quarta-feira, 28 de março de 2012

Balada com filhos e uma banda.

Há algumas semanas atrás, foi aniversário do meu tio. A comemoração seria só entre nós, familiares, em uma pizzaria/bar, onde os amigos de minha prima iriam tocar e queriam que todos fossem prestigiá-los. Bom, não preciso explicar muito, mas como o aniversariante é meu tio, minha mãe iria junto - captaram? -, portanto se eu quisesse ir, teria que levar a prole toda. Pensei e ponderei com Rodrigão, e chegamos a conclusão que deveríamos arriscar. Então, todos que tinham filhos se empolgaram e quiseram levar também. 
Quando chegamos lá, o lugar ainda estava meio vazio, então achamos o lugar que haviam reservado perfeito. No deck, bem em frente a banda, com algum espaço entre as mesas.
Precisei de dez minutos no lugar, para perceber que tudo iria acabar mal.
Nossa mesa era enorme, e tinha exatamente dois meninos  - contando com o Pedro -, duas meninas e uma semi-gente - no caso, a Alice. Esse era o total de crianças do recinto todo. Assim que percebi que as crianças estavam um pouco agitadas, fui olhando em volta para tentar achar um lugar seguro para virar a brinquedoteca deles. Não tinha. Quanto mais eu procurava, mais eu percebia que a noite ia ser longa. Até que as crianças mesmo acharam um lugar. Uma rampa. Gente, uma rampa. Não é genial? Isso não é nada. A rampa era simplesmente o acesso de entrada do lugar. Legal, né? As pessoas chegavam e, já de cara, tropeçavam em pequenos seres que estavam brincando.
Fiquei lá de babá de todos, pois a minha semi gente A-DO-ROU a rampa. Ela corria em direção a descida, achando o máximo o baratinho que o medo dava. Eu rezava pelo momento que as pizzas chegassem e eu poderia dar uma sentada e uma relaxada.
Esse momento não chegou. Eu tenho o hábito de dar comida para meus pequenos em casa, antes de sair, então, enquanto eu estava faminta e fraca pela falta de alimento, as crianças estavam com a corda toda, com a energia totalmente abastecida.
Eis que chega uma porção de batatas, e todos vão tentar comer. Vira uma batalha entre os pequenos - os adultos deixando para as crianças e elas não deixando nada para nós -, e eles comem, parecendo vikings, e isso dá mais energia para eles. 
Aí, chegou o ápice da noite. As crianças, tentando agradar os adultos, nos deixam ficar sentados. Mas vão brincar de mãe da rua, sendo que no meio da rua, estava a meiga vocalista da banda. Quase derrubaram a caixa de som e, até agora, não sei como aquela moça conseguiu cantar sem errar a letra nenhuma vez. Foi tenso.
Tenho certeza que faltou comida naquele dia, porque todos do lugar, queriam que fôssemos embora o mais rápido possível. Foi uma pena, para os donos do restaurante, que as mães fossem tão prevenidas.
Até mais.

Um comentário:

  1. Pois é Bruna, minha cara! Mãe é tudo igual sim. POdemos parecer diferentes no estilo. Carente, superprotetora, roqueira, largada, desencanada...Mas todas as mães preferem ficar em casa do que levar um filho a um barezinho à noite! Isso já aconteceu muitas vezes comigo. Eu simplesmente nao tinha mais vida noturna. Mas um dia eu desencanei e passei a levar o Rick. Porém segui o conselho da psicóloga, que para mim era uma santa, de levar alguns brinquedinhos para ele brincar na mesa. Assim ele fica ali distraído por pelo menos 1 hora. Mas todas nós pensamos igual, mas com palavras diferentes. Somos desesperadas, anciosas, e é inegável que só pensamos nos pequenos. Somos mães!
    Leve seus pequenos sempre para sair. Um dia eles vão se comportar. Eu falei para o Rick que se ele não se comportasse ele não iria mais sair para a balada!!!Ele acabou se comportando e agora até pede para sair para uma baladinha!

    ResponderExcluir