segunda-feira, 17 de junho de 2013

Um pouco de paz, pode ser?

A função dos pais, é se tornarem desnecessários.
Os pais não são amigos, são educadores.

Ok. Concordo com tudo isso. Nós temos que disciplinar, corrigir e orientar. Nossa função é mostrar para os nossos filhos o caminho correto a seguir. Ter dignidade, respeito e caráter.
Mas para fazermos tudo isso, precisamos discipliná-los. Isso começa desde cedo. Começa, exatamente, quando nosso filho de um ano e meio se joga no chão de um shopping fazendo birra. Ou quando sua filha de  três anos grita com você por que você negou algo a ela. Certo?
Então me expliquem uma coisa: por que diabos a gente se sente tão mal quando fazemos isso?????
Eu me considero uma pessoa severa. Tenho uma rotina com as crianças, e as faço seguirem de forma impecável. Eles tem que me ajudar, e obedecer a todas as regras. Mas, é claro, isso não é nada fácil. E quase todos os dias preciso discutir, brigar e até colocar de castigo. Tem dias que chego ao meu limite, e sinto minha paciência indo embora acenando feliz e descontraída enquanto ri da minha cara.
Aí, no fim do dia, quando tudo foi feito da forma correta, as crianças aprenderam suas lições e cumpriram todo o protocolo diário, eu os coloco para dormir e PIMBA! Vem o peso na consciência.
POR QUEEEE????
Eu fiz tudo certo, não é? Dei bronca por que precisou, não é? Coloquei de castigo por que era necessário, não é?
Bom, à noite não parece que tudo isso era tão necessário assim.
Vou dormir, às vezes, com  o coração apertado por lembrar da cena da manhã, quando os irmão brigaram e eu acabei dando bronca nos dois. E enquanto eu pedia para que se respeitassem e se gostassem, eles faziam biquinhos de todos os jeitos e formas. Na hora eu não ligo muito, mas depois que estão todos dormindo, essa cena volta para me açoitar como um chicote no tempo da inquisição.
Fico tentando me convencer que fiz apenas o que tenho que fazer. Sou mãe. Sou eu quem deve ensinar o que é certo ou errado. Mas mesmo assim, dói.
Digam que eu não sou a única. Por favor! Pois fico com vergonha de assumir isso as vezes. Me sinto aquelas mães que fingem não ver as "artes" dos filhos, só para não deixá-los tristes com broncas e castigos. Ás vezes sinto que sou muito severa, mas que meu coração me deixa tão mole que vou acabar tornando meus pimpolhos fofos e educados, em pentelhos mal criados.
Sigo educando, para que todas fiquem tranquilas. Mas também sigo com meus remorsos e apertos no coração.
Acabo de me convencer novamente: mãe não tem lazer e nem sono tranquilo.
Até mais.

6 comentários:

  1. Bru, dessa vez não vou conseguir concordar com tudo, não deveria ficar se maltratando tanto, criança necessita de tudo isso que faz, você faz o que tem que ser feito, você é mãe, e é o que eles precisam, todas vocês sabem que eu sou uma mãe extremamente rigorosa e muitas acredito que acham que sou ate grossa, sem paciência, desequilibrada, etc...porém me sinto super confiante em tudo que faço por elas, sabe porque? Porque sinto o amor que elas sentem por mim, sou muito amada e amo demais essas minhas meninas, acho que deveria ouvir mais seu coração, mas ouça mais o amor e não escute muito a dor não, não te faz bem e seja mais confiante, você faz tudo certo, acredite, o que fazemos por amor geralmente esta certo. te adoro, não sofra. Bjs

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    1. ai, Rooooo....vc sabe que vc é minha inspiração para os meus momentos de fraqueza, né????? até na questão da roupa da alice, uso vc como exemplo....por favor, por favoooor continue assim...rs....obrigada pelas palavras aqui e no face....sempre me motivam....bjoooooo

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  2. Concordo em genero, número e grau com a Ronyse.... tudo que fazemos é por amor, sempre por amor!!Não se culpe Bruna, vc é uma mãe maravilhosa!! Aliás, vocês são maravilhosas, meus exemplos e eu sigo sempre aprendendo!! Amo vocês, beijos! Eleni

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    1. mas a gente chora, hein, Le??!!! hahahaha....ainda que temos umas as outras para nos ajudar nessas horas...rs..bjoooo

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  3. Bru, concordo plenamente com a Ronyse. No livro que estou lendo (Crianças francesas não fazem manha) tem muitas coisas interessantes neste ponto, e vejo que sou muito mais francesa, que dita regras e não se sente culpada do que americana que achava que se desse uma bronca na filha poderia estar reprimindo um gênio inovador. Dentre ambas, acho que a postura francesa está mais certa, pois ensina disciplina, respeito e obediência, coisa que precisarão na vida adulta para amarem e serem amados. Outro dia conversava com uma amiga que se diz deslocada na apresentação de dia das mães porque acha que ela não é aquela imagem amorosa que as crianças cantam, mas disse a ela que mesmo sendo durona, eles a vem como a mãe, aquela que está sempre por perto, que se preocupa com eles, que cuida da saúde, que leva a festas, ao parque... enfim ela não se vê assim porque não os enche de beijos mas eles a vem assim porque sentem que são amados e a amam. Certamente você escuta algum inesperado "mãe eu te amo" no seu dia a dia, e se não escuta preste atenção na expressão deles (a quem contam o que aprenderam, a quem perguntam o que não sabem - ai, minha mãe sabe tudo... - pra quem fazem um desenho, etc). Não tem mãe perfeita não, porque seria muito chata... beijo e fique com Deus.

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    1. Ai, Sá....vc mais do que ninguém sabe como é difícil educar...e acertar nem sempre é assim tão fácil...mas seus conselhos são sempre bem vindo e muito ouvidos....se vc diz que ser mãe francesa é legal, então é mesmo...ahahh.....obrigada por tudo...bjooo

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