terça-feira, 6 de março de 2012

Carpe Diem.

"...e então eu olhei para sua boquinha e: surpresa!!, seu primeiro dentinho apareceu. Abracei, beijei e apertei aquele pequeno serzinho de felicidade, por saber que uma nova etapa estava começando. Mas ai comecei a chorar, desenfreadamente. Então, depois que me acalmei, fui tentar entender por que tive essa reação. A resposta é simples. Chorei por saber que nunca mais veria aquela boquinha de velhinho banguela de novo."

Esse pequeno depoimento é de uma mãe em um livro que estou lendo. Assim que li isso, meus olhos encheram de lágrimas - eu sei, isso não é novidade. Por um minuto, tive um flash back de meus dois filhos. Do dia em que nasceram até agora.
É engraçado lembrar. Foram tantas coisas, tantas histórias, tantos acontecimentos. E...já passou. Rápido assim.
Nunca mais vou ter aquela sensação maravilhosa de olhar a carinha deles assim que saem da barriga. Toda achatada, vermelha e suja. A curiosidade de saber se vai ser cabeludo, grande, moreno ou parecido com a mãe - nunca é parecido com a mãe. Isso já passou.
Nunca mais vou ter a sensação de vitória quando ele disser primeiro mamãe, ao invés de papai. E nunca mais vou poder ficar ansiosa para ser a primeira a ver o pequeno dar sua primeira gargalhada. Isso também já passou.
O primeiro banho, a primeira mamada, a primeira papinha, os primeiro passos...Já passaram. Rápidos demais.
E então me pego falando para uma amiga, que não vejo a hora que minha filha esteja maior e pare de usar fraldas. Ou que faça tudo sozinha, assim posso descansar um pouco mais.
Me arrependi na mesma hora de ter dito isso. Quando menos esperar, ela já estará assim. Os dias de hoje, já terão passado, e sentirei saudades da dependência dela em mim.
Aproveitamos menos o presente, ás vezes, por ansiedade pelo futuro. E quando o futuro chega, percebemos o tempo que perdemos. Um erro terrível, e com consequências irreparáveis. Esses dias nunca mais poderão voltar.
Os dias de uma mãe - seja ela de filho único, dois ou três filhos ou de múltiplos - são agitados e muitas vezes insanos. Chegamos à extremos tão grandes que, muitas vezes, quando tudo se acalma, pensamos como foi que conseguimos enfrentar aqueles momentos avassaladores.
Pois eu tenho um conselho para dar. Não só para vocês, isso vale para mim também. Quando esses momentos chegarem - pois eles sempre chegam, todos os dias -, lembrem-se que eles NUNCA mais vão voltar. Eles são únicos e irreparáveis.
Vamos aproveitá-los insanamente. Já que eles são únicos, vamos torná-los inesquecíveis.
Nossos pequenos agradecem. E nossas consciências - e lembranças - se tornarão mais tranquilas e felizes.
É isso.
Até mais.

4 comentários:

  1. CHOREI.... Pronto falei! Isso diria uma amiga minha,rsrsrs.... como é verdade, mais uma vez vc conseguiu expressar em poucas palavras um sentimento de MÃE! Maravilhoso! Parabéns! E continue escrevendo pois assim vemos que apesar de tudo não estamos sozinhas com nossas ansiedades,medos e tbm dividimos nossa alegria de ser MÃE! Grande bjo

    ResponderExcluir
  2. Meninas, tenho que confessar que torço sempre pela independência dos meus filhos, não pq quero a minha, mas por eles simplesmente. Conforme crescem vão ao banheiro sozinhos, comem sozinhos, arrumam as mochilas, trocam o DVD, aprendem a ler, eles se viram melhor, mas ainda vem te pedir uma aprovação do tipo "né mãe?" (diz que eu to certo sim, preciso convencer-me disto e só vc pode me dar o aval), o teu conselho (mãe, não sei se faço judô ou futsal de curso extra...), ou conta uma estória inventada já que do livro eu posso ler sozinho...Não sei se na adolescência ou fase adulta será assim, mas acredito que este vínculo os dará a certeza de saber quem procurar o dia que precisarem, uma luz no fim do túnel. Busco sempre mentores para eles, não posso saber ou fazer tudo, então incentivo a procurar o tio tal, que entende do assunto, a madrinha que é boa nisto, e assim eles vão crescendo. E incentivo um a ensinar o outro, pois um dia eles serão adultos como nós e terão filhos que serão primos, como eles tem hoje. Os olhinhos brilham quando pensam que um dia vão ser tios, padrinhos...
    Por último, viver o presente é uma lição para qualquer idade, afinal o passado já foi presente e o futuro um dia o será! Como não sabemos nem o dia nem a hora, hoje pode ser o seu último presente, e por isto que se chama PRESENTE! Beijo e um bom dia 07/03/2012 pra voces!

    ResponderExcluir
  3. Bruna... vc está muiiiitoooo inspirada... adoro ler... esse blog....

    ResponderExcluir