domingo, 22 de abril de 2012

Palmadas nunca mais.

Acabei de ver uma reportagem onde mostravam um vídeo de um pai batendo em sua filha de nove anos. Na verdade, ele praticamente espancava a menina com um chinelo.
Desde que Pedrão nasceu, não consigo assistir esse tipo de reportagem. Não consigo aturar nenhuma imagem de criança sendo maltratada, de forma alguma. E hoje foi a prova de que, mesmo mais de cinco anos depois, ainda não estou preparada para ver esse tipo de coisa. Chorei copiosamente.
Pedrão já apanhou. Sabe, aquelas famosas palmadas que educam. Para começo de conversa, com ele não funciona. É só dar a palmada para que, depois de cinco minutos, ele tente bater em mim, ou em outra pessoa.
Me convenci de que não é o melhor método para ele. Mas é difícil. Tem dias que a gente está mais nervosa, que a gente explode mais e se controla menos. Nesses dias me escaparam algumas palmadas novas.
Eu tenho outro problema com esse tipo de repreensão. A Alice. De forma alguma posso fazer qualquer coisa no Pedro perto dela. Logo depois, assim que saio de perto, ela vai até ele e imita tudo o que eu fiz. Ameaça com chinelo, conta até três e tudo mais.
Além disso, tem o peso na consciência materna. Que, aliás, em mim é tão intenso que nem é publicável. Só para você ter ideia, eu sei dizer cada dia que o Pedro levou a tal palmada, tamanho meu remorso. Assim que faço isso, me arrependo, e me sinto a pessoa mais descontrolada da face da Terra.
Sem contar que, na minha opinião, se tomamos tal atitude passamos a confundir as crianças. Se queremos ensiná-las que não se pode bater nos amigos, que tal atitude é feia e só crianças mal educadas é que fazem isso, como explicar que quando NÓS batemos é para ensinar algo bom?
Se chegamos ao ponto de perder o controle e bater, isso mostra aos pequenos que qualquer um pode se descontrolar e tomar atitudes agressivas, pois quando isso acontece com nós, mães, é para educá-los, o que é algo bom.
Já faz um bom tempo que não uso esse método aqui em casa. Fiz uma promessa a mim mesma: educar com mais conversa e compreensão, sem precisar chegar a extremos como bater.
É difícil, confesso, mas um ótimo exercício para que meu autocontrole seja um pouco melhor.
Agora que já consegui extinguir as palmadas, estou tentando diminuir o volume da bronca. Acho que será meu próximo passo. Conto depois se os decibéis da casa dos Buscapés diminuíram.
Até mais.


4 comentários:

  1. Acho que meu comentário do post anterior vale pra este. Minha mãe nunca me bateu, apesar da sobrecarga profissional e pessoal. Na minha opinião, errou em outros aspectos da minha criação, mas como qualquer mãe ou pessoa, fez da forma que achava que era a melhor. Sou de uma família de mulheres fortes, e isto me encoraja a vencer como elas, dentro da minha história. Boa semana a todas as mammys!!

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  2. É, Sá...não existe mãe perfeita...existe mãe esforçada...rs...o que vale é que estamos sempre tentando melhorar...acho que isso já conta...bjooo

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  3. Meninas, já dei, umas palmadas no Luan, e depois chorei, mas que ele....Hoje não bato mais, fico no 1,2,3, e não sai disso...hehehe...

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    1. 1,2,3 aqui em casa é famoso, tati...até a lilica faz a contagem...ahahahah...

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