eu tinha a sensação de estar olhando para a boca de um tubarão.
Foi então que tudo aconteceu.
Chegamos na dentista. Coloquei a Lilica sentada em um banquinho e Pedrão deitado na cadeira tortura de dentista. Eu fiquei entre os dois para socorrer o que precisasse primeiro. Não teve jeito e para tirar o dente precisou passar pomadinha anestésica, e mesmo assim ele estava sentindo dor.
A dentista puxava um pouco e ele levantava o bumbum da cadeira. No terceiro puxão ele resmungou, e acabou chamando a atenção da Alice. Ela não teve dúvidas. Se levantou - ignorando os meus protestos e ameaças - foi até o irmão, pegou a mãozinha dele e falou: Tá doendo, Tato?, com carinha de amiga, Não dói, Tato.
Eles trocaram um olhar de cumplicidade - só dava para olhar mesmo, pois Pedrão estava com a boca aberta - e cada vez que ele gemia, ela dava um milhão de beijinhos em sua mão.
Não demorou para a dentista conseguir tirar os dentinhos e os dois sorrirem aliviados. Pedrão sem a boca de tubarão e a Lilica com sensação de dever cumprido. E eu e a dentista ficamos durante todo o tempo em nosso momento OWNNN!!, claro.
Depois disso, colocamos os dentinhos para a Fada do Dente, e até o ciúmes do Pedrão melhorou. Agora eu tenho um filho banguelinha e uma menina mocinha.
O que posso dizer a não ser: ownnnnn?!
Até mais.