terça-feira, 1 de maio de 2012

Revivendo a bipolaridade materna.


A maternidade nos completa, nos torna indivíduos melhores, mais carinhosos, e ainda por cima, completa a lacuna que temos em nossos corações. Só sabemos o que é amar plenamente quando nos tornamos mães.
Agora, de mãe para mãe, todas sabemos que tudo isso é a mais pura verdade, mas que atire a primeira pedra a mãe que, durante o primeiro mês de vida o pimpolho, não pensou assim: O que foi que eu arrumei para minha cabeça???
Quando estamos grávidas, todas que já passaram pelo perrengue do primeiro mês, vem com aquele papo todo de “melhor momento da vida”, “momento especial” e coisa e tal. Não estou desmerecendo isso, eu amo ser mãe e quem me conhece sabe disso. Mas ninguém me avisou que até tudo virar flores, eu teria que amamentar um pequeno cactus.
Por exemplo, ninguém me contou que entramos na maternidade para o grande momento do nascimento com uma barriga de nove meses (a grosso modo, claro…), mas saimos com uma barriga de oito meses. Eu havia colocado em minha mala, uma calça jeans que usava antes de ficar grávida para a saída da maternidade.
Até aquele pequeno serzinho chegar em nossas vidas, a gente se irritava quando não tínhamos nada para fazer. Nada de ficar sentada na frente da TV lagartixando, ou tirando uma soneca no meio de uma tarde do fim de semana. Ficamos procurando coisas para completar esses momentos de ócio desesperadamente.
Depois que aquele pacotinho com menos de 5kg chega, você reza, implora, se ajoelha e pede para todos os santos que já ouviu o nome , pelo menos 5 minutos de nada para fazer. Nunca valorizamos tanto praticar o nadismo como nos primeiros quinze dias de vida do pequerrucho.
E então tem as visitas. No começo não queremos ver ninguém que não seja o pediatra dizendo que você está indo bem, e que o pimpolho está melhor que o esperado. Depois de 20 dias, você descobre que todo mundo está te evitando com medo de “atrapalhar”. Genteee, amiga só atrapalha se vem em casa para comentar que seu cabelo está com raíz branca. Mãe também precisa de vida social. Alguém que venha mostrar que o mundo não se resume em dar o peito de 3 em 3 horas (ou no caso de mãe de gêmeas, de 2 em 2 horas.).
Mãe merece ter um pouco de lazer, momentos de descontração e principalmente, toda mãe deve saber que uma hora ou outra vai ficar de saco cheio de criança. Isso é natural e até saudável.
Mas todas nós sabemos que não trocamos essa vida por nada. Nos abdicamos de tudo: comprar futilidades, praticar nadismo, noites de sono (eu que o diga…) e muitas outras coisas só para ter o prazer de ver nossos fofuchos felizes.
Por isso, nunca se sintam mal por desejarem, às vezes, que as coisas fossem um pouco diferente. Mãe que é mãe entende que alguns dias (ou muitos dias) estamos cansadas e de saco cheio de ficar o dia todo trocando fraldas e alimentando a prole e mesmo assim, executando todas as tarefas com amor e carinho.
Viva a bipolaridade materna!!
Até mais.

4 comentários:

  1. Bommmm... eu já separei uma calça (para levar no hospital) - que ontem mesmo não serviu, mas acredito que um dia após o parto ela vai entrar. Quero visitas e cafés todas as tardes.
    Mas tudo isto, é antes de chegar aos "finalmentes" - vamos ver o que vai acontecer. Depois eu conto se tive bipolaridade maternal pós parto. bjs

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    1. qual a dúvida que vc terá???eu não tenho nenhuma..mas mesmo assim vou te pentelhar até te irritar todos os dias...ahahha...adoro vc, sua barriguda...bjoooo

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