quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Protejo sim, e daí?


 BY BIA.    

Em uma conversa com minha amiga Cássia, ela disse “Vou pagar os estudos da minha filha por aqui mesmo... onde já se viu querer estudar longe? Quero ela bem perto de mim....”
Assim que ouvi o término da frase, olhei assustada para minha amiga como se tivesse ali ...ouvindo minha própria mãe falando e querendo a filha debaixo da asa. Tentei em vão, convencê-la de que ela estava atrapalhando um futuro promissor para uma menina tão inteligente... Agora já mulher...Afinal que amor era esse que estava impedindo essa menina de crescer?
Mas como a vida é cheia de paradoxos... Naquele dia mesmo, pego meu filho de cinco anos na escola e ele vem me contando seus “pequenos problemas” escolares... Eu começo a me incomodar por dentro sentindo um desejo enorme de estar sempre ao lado dele para resolver qualquer problema que possa deixá-lo constrangido....querendo protegê-lo de tudo e de todos... Pergunto então, se ele conseguiu resolver o problema. E como sempre, os filhos se viram bem melhor do que imaginamos e ele confirma que tudo no final ficou bem.
Sabe, superproteger não deve ser nada bom para os filhos. Certamente com esse intuito tiramos deles (dos filhos) a oportunidade de resolverem sozinhos seus “pequenos problemas”. Mas...para o coração das mães, superproteção é tudo de bom. Traz um conforto...... uma segurança...É como se pudéssemos privá-los de qualquer dor, qualquer sofrimento. Nos imaginamos como um “escudo humano” que nada, nenhum fragmento de nadinha, irá afetar nosso pequeno ser que provavelmente dependerá da gente o resto da vida.
É... pensando bem, o bom mesmo é ter um equilíbrio, saber até onde proteger e até onde deixar crescer. Difícil pra mim é encontrar o tal “ponto de equilíbrio”. Só mesmo escrevendo nesse blog para ver se me encontro.

3 comentários:

  1. POis é Bruna... vivi esse momento de transição entre ser mãe e filha muuuuito cedo, o que na verdade acho até que foi bom, pois muito do que minha mãe me negava, e que para mim era o fim do mundo, eu aprendi a negociar com minha filha naquela época! Bem, hoje mais madura, não sou nada rigorosa, sempre converso com meus filhos antes de sair de casa, e já houve caso de uma senhora me perguntar: os dois são seus? e eu ja com medo respondi que sim, e esperando algo de ruim... quando ela me disse: parabéns, filhos lindos, educados e comportados, e principalmente não são egoístas! Eu sem entender pois estava distante deles na lojas americanas, vendo coisas de meu interesse enquanto os rebentos ficavam na parte de brinquedos espiando e babando (isso o Lucas tinha 5 e o arthur 3 ) continuei olhando aquela senhora sem entender e ela me falou: Meu filho começou a dar piti porque queria algo que estava com seu filho, e ele gentilmente entregou pro meu filho dizendo... pode deixar com ele, eu ja vi o que queria e ele é menor que eu!... ORGULHO, é a palavra... Sempre deixei-os livres e nunca tive que me preocupar, nossos exemplos é que contam...e neste caso, eu não tive duvidas de que isso realmente faz a diferença. Mesmo quando os meninos precisam tomar injeção, me perguntam: mãe, vai doer? e eu calmamente respondo... sim, vai doer, mamãe nunca mentiu pra vc, vai doer, pode chorar, mas não faça escândalo porque é muito feio, é necessário para que você fique bom, e não tem outro jeito. NUNCA TIVE UMA CENA SEQUER DE CHORO INCONTROLÁVEL.
    Nossa calma nessa hora, é mais importante, ou então perdemos o fio da meada.

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  2. Ai meninas, calma e paciência são coisas que descobri nos últimos meses. Morria de vergonha quando perdia a paciencia com meus filhos, afinal me olhavam com cara de pânico. Hoje negocio bem melhor, tenho argumentos mais fortes pq penso antes de justificar algo pra eles. Sabe que não traço futuro para meus filhos? Sinto que sofri uma influência muito grande do meu pai na escolha da minha profissão, e hj luto para não exercer o mesmo. Falo para o Giuseppe que ele é bom desenhista, escritor de estórias, pensa como engenheiro, entende de avião, mas nunca incentivo uma profissão. Até mesmo quando me diz que vai ser bombeiro. Nem sei quantas existirão quando ele tiver que decidir (ou mesmo trocar??). Para o Francesco elogio seu talento musical, outro dia disse que quando crescer vai ser pintor, então perguntei se seria de parede ou de quadro, e me respondeu o segundo. Nesta hora me senti tão feliz pois alguém que deseja ser artista é pq tem este talento, é criativo, e pode muito bem se realizar, mesmo que não seja uma escolha padrão. E olha, como já morei fora, sei que a família pensa que ajuda quando diz que gostaria que voce voltasse, mas ela só te confunde mais. O nosso futuro, e de nosso pequenos, a Deus pertence.

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  3. Ai, meu deus, tbm sou assim!!!!Gosto do Luan, debaixo dos meus olhos, quer dizer da minha asa, onde posso protege-lo, quanto a profissão,só quero que ele escolha uma, que ele realmente se sinta realizado, e até lá acho que já consegui mudar, e se for preciso incentiva-lo, mesmo que ele precise morar longe de mim...estou trabalhando a minha cabeça pra isso, afinal como diz num texto conhecido, eles(filhos), não são nossos, só nos foram emprestados!!!!

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