quarta-feira, 18 de abril de 2012

Pode crescer agora, filho. Mas aqui pertinho, tá?

Hoje conversei com quatro mães diferentes, que criam diferente seus filhos, que pensam diferente umas das outras, tem estilos diferentes e que até falam diferente. Mas uma coisa todas elas têm em comum: preocupação.
Percebi hoje que a preocupação de mãe, se não for bem controlada, vira uma doença. Uma doença onde quem sofre as dores e as consequências é a criança.
Pense nesta situação: você chega em um parque com seu filho, um grupo de crianças estão brincando na areia. Seu filho se aproxima e tenta pegar amizade. Uma das crianças vira para ele e diz:
_Não queremos brincar com você.
Seu filho baixa a cabeça, sai de fininho e vai brincar sozinho no balanço.
Corta o coração, não é?
Só de imaginar isso, eu já fico revoltada. Tenho vontade de ir até as crianças, passar um sermão daqueles e colocar todo mundo de castigo.
Mas não podemos. Como mães, temos que ter consciência, de que deixar nossos filhos sofrerem algumas repreensões ou desprezos, irá fazer com que ele consiga, quando adulto, enfrentar seus problemas e saber que nem tudo é um mar de rosas.
Qual mãe não gostaria que, por onde passassem, nossos filhos deixassem um rastro de flores e fãs? Que quando aparecessem todos o ovacionassem e ficassem atrás dele, como se ele fosse a pessoa mais importante presente naquele lugar? Afinal, é o nosso pequeno príncipe - ou princesa - chegando perto de seus súditos.
Mas temos que nos segurar. Temos que ponderar. Saber que é assim, sendo amado em um lugar e nem tão amado em outro, que irá fazer com que eles tentem melhorar, aprendam a lidar com as dificuldades.
Uma vez eu li uma frase, que ficou gravada em meu subconsciente, que me faz pensar todos os dias em tentar melhorar em alguns aspectos. Me fez ver que nós temos que ter nossos pequenos em baixo de nossas asas, mas também temos que saber a hora de ir afrouxando o abraço.
A frase era a seguinte:
"O principal objetivo dos pais, é tornarem-se desnecessários."
Acho que isso basta.
Até mais.

4 comentários:

  1. Perfeito. Isto faz a gente refletir um pouco mais. Ás vezes eu quero protejer tanto meu filho, que acabo não deixando ele se desenvolver. bjs

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    1. é o mal de todas as mães...dói ver que cresceram...mas é necessário...bjoooo

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  2. querida Bruna... concordo com você...Mas o Rodrigo... bem... acho que ele enfrenta os problemas melhor do que eu... porque mesmo que a criança não queira brincar com ele ... ele...vai... insiste... briga... atormenta... até..que ninguém aguenta e deixa ele brincar junto...risos... não foi eu quem ensinou isso pra ele... nem imagnino onde aprendeu... acho que foi na escola...Acho que nesse sentido a "escola" fez bem seu papel... risos....

    beijos bia

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    1. pois é, Bia...tem um pouco da personalidade da criança também...aqui em casa eu só tenho uma desgarrada, o outro eu tenho que empurrar, senão irá ficar pra sempre em baixo da minha asa..rs...saudades de vc comentando aqui, Bia...bjooo

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